Capítulo 14

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Dois meses depois.

MÚSICA - EL ARTE DE MIRAR.

--Quanto tempo vou precisar esperar aqui dentro?- Pergunto pela segunda vez para Black que apenas me ignorou como sempre fazia quando estava concentrado em algo.

Era noite,estava chovendo e o carro estava ficando abafado. Já faziam três horas que estavamos ali atrás do paradeiro de Murillo.

Como prometido, Black havia me ensinado a lutar. Ou aperfeiçoar o que eu já sabia. E também aprendi a atirar nesses meses, após Janet tentar me matar eu decidi que não seria mais a Grace daquela noite, que estava amedrontada, e que havia desistido tão fácil.

É claro que foi complicado e eu poderia ter dito que foi muito mais que isso, por quê?

Eu quase... eu disse quase,

atirei no pé de Black. Não que ele não merecesse, mas...

Após uma dura bronca, como

"Não seja tão inútil! Se não consegue ao menos se defender como irá querer honrar a morte da sua mãe?"

Aquelas palavras foram o suficiente para que eu realmente desse mais um passo e agisse.

Foi graças ao "incentivo" de Ryan que eu consegui atingir o alvo.

Atualmente essa seria uma missão que determinaria se eu era "eficiente" para ser um deles.

O nosso conhecimento até o momento era que Janet e Murillo trabalhavam para alguém que queria a a cabeça de Black. Por isso ela estava ali, infiltrada na mansão, fazendo com que todos pensassem que ela estava mesmo afim de Ryan.

A área estava deserta e só havia escuridão, conosco haviam mais dois carros, era a minha primeira missão, Black estava receoso quanto a isso, mas eu já havia recebido treinamento o suficiente. Inclusive havia ganhado de brinde um dedo quebrado e a boca cortada devido aos golpes.

--Você está certa de que quer participar da operação, Grace? É a sua última chance. - ele olhara para mim depois de muito tempo.

--Claro. Não apanhei esses meses todos para ficar dentro de um carro abafado enquanto você luta sozinho.

Black parece estar incerto sobre isso, mas é tudo o que eu posso fazer agora.

Preciso ir atrás dos meus inimigos, preciso estar preparada para enfrentar o assassino da minha mãe também.

--Vai ficar tudo bem, Black. - seu olhar para mim é estranho, por um momento penso que ele está com medo que algo possa acontecer. Mas logo ele abre um sorriso demoníaco.

--Eu sei, não é como se eu tivesse que intervir toda vez que você está em perigo, não é mesmo!?... Mas, Grace. Você sabe o que fazer, caso você se sinta em perigo, o broche na sua roupa, ele vai disparar o alarme do local assim que você o pressionar. Não exite em fazê-lo, não importa o quê!

--Eu ficarei bem. - sorri novamente antes de destravar a porta do carro.

Nessa missão eu iria com mais um de seus homens. Estaria disfarçada, como uma convidada a me aliar. Ninguém me conhecia alí.

Black não podia entrar, todos o conheciam.

Era tudo muito estranho.

A entrada permanecia escura e alguns tambores estavam com lixo, em chamas. Talvez para dar um pouco de luminosidade ao local. O cheiro tampouco era um dos melhores.

Meu Querido Bad BoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora