Capítulo 6

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Alexia

Só reparei o estrago nos livros quando acordei na manhã de sexta-feira.

- quê você estagou seus livos, mamãe? - Alice perguntou com a testa franzida, enquanto comia alguns pãezinhos e tomava suco de laranja em um copo da Galinha Pintadinha.

- Não fui eu, meu amor. Foi um menino malvado que estragou.

- Isso não é zentil! Você vai bigar com ele, não é?

Sorri.

- É claro que sim. Termine de comer, preciso te levar para a creche.

Alice terminou de comer conversando comigo sobre o dia seguinte. Desde que eu contei que passaríamos o sábado inteiro juntas, a animação e a ansiedade tomaram conta dela.

Saímos para a escola de mãos dadas, ela tagarela como sempre, mas eu não queria conversar. Estava mais concentrada em encontrar um jeito de pagar os livros que Stefan arruinou.

- Por favor, Rafa! - implorei ao meu chefe cruzando as mãos na frente da boca. - Eu nunca te pedi nada!

- Deixa de ser ruim, homem! - Mari disse batendo um pano de prato nas costas do marido. - Ela merece uma tarde de folga.

- Mas ela é nossa única garçonete.

- Rafa, você sabe que eu prezo meu trabalho, mas eu prometi isso à minha irmã! Por favor, por favor, por favor! Olha... eu faço hora extra depois.

- Hora extra? Você sequer tem tempo de respirar.

- Eu arrumo um tempo! Por favor...

Ele me olhou tentando permanecer sério, mas não conseguiu.

- Você é boba, Lexy... até parece que eu negaria uma folga a você.

- Ahhh, te amo! - gritei abraçando-o.

Ele riu.

- Tire o dia inteiro de folga amanhã. Eu e Mari também vamos tirar.

- Vamos? - Mari perguntou surpresa.

- Claro. Por que não?

Mari se virou para mim.

- Lexy, você é um anjo.

- Vocês que são. Meus anjos.

Dei um beijo na bochecha dela e saí para começar a atender os pedidos.

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Stefan

Levei um susto quando encontrei Thomas sentado no meu lugar, na bancada da cozinha, quando cheguei em casa mais tarde. Minha nossa... como eu pude esquecer que tenho um irmão agora?!

Ele me olhou com seus grandes olhos escuros e ficou congelado em seu lugar, como se eu estivesse apontando uma metralhadora para sua cabeça e um mínimo movimento fosse motivo para destruí-lo. Nanda, que estava na frente da pia, levantou uma sobrancelha para mim, como se me pedisse para falar alguma coisa com ele.

- Já acabou? - perguntei me referindo ao prato vazio na sua frente.

Obviamente Nanda tinha preparado algo para ele comer e, como bônus, deviam estar tendo uma conversa agradável antes de eu chegar.

- Hum... uhum. - Ele assentiu.

- Então vaza.

Ele ainda ficou me olhando por um segundo antes de se levantar e sair da cozinha com pressa. Nanda suspirou:

O preço da Felicidade // DEGUSTAÇÃOحيث تعيش القصص. اكتشف الآن