• Narrado por Drake •
Fazia quase meia hora que eu estava sentado no carro, parado em frente a casa que eu cresci, olhando a porta fechada e me perguntando o que Chloe estava fazendo e se ela estava bem.
Eu precisava ir. Tinha coisas a resolver, mas eu simplesmente não conseguia me afastar da casa. Eu a trouxe para cá, e mesmo que ache que aqui ela está segura, se algo acontecesse com ela, não conseguiria me perdoar.
Foi quando meu celular tocou.
ㅡ Fala, Frank. ㅡ Atendi a chamada.
ㅡ Temos um problema.
ㅡ Ótimo. ㅡ Revirei os olhos, apoiei o cotovelo na janela e esfreguei os olhos.
ㅡ Eu to aqui em Manitou, na lanchonete do centro. Vem cá. ㅡ Ele desligou a chamada e eu não tive outra escolha a não ser ligar o carro e deixar a casa para trás.
Dirigi de volta ao centro da cidade, que não era nem um pouco longe, a cidade era pequena, todos se conheciam e a fofoca era mais rápida que a velocidade do som. O que significava que metade da cidade já deve saber que estou de volta.
Estacionei em frente a lanchonete, saí do carro e entrei no lugar familiar. Não tinha mudado muito, as mesmas paredes brancas e vermelhas, mesas encostadas nas paredes sob as janelas, bancos largos nas mesas e redondos no balcão, parecia até que tinha parado no tempo.
Olhei em volta e avistei Frank sentado numa das mesas junto as janelas. Ele estava comendo um hambúrguer com fritas.
Passei pelas pessoas e me sentei em sua frente. Esperei que ele mastigasse a comida até começar a falar.
ㅡ Deu tudo errado.
ㅡ O que deu errado?
ㅡ Primeiro que parte das drogas nem estava lá naquele galpão. ㅡ Puxou um guardanapo e limpou a boca.
ㅡ Como assim? O carregamento não estava todo lá?
ㅡ Todo? ㅡ Riu. ㅡ Lá só tinha 30% das drogas.
ㅡ Merda... ㅡ Bufei d cruzei os braços. ㅡ O que meu pai disse?
ㅡ Seu pai ta por conta da vida. Acho que nunca o vi tão nervoso. ㅡ Frank pegou o vidro de ketchup e apertou-o até sair o molho em seu hambúrguer. ㅡ Pelo que entendi, o Freeman vendeu 70% da metanfetamina e escondeu o dinheiro onde seu pai nunca vai achar.
ㅡ Como sabe disso??
ㅡ O Freeman ligou pro seu pai. ㅡ Ele assentiu com aquele olhar de deu merda. ㅡ Depois que voltamos e seu pai percebeu a quantidade de drogas faltando, o telefone dele tocou e era o Freeman, simplesmente gargalhando da cara dele. Dizendo que era tarde, que ele já tinha vendido a maior parte e que escondeu o dinheiro.
ㅡ Que filho da... ㅡ Passei a mão no rosto. ㅡ E sobre a Chloe? O meu pai perguntou algo dela?
ㅡ Essa é a outra parte ruim. ㅡ Frank soltou o hambúrguer e me encarou, dando a entender que vinha bomba. ㅡ Quando voltamos, seu pai perguntou de você e eu disse que te convenci a ir para Las Vegas comemorar sua primeira missão, ele achou ótimo e até riu satisfeito. Depois ele perguntou da garota e eu disse que ela conseguiu fugir e perguntei se ele tinha certeza de que ela era esposa do Freeman, porque parecia muito assustada, como se fosse a primeira vez que visse armas pessoalmente.
ㅡ E aí?
ㅡ E aí ele apontou a arma na minha cara e perguntou se eu estava querendo saber mais do que ele. ㅡ Apertei os olhos. ㅡ Eu disse que não, né. Não tô ficando louco. Não toquei no assunto de novo, mas o Freeman tocou.
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Me ame, Chloe
RomanceEla estava no lugar errado e na hora errada. Como Chloe foi se meter no meio de um fogo cruzado entre mafiosos? Drake tinha duas opções: Deixar que ela morresse ou sequestra-la para protegê-la. E ele sabia bem o que fazer.