Se eu fosse Harry Potter

9- Suspeitas e medos.

Eu, Lupin e os outros estávamos no escritório de Dumbledore esperando que ele chegasse para começarmos a reunião.

- Boa tarde diretor.- Remo disse quando Dumbledore entrou exibindo seu sorriso de avô.
- Boa tarde.
Essa reunião é especificamente para falarmos sobre Sirius. Vocês devem saber que a memória de um menor de idade nunca pode ser usada como prova, mas podemos abrir uma brecha e usá-la para explicar o que aconteceu. Assim, se Sirius concordar em beber Veritaserum, vamos conseguir provar sua inocência e resolvermos tudo.
Infelizmente não podemos ir atrás de Petigrew antes de libertar Sirius se revelarmos a história, já que os aurores são legalmente as pessoas que devem prendê-lo.

Todos na sala prestaram muita atenção em cada palavra.

- A boa notícia é que conseguimos marcar o julgamento dele para daqui a uma semana. Remo e Daniel irão como testemunhas e eu irei como defesa.

- Eu não sei nada sobre julgamentos, diretor. Há algo que eu deveria saber?
- Não se preocupe, é só dizer a verdade, querido.- a professora Minerva disse.
- Provavelmente eles vão perguntar primeiro sua parte e depois a de Sirius.
- Então seria bom eu contar só o que eu vivenciei, certo? Tipo, a parte do Petigrew ser o fiel do segredo o que logicamente diz que ele foi quem deu a localização dos meus pais?
- Sim, é claro.

Só dessa vez que eu notei como alguns na sala estavam escondendo algumas lágrimas toda vez que eu falava disso. As vezes eu consigo ser um pouco insensível demais...

- Mudando de assunto completamente, seria bom eu avisar vocês todos para sempre ficarem atentos e me disserem tudo de estranho que virem, mesmo que eu esteja presente ou seja algo sobre mim. Naturalmente eu sei muito sobre vocês e seus planos, mas tudo pode mudar bruscamente ou talvez até eu esteja enganado sobre alguma coisa. Digo isso porque salvar Sirius pode mudar muita coisa que eu sei então vocês devem estar avisados, além do mais só o fato de eu saber de tanta coisa vai mudar muito.

Dumbledore pareceu pensar durante um momento e então perguntou:
- Quanto você sabe?
- Hum, acho que alguma parte do futuro, uma parte do passado e até informações essenciais para derrotar Voldemort.
- Então você está escondendo isso?- insinuou Moody.
- Não estou, só estou esperando pelo melhor momento de divulgar as informações. Mas eu posso falar algumas coisas já se vocês prometerem que só vão usar essas informações com os meus conselhos.
- Está bem.- disse Dumbledore suspirando. - Pode nos dizer.
- Primeiramente, vocês devem saber que Voldemort era Tom Riddle. Ele morria de medo da morte e então fez orcruxes, no plural. O diretor deve saber explicar o que são... No total ele dividiu a alma em 6 orcruxes e um pedaço no próprio corpo. Uma delas é um anel com a pedra da ressurreição, mas obviamente amaldiçoa quem a pôr no dedo, está na antiga casa dos Gaunts, que eram dos avós e depois da mãe de Tom Marvolo Riddle. Outra é um cálice que eu acho que era da própria fundadora da Lufa-Lufa, e agora talvez esteja no cofre de Belatrix Lesteange, em Gringotes. Esse cálice veio de uma cliente do Tom que o tinha herdado, então ele a matou e fez parecer que era a culpa da elfa doméstica da senhora. Talvez essa elfa ainda esteja viva em Azkaban, pois eu não sei as datas. Algum dia ele vai fazer uma hocrux com uma cobra bem grande chamada Naguini. Também tem um diário que eu não sei exatamente onde está. Tem um Diadema que veio da fundadora da Lufa-Lufa, provavelmente está amaldiçoado também. Esse Diadema está na sala precisa, que fica na frente de uma tapeçaria com trasgos batendo num professor de balé. Para acessar essa sala é só passar três vezes na frente da parede pensando no que você quer que a sala se transforme. O que você deve pensar para achar o Diadema é em uma sala para esconder algo. Está perto de um armário ou de uma peruca. Esse, se vocês tomarem cuidado para serem bem discretos e não deixarem absolutamente ninguém mais descobrir, vocês já podem tentar destruí-lo, desde que eu possa participar pela curiosidade. Para destruir uma horcrux precisamos de veneno de basilisco ou de fogomaldito, que eu não faço idéia de como se apaga, se der para apagar.
Aí também deve ter um medalhão do próprio fundador da Sonserina, original, que deve estar na casa dos pais do Sirius, que ele herdou. Essa, eu mesmo quero buscá-la. E lembrem-se de nunca usarem esses itens, eles são muito perigosos e se conseguir ganhar a confiança de qualquer pessoa pode matá-la e usar essa pessoa para renascer.
- Como raios você sabe de tudo isso?- perguntou Moody.
- Eu gostaria de manter essa informação para mim.
- Dumbledore, tem certeza que tudo que ele disse é verdade, tem?
Ele negou com a cabeça.
- Ah, vamos, se vocês não vão destruí-los, eu vou.
- Você é apenas uma criança.- grunhiu Olho-tonto.
- Uma criança extremamente poderosa que sabe de mais coisas do que você gostaria que eu soubesse. Se eu quisesse matá-los, vocês já estariam mortos.
- Eu duvido!

A professora Minerva parece exasperada vendo isso.
- Moody, você deveria ser responsável e não deveria brigar com uma criança, você é um adulto! Peçam desculpas um ao outro agora.
- Desculpa.- Moody grunhiu.
Eu engoli minha resposta mal educada que eu queria jogar na cara dele, afinal a vida dele depende de mim e ele teria morrido se eu não estivesse mudando a história, mas pedi desculpas também para não continuar a briga.

Agora Moody deve ter suspeitas de eu ser um comensal disfarçado ou algo do tipo. Não posso culpá-lo, eu sempre achei que alguém ia pensar isso, só posso agradecer por nenhum deles querer me matar, até agora.
Dumbledore estava observando Moody e então disse:
- Não se preocupem, eu já verifiquei e ele não é um comensal disfarçado.
"Obrigado, Dumbledore." pensei.

Logo terminamos a reunião e eu fui para casa.
Presumo que Dumbledore deve começar a enviar espiões para me vigiar e reportar qualquer atitude suspeita, pois obviamente ele ainda não confia em mim.

Fico o resto do dia jogando jogos no computador e me inscrevi em algumas competições de matemática para relaxar.

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