Se eu fosse Harry Potter

3- A primeira parte do plano

Esconder a verdade durante 6 anos não foi fácil, principalmente porque eu criei laços reais com essa família e descobri que eles podiam não ser tão maus assim. Claro que eles eram extremamente interesseiros, mas podiam ser carinhosos e amigáveis se estivessem falando com a pessoa certa.

Hoje eu e Duda temos 7 anos, eu sou um prodígio incrível na escola, o que quase me fez pular dois anos na escola, só não quis isso para não chatear Duda e continuar ajudando-o a estudar, mesmo ele já sendo bastante inteligente. Eu já era muito boa antes de virar Harry Potter, agora sou ainda melhor porque a inteligência é medida com relação à idade.

Eu também consigo esconder a minha cicatriz com maquiagem, o que foi muito difícil convencer meus pais a comprar para mim. Os óculos que eu uso são azul escuro e no formato mais comum possível, escolhi azul (que meus pais amaram) para confundir minha aparência e ficar o mais distante possível da aparência de meus pais biológicos, pois chama mais atenção e confunde meu rosto com os óculos.

Algumas vezes já manifestei magia sem querer, mas sempre fiz o máximo para esconder de meus pais. Não que eu não goste, eu até tento fazer isso e treinar escondido, só que seria muito mais seguro e atrairia menos atenção se ninguém soubesse.

Hoje nossos pais vão deixar a gente sozinhos em casa para irem numa reunião, o que vai ser a oportunidade perfeita para visitar a senhora figg. Eu já sei onde ela mora porque já vi ela várias vezes na rua e algumas foram entrando ou saindo de sua casa.

- Duda, eu vou ir dar uma volta. Não se preocupe se eu demorar um pouco, se eu demorar demais avisa nossos pais de que eu estou bem.
- Você vai fazer o que?
- Só vou dar uma volta mesmo.
- Toma cuidado, Daniel. Eu não quero perder meu parceiro contra os alienígenas desse jogo.
Eu rio.
- Tá bom, boa sorte com o jogo, te vejo mais tarde!
- Tchau!

Eu sai de casa pela janela porque nossos pais trancaram a porta. Vou andando até a casa da senhora Figg com expectativa. Aguardei por esse dia desde meus 3 anos de idade nesse mundo e já criei um plano extra para qualquer parte que dê errado. Eu vou inclusive pedir ao próprio Dumbledore que não investigue porque eu sei de tanta coisa, afinal ele vai ser uma peça importante (o jogo virou, não é, Dumbledore?) e será necessário que eu revele parte do que sei para que consigamos libertar Sirius.

Quando a senhora Figg abriu a porta de sua casa ficou surpresa, mas não por causa da minha aparência que foi mudando ao longo do tempo. Ela sabe que eu sou o filho de Lilian e Thiago Potter porque fica me vigiando.
- Bom dia, gostaria de entrar e tomar um chá?
- Claro! Eu amo chá.- digo lhe dando um sorriso.
Ela me levou para a sala de estar e me trouxe bolo de chocolate que não estava velho e um ótimo chá. Eu já esperava por isso, já que dessa vez os Dursleys queriam que eu fosse bem tratado.
- Muito obrigado.
- Não foi nada, querido. Se quiser mais pode pedir.- ela diz me dando o seu melhor sorriso.
- Eu acho que você não esperaria por isso, mas eu gostaria de falar com uma pessoa que você conhece.-
Ela assente com a cabeça para eu continuar.
- Eu quero falar com Alvo Dumbledore.
- Que?
- Eu disse que gostaria de falar com Dumbledore.
- Você sabe quem ele é? Eu pensei que você soubesse tanto quanto um trouxa...
- Me desculpa te assustar.
- Não, não se desculpe querido. Eu posso perguntar pra ele se ele pode falar com você... mas por que você quer falar com ele?
- É sobre uma pessoa que foi presa injustamente...
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Depois de voltar para casa eu fiquei jogando com Duda e quando meus pais chegaram eu fui falar com a minha mãe para ela não se preocupar se um velho meio maluco fosse falar comigo, que ele provavelmente não era perigoso, mas talvez ele só mandasse uma carta e que a vida de alguém dependia de eu poder ler essa carta ou conversar com esse velho, assim existe menos chances de meus pais tentarem atrapalhar.

Mamãe ficou histérica quando soube que eu saí de casa sozinho e ficou me abraçando e dizendo pra eu não fazer mais isso.
- Eu sei me virar mãe, e eu só fui na casa da vizinha que eu sei que eu posso confiar.
- Como você sabe que pode confiar numa vizinha?
- Do mesmo jeito que eu nasci sabendo a fórmula de bháskara.