────── 𝓒𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟔

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— Se eu tivesse morrido, teria morrido como o homem mais feliz do mundo

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— Se eu tivesse morrido, teria morrido como o homem mais feliz do mundo.

Madelaine ficou completamente sem reação diante das palavras dele. Se algum dia alguém a amasse, imaginou que receberia uma declaração como a dos livros de romance, mas a de Karl havia sido mil vezes melhor do que ela podia ter imaginado. Sentiu algo completamente inexplicável crescer em seu peito, era êxtase puro saber que alguém a amava como ela sempre quis, que era desejada.

No entanto, ela gostava tanto dele que não queria estar com ele só por carência ou por ele tê-la salvo. Queria descobrir o que eram aqueles sentimentos indecifráveis dentro de si, os quais nunca sentira antes. Quando pensou que ele estava morto, foi como se tivesse perdido o ar em seus pulmões, como se o motivo dela respirar tivesse ido embora.

Karl merecia uma resposta e, em simultâneo, merecia alguém que o amasse com todo coração. Ele era como um príncipe encantando, o tipo de homem que somente uma tola deixaria escapar. Madelaine finalmente conseguia aceitar que gostava dele, na verdade, gostava desde o momento em que ele salvara Georgina no castelo, só não quis aceitar os próprios sentimentos.

Podia não ser na mesma intensidade, mas e se algum dia fosse? E se algum dia seu sentimento se multiplicasse como o dele, a ponto de ela ser capaz de se atirar no fogo por ele também?

Olhando para ele e seus olhos azuis aguardando uma resposta, pensou se seu pai o aprovaria. Sempre sonhou em se casar com alguém que tratasse seu pai bem, mas agora ele não estava mais vivo para isso ou para levá-la ao altar como ela sempre sonhou. Ainda assim, o conhecia e sabia qual seria a opinião do homem que mais amou no mundo; aquele que um dia fora seu príncipe do conto de fadas e seu primeiro amor, que a carregava nas costas quando ela ralava o joelho e lia para ela dormir. Desejava com todas as forças que pudesse se casar com alguém que fizesse o mesmo pelos filhos.

No entanto, o falecido duque não era conhecido por ser fã de libertinagens. Mesmo assim, a maioria de seus amigos frequentavam o clube e ele nunca os julgou, inclusive chegou a adotar como pupila a filha de um de seus amigos, Ellen, incapaz de deixar a pobre menina na rua. Observou também que Karl possuía o mesmo coração grande de seu falecido pai. Sabia que Karl a havia resgatado primeiro, embora ele não fosse admitir. O motivo de ele ter se queimado não era só ela: o príncipe havia retornado para salvar o Pequeno Karl, que agora dormia tranquilamente em seus pés e passava o dia lambendo ele, como se o estivesse agradecendo.

Os Segredos de Madelaine HanworthWhere stories live. Discover now