Capítulo 26 - Feliz aniversário

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Construir uma casa não era algo simples, mas eles sabiam que com a equipe certa, conseguiriam colocar a casa em pé antes do bebê nascer. Uma semana depois de fecharem o negócio do terreno no topo da montanha, visitaram a obra e já tinham paredes. A arquitetura seria simples, com pé direito alto, muita madeira reflorestada, janelas enormes e uma parede inteira de vidro, com vista para o vale adiante. A ideia era ter muita luz natural e ventilação, mas também que casa fosse quente no inverno para suportar as intempéries do clima escocês.

Eles tinham finalmente chego a um consenso quanto ao casamento, e por mais que parecesse apressado, resolveram que iriam se casar antes do bebê nascer. Seria simples, apenas a família e amigos mais próximos.

Já era tarde da noite quando Caitriona finalmente se jogou no sofá da sala, vestindo apenas a camiseta branca de Sam – sua preferida. Agora a barriga começava a aparecer, e ela começara a usar roupas mais largas, para evitar comentários. Apesar de a médica continuar afirmando que estava tudo bem, e que a cada ultrassom o bebê estivesse maior e mais forte, ela ainda não achava que era a hora de contar para o mundo. Ainda temia aqueles 20%.

– Cait, eu estava aqui pensando – Sam começou, sentando ao lado dela no sofá. Ele havia trazido duas xícaras de chá, deixando-as na mesa de centro – se você está com 19 semanas... quando foi que aconteceu? Quer dizer, teve um dia específico, certo?

Cait parou com uma bolacha a meio caminho da boca, agora voltando sua atenção a Sam, com um sorrisinho enviesado.

– Foi no seu aniversário – riu abertamente quando percebeu a expressão de Sam mudando de curiosidade para divertimento numa fração de segundos enquanto se lembrava.

*

30 de abril de 2018

Sam dirigia devagar, uma das mãos no volante, o som ligado baixinho, a música ecoando pelo carro. Era tarde, e as vias estavam praticamente vazias. A produção tinha fechado um pub para comemorar o aniversário dele com todo o elenco e equipe, após o dia inteiro de gravações intensas. Ele estava exausto, mas um sorriso satisfeito brincava em seus lábios.

Caitriona tinha bebido muito mais do que deveria, como sempre, e ele praticamente tivera que a carregar até o carro. Ela estava quieta, olhando através da janela atentamente, enquanto as luzes da cidade passavam num borrão.

Ela virou-se para ele, de repente, e ele encarou-a por um segundo, detectando um sorriso malicioso em sua expressão divertida.

– O que foi? – Sam perguntou, curioso. Ela não respondeu. Apenas tirou o cinto de segurança e remexeu-se no banco do carona até estar quase sentada sobre o freio de mão. Então ele sentiu suas mãos ágeis, forçarem de forma desajeitada o botão de sua calça jeans. Ele arregalou os olhos – Caitriona.

– Fiquei quieto, Sam, estou tentando te dar um presente – ela falou, sem tirar a mão do zíper, conseguindo abrí-lo em seguida. Ele usava uma cueca boxer preta, que ela abaixou sem nenhuma cerimônia, revelando seu membro duro. Ela ergueu uma das sobrancelhas, encarando-o – Interessante.

– Eu estava pensando em o que faria contigo quando chegássemos em casa – ele explicou.

– Continue pensando então – ela disse, inclinando-se em direção a suas pernas, capturando seu pênis duro com a boca, engolindo-o até o fim, enquanto uma de suas mãos se ocupava em massagear as bolas quentes.

Ela percebeu que ele diminuíra a velocidade, as juntas de seus dedos ficando brancas enquanto agarravava o volante com força. A outra mão segurava seus cabelos, tentando ditar o ritmo dela, que chupava com força, dando pequenas mordiscadas na ponta de tempo em tempos. Sam balbuciou palavras ininteligíveis, mas parecia estar xingando enquanto ela continuava, sem prestar atenção a ele.

– Merda, vou acabar batendo o carro em uma árvore se continuar com isso – ela conseguiu entender, depois de uma torrente de xingamentos em todas as línguas que ele conhecia.

Num minuto estavam na rodovia, no outro ele virou o carro com tudo, parando no acostamento. A rua estava vazia, nenhum carro a vista, era realmente muito tarde.

– Eu não vou aguentar – ele disse entredentes, puxando-a pelos cabelos para que o olhasse enquanto falava. Ela voltou ao exercício silenciosamente. No carro, ouvia-se apenas a música tocando baixinho e a respiração ofegante de Sam.

Caitriona deixou o pênis de lado por um momento, e ergueu sua camisa, revelando o abdômen torneado. Distribuiu beijinhos e mordidas em sua barriga, fazendo o caminho de volta até pênis endurecido, talvez ainda mais do que já estava antes. Lambeu toda sua extensão e engoliu-o, pegando-o de surpresa. Continuou com os movimentos até que sentiu-o tremer sobre si, e o líquido espesso espalhou-se por sua boca.

– E quem disse que eu queria que aguentasse? –ela respondeu por fim, oferecendo um sorriso safado, as sobrancelhas erguidas.

Ele ficou calado por um momento, olhando para fora, ponderando o que faria a seguir. Decidiu que não iria esperar chegar em casa. Soltou o banco do carro, empurrando-o até o final e aumentando o espaço entre si o volante. Abaixou as calças até os joelhos e puxou-a sobre si. Cait usava um vestido rodado, com um grande decote e ele foi logo enfiando a mão por baixo, esperando encontrar a barreira de sua lingerie, mas sentiu uma textura diferente, os pêlos aparados e a umidez de sua vagina. Ela estava encaixada sobre ele, um joelho de cada lado de seu corpo, pendendo de forma precária sobre o banco do carro.

– Você veio preparada – ele sorriu, tocando-a com dificuldade. Era apertado dentro do carro, mesmo com o espaço extra do banco, mas não seria empecilho.

Ela mordeu os lábios, enquanto ele a estimulava usando três dedos, fazendo movimentos circulares em seu clitóris com um deles enquanto outros dois escorregavam para dentro e para fora. Ela não estava apenas molhada, mas encharcada, muito pronta para recebê-lo.

– Chega Sam – ela disse, quase num gemido, arqueando as costas sobre o volante do carro, os cabelos se espalhando pelo painel – Quero você dentro de mim – e ele não pensou duas vezes, puxando o quadril dela até que se encaixassem. Ela gemeu alto, ninguém a ouviria ali.

Ele aproveitou o decote do vestido e puxou um de seus seios para fora. Não era a posição mais confortável do mundo, mas facilitava o acesso aos seios enquanto ela ditava o ritmo, rebolando, assomando e arremetendo, naquela dança que consumia seus corpos quentes. Ele apenas mantinha uma das mãos na cintura dela, a outra agarrando o seio direito enquanto chupava o esquerdo, ávido pelo mamilo intumescido.

Caitriona aumentou o ritmo, antecipando a aproximação de seu próprio clímax. Ambos urravam e gemiam sem pudor quando juntos chegaram ao ápice. Ela desmoronou sobre ele, deitando sua cabeça sobre o peito suado. Os vidros do carro estavam totalmente embaçados com o calor de seus corpos e o bafo de suas respirações combinadas.

Ficaram ali, parados naquela letargia pós-sexo, apenas curtindo um ao outro, as batidas rápidas do coração de Sam ecoando sob o ouvido atento de Cait, a respiração dela ditando o ritmo da dele. A música tinha parado de tocar. Nenhum carro passara na rodovia. Parecia que o mundo era deles, dentro daquela caixa de metal, sob o céu estrelado que se abria acima de suas cabeças.

– Feliz aniversário, meu amor – ela sussurrou em seu ouvido, descansando a cabeça em seus ombros, enquanto olhava para ele. O sorriso dele era o reflexo do dela. 

Kiss meOnde as histórias ganham vida. Descobre agora