i'm your Destiny

QUATRO

Vocês pediram e eu atendi! Boa leitura com um pouco de Darise.
Próximo capítulo será de Appling!

  Apple estava trancada a dias em seu dormitório, as notícias corriam mais velozes que uma alcatéia de lobos, Raven estava dormindo em meu dormitório junto a Cedar. Nenhuma pessoa entrava ou saia. Eu estava frente a porta do dormitório de Darling, minhas mãos estavam suadas e eu tremia, ouvia a voz de Daring lá dentro, mas eu precisava falar com Darling, Apple se tornara depressiva e ela era a única que poderia ajudar a Maçãzinha.

—Darling? –Eu comecei, batendo na porta com leveza, ouvindo sua resposta rápida. –Darling, por favor, preciso falar com você.

A porta é aberta e meus olhos se encontram com o de Daring. Isso me faz gelar e corar um pouco.

— Entre, Cerise. Mas por favor, tudo que ocorrer aqui, ficará só entre nós. –Eu concordei, ao olhar os olhos tristes dele, senti que meu mundo fora desmanchado.

Eu entro no quarto quando ele me dá passagem e encontro Darling deitada sobre a cama, ela estava triste e fria. Me aproximo dela, com cautela. Darling se vira para mim e força um sorriso a mim. Ela se levanta da cama.

—Darling, ela precisa de você, por favor. –Eu digo.

—Cerise, eu só não quero magoar a...

— Nós sabemos – começo, referindo-me a mim e Daring, os únicos que pareceram se importar com ela. – Mas terá que decidir entre a sua felicidade e o certo.

O rosto de Darling se ilumina e ela sai em disparada a porta, eu e Daring vamos até uma porta por onde ela passara a pouco.

— A ONDE VAI? – Daring gritou para ela, que já estava longe.

— VOU FAZER O QUE É CERTO E ME FARÁ FELIZ... PARA SEMPRE! –Ela grita enquanto corre pelo corredor, em direção aos outros dormitórios.

Eu olho Daring e sorrio, tínhamos conseguido. Fico observando seu rosto... MUITO PRÓXIMO AO MEU. Eu estava contra uma porta fechada e ao meu lado a abertura que Darling correrá afora, a minha frente Daring estava a me olhar nos olhos, com seu rosto próximo.

Ele é de Rosabella! ROSABELLA, CERISE! Sua amiga e uma das melhores amigas de sua irmã!... Certamente que eles não tem nada, mas Rosa insiste em dizer que ele é dela, então vamos respeitar a ilusão da amiguinha, né?

—Daring... Está muito próximo –Digo com a expressão séria. Por fora, sim eu sou fria, brava, e selvagem. Mas como Darling, temos nosso lado "princesa" nosso lado indefeso e nossas fraquezas...
A minha fraqueza é o loiro com olhos de cristal.

Ele não se move, apenas continua ali a me olhar. A este ponto eu devo estar tão vermelha quanto minha capa. Assim sinto sua mão sobre meu rosto, acariciando minha bochecha.

— Bom trabalho –Ele sussurra se aproximando mais de mim. Sinto sua respiração tão próxima quanto seus lábios estão dos meus. –Estou a dias tentando tira-la daqui.

Eu me silêncio, apenas observando ele e sua respiração que contrasta a minha eufórica. Assim sinto suas mãos segurarem meu rosto e seus lábios se encontrarem com os meus. Eu retribuo de uma forma selvagem ao beijo quente dele, sinto um arrepio percorrer meu corpo, quente, estático abro meus olhos e encontro os dele, o puxo mais para mim, colando nossos corpos e me prensando mais contra a porta. As mãos de Daring descem até minha cintura, a apertando contra si, eu o olhava, logo sinto uma de suas mãos se aproximarem do meu capuz, assim o abaixando. Estava tão concentrada no beijo, em nossas línguas se entrelaçando, nossos corpos unidos que logo sinto a onda quase invisível e instintiva me conduzir.

Eu era um monstro. E ele abaixara meu escudo. Me afasto dele, fugindo de seu abraço e seus lábios. Ele não havia percebido minha orelhas até então, e eu o fiz perceber, perceber meus olhos amarelo ouro e minha orelhas selvagens de lobo. Eu mesma me entreguei. Assim que ele nota, tenta se aproximar novamente. Mas eu choro, sentindo as lágrimas quente rolarem sobre meu rosto.

—Fique longe de mim! Eu sou um monstro!! – Eu gritei. Meu instinto selvagem a flor da pele, meu rosto retorcido a uma fera.

Daring estava em silêncio, tentava se aproximar de mim, com seu olhar reconfortante e um sorriso pequeno nos lábios. Eu não sabia o que dizer, então corri, deixando minha capa para trás por ter ficado presa na maçaneta da porta. Mas eu ignoro, precisava correr e saciar a sede que sentia. O lobo despertou e eu precisava alimenta-lo.