FUTURO
Louis
Quando a campainha tocou na manhã seguinte eu sabia que era Harry, na verdade eu esperava que fosse ele.
Eu estava sem ânimo para encontrar qualquer outra pessoa, mas queria vê-lo, queria que ele me desse alguma explicação.
Não consegui evitar passar uma mão pelos cabelos para arrumá-los enquanto ia até a porta.
"Eu sou tão trouxa!"
É claro que quando eu acordei toda a raiva que eu tinha sentido na noite anterior havia desaparecido, eu ainda estava magoado, mas não irritado.
Pus a culpa do meu pequeno "ataque" no vinho. Eu não teria ficado tão irritado se não tivesse bebido e provavelmente também não teria acordado com dor de cabeça.
A dor de cabeça passou depois de um remédio e uma xícara de chá, mas sem ela minha mente ficou livre para divagar sobre todos os problemas, frustrações, medos e segredos que a rondam, e uma dor, bem literal e esquisita, invadiu meu peito.
Então quando a campainha tocou eu pedi internamente que fosse Harry para que eu pudesse parar de me torturar pensando nas coisas que fiz e nas que ainda quero fazer, e para que eu pudesse me focar em outra coisa que não fosse o incomodo que eu sentia no peito.
Respirei fundo antes de abrir a porta, eu não estar mais irritado não significava que eu pularia nos braços dele, feliz da vida só por quê ele apareceu.
Eu esperava encontrá-lo com a maior cara de coitadinho arrependido com um sorriso cinico e gigante no rosto mas quando abri a porta seu semblante mostrava exatamente o contrário.
Seu rosto estava um pouco inchado como se ele tivesse chorado e ele tinha olheiras como se não tivesse dormido nada.
Me controlei para não avançar sobre ele, tocar seu rosto com carinho e perguntar o que houve, se ele estava bem, se estava sentindo dor.
Quando ele me viu deu um fraco sorriso e apertou um pacotinho peludo que tinha nos braços.
Espera, o quê?
- Isso é um cachorro? - perguntei confuso, embora fosse claramente um cachorro.
- Surpresa! - ele respondeu baixo, levantando o filhote nos braços e oferecendo para mim.
Arqueei as sobrancelhas e cruzei os braços, fazendo o sorriso de Harry sumir do rosto enquanto ele abraçava o filhote de novo.
- Eu posso entrar?
- Por que você simplesmente não abriu a porta e entrou já que tem a chave?
- Queria te surpreender - ele explicou, mostrando o cachorro de novo.
- Você me surpreendeu ontem a noite quando me deixou esperando.
- Eu sinto muito por isso. - ele disse devagar encarando o chão, e fungando logo em seguida.
- Você está bem?
Ele assentiu e me encarou outra vez, o filhote em seus braços ganiu baixinho fazendo Harry sorrir e afagar o pêlo aparentemente macio.
Abri mais a porta para que ele entrasse e ele deu um sorriso fraco se abaixando para pegar uma cestinha acolchoada e pondo o filhote, que parecia estar drogado, dentro.
Assim que eu fechei a porta fui surpreendido pelos braços de Harry que me viraram e me prenderam contra a madeira.
Não tive tempo para protestar pois ele já estava colando seus lábios nos meus me calando, e quando eu vi já estava correspondendo.
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Red Destination
Fanfiction"Um fio invisível conecta os que estão destinados a se amar. Independente do tempo, lugar ou circunstância. O fio pode afrouxar ou emaranhar-se mas nunca irá partir." Uma antiga lenda diz que casais destinados a se amar possuem uma linha vermelha li...