trinta e cinco

1.4K 224 87
                                    

  Yoongi demorou para pegar no sono durante a noite e eu demorei ainda mais. Apesar disso, acordei primeiro que o mesmo. Nesse mesmo instante Yoongi está dormindo aconchegado em meu corpo. Hoseok passou por aqui mais cedo, perguntando se eu precisaria de ajuda, só pedi para passar na padaria e explicar a situação ao Frank quando ele e Jimin saíssem.

— Yoongi. — o chamei com calma, passando a mão pela bagunça que está seu cabelo. — Vamos, Yoon. Acorda. Você precisa comer alguma coisa. — o chamei mais uma vez. O vi torcer o nariz ainda sem abrir os olhos.

— Não estou com fome. — respondeu, com a voz mais rouca que o normal, ainda com os olhos fechados.

— Se eu preparar um café da manhã e trazer na cama só para você, vai mesmo fazer a monstruosidade de recusar? — brinquei e vi um mínimo sorriso aparecer em seus lábios avermelhados.

— Não faria isso com você, docinho. — sorri ainda mais ao o ver me chamar por meu apelido.

  Me desgrudei de seu corpo ouvindo reclamações suas. Pedi que fosse tomar um banho enquanto eu preparava o café da manhã. Yoongi ainda parece uma verdadeira bagunça e eu não quero o deixar sozinho e desocupado. 

  Fiz apenas algumas torradas com geleia e um chá. Sei que Yoongi não vai querer comer muito.

  Assim que entrei no quarto, Yoongi tinha acabado de sair do banheiro. Sentei na cama e o observei vestir sua roupa. Ele pareceu não se importar com o meu olhar em seu corpo e eu não me senti constrangido ao o ver sem roupa alguma, acho que já passamos desse ponto.

Yoongi sentou no meu colo e me deu um forte abraço. Eu imediatamente retribui, apertando seu corpo contra o meu.

— Eu não mereço alguém tão bom. — a amargura em sua voz chega a ser quase que palpável e me parte o coração saber a maneira como ele se inferioriza.

— Não fale uma besteira dessa nunca mais. — deslizei meus dedos pela sua bochecha, secando o rastro que uma lágrima teimosa deixou por ali. — É melhor comer ou vai esfriar.

  Yoongi permaneceu no meu colo e comeu seu café da manhã sem reclamar, mas com uma condição: que eu comesse junto a ele. E eu não recusei. Como o esperado, afirmou que sua cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento, então busquei os remédios para dor onde ele havia indicado.

  Me permiti tomar um demorado banho em seu banheiro, eu me sinto exausto e realmente preciso disso. Pedi para que Yoongi pegasse alguma roupa para mim e não me importei quando ele sentou no chão, na porta do banheiro e ficou me observando todo o tempo. Nada que ele já não tenha visto antes. Eu gosto como me sinto confortável com isso, diferente de algumas semanas atrás que eu acabava agindo feito um bobo.

  Vesti a roupa que Yoongi havia me emprestado e voltei a me aconchegar com ele em sua cama.

— Não quero conversar agora. — ele pediu com a voz chorosa e eu respeito seu tempo. Ele sempre respeitou o meu, acho justo fazer o mesmo.

— Eu espero o tempo que for preciso. — lhe garanti em um sussurro.

Sua pele estava fria contra a minha, eu podia sentir seus dedos gelados tremerem em minha cintura. Abracei seu corpo com ainda mais força, acariciando seu cabelo, tentando o manter protegido de qualquer coisa que pudesse tirar sua paz.

— Calma, tudo vai ficar bem. — murmurei, distribuindo beijos em todo seu rosto à medida em que senti os tremores de suas mãos se intensificarem. — Eu não vou sair do seu lado, volte a dormir. — pedi entre um beijo e outro, o vendo fechar os olhos, tentando se manter o mais confortável possível.

  Sua respiração estava pesada e os lábios tremulavam, Yoongi parecia em pedaços e eu me sinto na obrigação de recolher cada um deles e os juntar.

— Eu te amo. — o ouvi murmurar. Apenas sorri, deixando um beijo demorado em seu rosto. Eu não preciso responder, ele sabe que eu o amo incondicionalmente. 

— ☆ —

oi

Cigarettes - taegi ver.Место, где живут истории. Откройте их для себя