11- Remo Lupin e a luta pela minha confiança

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Até agora nenhuma notícia tinha saído sobre o julgamento, embora a própria Rita Skeeter estivesse presente, algo que na última edição do Profeta Diário (que eu lia calmamente) explicava com todos os detalhes.

Sirius Black é inocentado!

Semana passada, (data), Sirius Black, até então conhecido como comensal da morte que revelou a localização de Lily e Thiago Potter ao Lorde das Trevas, traindo-os, foi levado à julgamento e interrogado sob os efeitos da poção Veritaserum.
Na verdade o real culpado era o outro amigo dos dois: Pedro Petigrew, que estava em sua forma animaga de rato para fugir do ministério, que também foi a razão de nossos jornais só poderem publicar essa matéria depois de uma semana, para que ele não fosse informado e tentasse fugir.
Sirius Black, após passar seis anos na assustadora Azkaban, finalmente está em liberdade e feliz com seu afilhado, Harry Potter. Porém, o mais chocante foi que este foi quem permitiu que a verdade fosse revelada.
O menino-que-sobreviveu aparentemente se lembrava do dia em que seus pais escolheram o fiel do segredo de sua casa e de acordo com ele, entendeu o que estava acontecendo, mesmo com apenas um ano de idade.
Especialistas apontam que isso é possível, mas muito improvável. Harry era um geniosinho quando era um bebê, então imaginem agora? Todos nós esperamos grandes feitos dessa criança.
(Foto em que eu aparecia abraçando Sirius quando saímos do tribunal)

Pedro Petigrew está foragido, seguem informações de sua aparência tanto humana quanto na forma de animago e o que fazer caso encontrá-lo.

Terminei de ler a matéria e sorri para Lupin, estávamos num cafézinho trouxa perto de minha casa, que ele me levou para discutirmos os detalhes das aulas particulares tranquilamente.

Sirius estava se recuperando de Azkaban no hospital bruxo e todo fim de semana meus pais me deixariam ir visitá-lo com meu tutor, quem sabe Duda viesse junto.

Eu estava muito ansioso para finalmente começar a lançar feitiços, sempre quiz isso desde minha vida passada então não tinha como eu pensar em outra coisa durante muito tempo.

Lupin interrompeu meus pensamentos:
- Então, o que achou?
- É triste que o rato tenha escapado, mas achei ótimo que finalmente todos sabem que almofadinhas é inocente!
- Você também sabia disso? Por quê eu não estou surpreso?
- Eu sei de tanta coisa e ao mesmo tempo tão pouco...
Ele girou os olhos.
- Eu andei pensando, já que Dumbledore disse que eu sei oclumência mas eu não na vedade não sei, será que é algum tipo de magia própria ou alguma consequência?
- Consequência de que? E como assim você sabe oclumência?
Só então eu percebi que não devia ter dito isso.
- Eu vou ser sincero, a pessoa que eu menos conheço nesse universo sou eu, eu sei como soube de tantas coisas, mas não sei como eu fui me lembrar dessas coisas.
- Isso é ao menos possível?
- Eu sobrevivi à maldição da morte, me lembro de coisas de quando eu tinha apenas um ano de idade, sou considerado um gênio com relação à minha idade e venci Alvo Dumbledore sem usar varinha. Não sei se tem algo que seja impossível para mim.

Nós dois rimos.

- Daniel, você já contou isso para alguém além de mim?
- Nunca. Eu não sou bobo.
- Então eu sou a pessoa em quem você mais confia?
- Acho que não...
- É Dumbledore, não é?
- Claro que não!- Lupin arregalou os olhos - Ele pode ser um ótimo conselheiro mas não tem como eu saber se posso confiar nele... já tive previsões de que ele ia tentar me matar, de que ele estava escondendo muita coisa de mim e tal, eu não acho que ele faria isso mas não é como se eu soubesse de todas suas intenções, tenho suspeitas até de que ele me obliviou.
Meu professor pareceu pensativo.
- Eu acho que sempre confiei em Dumbledore. Não me leve a mal, mas eu nunca encontrei alguém que não confiasse em Dumbledore e fosse uma boa pessoa.
- Eu confio nele, mas bem menos do que confio em você ou em certas pessoas.
- Quem?
Ele perguntou com pura curiosidade em sua voz, me fazendo rir.
- Eu não acho que você vai gostar se eu contar.
- Eu confio em você, se você confia em alguém então eu também confio.
- Não fassa isso! É importante você saber pensar por si mesmo e julgar as pessoas com as informações que você tem, a não ser que seja para coisas que só podem fazer mal a pessoa que te disse para confiar em alguém.
- Eu não quiz dizer que confio cegamente em você! Só estou dizendo que valorizo muito o seu ponto de vista. Mas quem era?

- Você não vai me deixar em paz até eu te contar?
- Não.
- Tá bom, tá bom. É Severo Snape.- eu disse com um ar de derrota.
Rindo, Lupin exclamou:
- Sério que você pensou que eu não ia gostar de saber disso?
- Eu sei que você era quem menos o achava uma pessoa má, mas seus amigos o odiavam tanto que faziam bulling com ele! Você não impediu.
- Nós éramos jovens nessa época, fizemos coisas das quais nos arrependemos.
- Muito mais velhos que eu! Quase adultos! Com um segundo de vida eu já saberia que aquilo era errado.
- Você sabe de quem está falando, não sabe?- ele perguntou surpreso com a minha mudança de humor repentina.
- Obviamente. Você, meu pai, Sirius e aquele rato. Eu odeio o fato de que meu próprio pai biológico fez isso, é tipo como se ele sempre tivesse sido uma boa pessoa aí do nada um espírito maléfico tomasse posse do corpo dele só para atormentar a vida do Severo causando muitos traumas além dos que ele provavelmente já tinha.
- Não foi exatamente assim...
- Tem poucas chances de eu ter exagerado, e o pior de tudo é que provavelmente ele vai querer descontar tudo que meu pai fez, em mim. Isso tudo sendo filho da Lili, então meu pai deve ter feito muita coisa para ele odiar o filho dele que mal o conheceu.

- Eu não acho que ele vai te odiar.
- De início com certeza vai, mas eu vou explicar para ele que não sou o meu pai e abomino o que ele fez.
- Daniel, você é uma pessoa muito amável no geral, então mesmo que seu pai tenha feito algo ao Snape eu duvido que ele vai querer se vingar em você.
- Está bem, está bem. O que foi feito está no passado, não tem como eu mudar nada do que meu pai fez. Mas eu o idolatrava tanto antes de descobrir o que ele fez...
- É só não pensar nisso e pensar em outras coisas que ele tenha feito, você com certeza deve saber muito sobre ele.
- Infelizmente é difícil conseguir informações sobre as vidas dos meus pais, mesmo eu sabendo algumas coisas sobre a época na escola deles.
- Sério? Ninguém nunca te falou nada sobre eles?
- Eu sei um pouco, principalmente sobre o meu pai. Minha mãe quase nunca falam dela.
- Quer que eu fale um pouco?
- Claro!

Lupin me contou muito do que sabia, seus hobbys, suas coisas favoritas, contou como ela era uma das melhores da turma, contou histórias sobre ela.
Finalmente conheci um pouco melhor Lili Potter, num futuro próximo a conhecerei melhor do que qualquer fã do meu mundo original poderia desejar, com muito mais detalhes do que a própria autora gostaria que alguém soubesse.

Só depois de muito tempo percebemos que não tínhamos marcado as datas e horários para as aulas, que depois de planejarmos um pouco, acabaram sendo aos sábados a partir das dez da manhã na casa dele.

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Eu não sei se o Lupin tem casa, mas mesmo se ele não tiver eu vou dizer que tem, seria meio difícil se não tivesse.

Porque eu vou republicar essa história inteira?
Bem, o motivo real por ter retirado a publicação, realmente era que meus pais queriam que eu parasse de publicá-la para ter certeza que ninguém ia roubar minhas idéias. Mas também teve outro detalhe: quase ninguém leu essa história além de mim e da minha irmãzinha (que na verdade eu li para ela).

Eu pretendia escrever pelo computador, assim eu ainda poderia ler para ela, e quando os concursos do wattpad chegassem, eu só precisaria copiar, colar e publicá-la, então não me preocuparia com cópias, pois minha história já estaria sendo avaliada e nenhuma cópia seria aceita.

O problema com tudo isso, é que eu não podia compartilhar a história com mais pessoas pelas minhas redes sociais nem pelo próprio wattpad quando achava alguém que talvez fosse gostar. O meu maior prazer seria ler comentários na minha própria história, o que me faria sentir menos sozinha e ter mais pessoas querendo ler minha história, o que me daria mais razões para continuá-la e eu poderia escrever por essas pessoas também.
(Outra razão foi que eu não consigo arrumar minha escrivaninha todos os dias para colocar o computador kkk)

Enfim, espero que qualquer pessoa que leia essa história comente ou vote, no mínimo uma vez por capítulo, não para que o wattpad recomende para outras pessoas, mas para que eu saiba que você está lendo minha história. Isso me faz sentir menos sozinha.

Se eu fosse Harry PotterWhere stories live. Discover now