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O jogador segurou a revista nas mãos, olhando melhor a imagem. Segundos depois estava lançando aquele bolo de papel do outro lado do quarto, enquanto seu sangue fluía quente em suas veias.

Primeiro, ele queria acabar com a revista que havia publicado aquela manchete tão falsa. E segundo, ele teria uma conversa muito séria com Joanne, afinal, tinha certeza de que tinha sido ela que tinha cedido tal entrevista que deixou entender essa possibilidade.

— Alice, eu vou dar um jeito nisso, eu—

— Não tem "jeito", Marco — ela ficou em pé, segurando as mangas da blusa. — Essa mulher vai colocar todo mundo contra mim, porque você não está junto com a mãe do seu filho e sim com outra mulher.

— Amor, não é bem assim...

— Só de pensar que daqui três ou quatro meses, ela estará transitando na sua casa como se fosse parte da família, me da ânsia. Eu não vou conseguir manter um relacionamento, em que a mulher que você ficou, agora mãe do seu filho, viva dentro da mesma casa que você.

— Eu não dou condições para ela, Alice — ele irritou-se. — Agora você está sendo imatura.

— Eu estou sendo imatura? — riu descrente. — Me desculpa, mas para mim você parece cego referente ao que ela quer causar entre nós dois e está conseguindo. Estou começando acreditar que ela inventou a gravidez, para tentar nos separar, depois vem com essa de passar os finais de semana aqui, agora essas manchetes como se vocês fossem apaixonados... Por favor, ninguém aguenta isso e eu infelizmente não sou de ferro.

— Primeiro: a criança não é invenção, ela está realmente grávida — Marco falou convicto, apontando para ela. — Joanne não faria isso de propósito, muito menos sobre a vida de um filho. A revista, confesso que foi realmente ridículo e irei conversar com ela sobre isso.

— E você acha mesmo que eu vou aguardar essa conversa? Me poupe, Marco — a ruiva passou por ele, saindo do quarto e ele a seguiu. — Você é rico e está adiando esse exame de DNA por quê?

— Alice, você sabe dos riscos em um exame de DNA dessa proporção — Marco desceu as escadas junto à ruiva, parando ambos no primeiro degrau. — Eu sei que isso está te chateando e eu sinto muito mesmo. A Kim que fica colocando essas coisas na sua cabeça, não é?

— Não coloca a Kim no meio — defendeu a cunhada. — Para de jogar a culpa nas pessoas, Marco!

O jogador sentou-se no primeiro degrau olhando para seus pés, sem saber o que fazer naqueles minutos que passavam lentos. Cogitou a ideia de processar a revista pela manchete, mas desistiu lembrando de Joanne. Preferia primeiro ter uma conversa séria com ela e saber os motivos da entrevista.

— O que quer? — ele falou por último, ficando em pé.

— Eu preciso respirar — pronunciou a ruiva. — Preciso de um tempo para mim, talvez você também precise. Por isso estou voltando para Rússia amanhã de manhã.

— Indo para Rússia? — ele ficou em pé, atônito. — O que fez você tomar essa decisão tão repentina? Você está de cabeça quente, Alice.

— Não, Marco. Eu estou sã e realmente precisando do meu tempo — passou a mão pela testa. — Não foi em vão quando disse que não queria entrar em relacionamento com alguém como você. Imaginei que seria muito diferente, talvez com fãs me chamando de feia, gorda, mas acabei entrando em algo muito mais conturbado.

— Então você está fugindo dos problemas? — ele perguntou, demonstrando o quão chateado estava. — A gente tenta melhorar isso, Alice. Podemos conversar, chegar no bom senso...

IMPEDIMENTO [COMPLETA]Where stories live. Discover now