dezesseis

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  Faltavam apenas cinco minutos para a lanchonete abrir. Eu e Frank corríamos de um lado para o outro, enquanto ele arrumava a vitrine, eu organizava as mesas.

  Eu me assustei ao ver Yoongi entrar, ele não costuma aparecer tão cedo, mas logo voltei ao meu trabalho. Yoongi veio até mim e deixou um beijo rápido em minha bochecha.

—Bom dia, docinho. – murmurou sorridente.

—Bom dia. – sorri.

—Yoongi! – Frank o repreendeu, provavelmente pensando que eu ainda estava com raiva dele e ele estava me importunando. Não que ele não esteja me importunando, eu só não estou com raiva dele.

—Tudo bem, Frank. – disse rindo, ele parou por um minuto e nos olhou.

—Eu realmente não entendo vocês. – ele voltou ao que fazia, parecendo frustrado e realmente confuso.

—E então, o que eu faço? – encarei Yoongi com as sobrancelhas erguidas. Ele quer ajudar?

—Isso é sério?

—Aham. – ele cruzou os braços, parecendo indignado por eu estar duvidando de sua boa vontade.

—Tudo bem, você tem de arrumar as cadeiras e colocar essa cestinha com pães nas mesas. – expliquei e Yoongi tomou as cestinhas das minhas mãos.

—Fácil. – eu ri do modo infantil que ele falou e fui ajudar Frank, mas ainda de olho em Yoongi, pra ter certeza de que ele não faria nada errado.

—Como você fez isso? – encarei Frank, enquanto ajeitava alguns salgados na vitrine.

—Fiz o que?

—Yoongi não é do tipo que trabalha, pode ter certeza, eu já tentei. – dei de ombros e comecei a arrumar a bagunça que Frank havia feito pra secar os pratos.

—Ele quem se ofereceu. – Frank arregalou os olhos.

—Não é possível. MIN YOONGI, POSSO SABER QUAL É SEU PROBLEMA? – Yoongi gargalhou.

—Quem sabe isso impressione o Tae. – eu sei que foi só brincadeira, mas isso não impediu minhas bochechas de ficarem vermelhas.

—O que o amor não faz com as pessoas?

—Frank! – o repreendi, ainda mais vermelho, mas ele pareceu não se afetar, caminhei em passos largos até a porta e a abri, com algumas pessoas já entrando.

  Corri até meu balcão, com Yoongi logo atrás, ele se enfiou naquele espaço minúsculo comigo e eu o olhei.

—Quero ajudar. – ele repetiu, fazendo mais uma vez aquela cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança e eu desviei o olhar. 

—Tudo bem, vê se consegue ser simpático.

—Eu consigo, na verdade eu sou bem educado, só gosto de te importunar. – o encarei irritado.

—Você é um idiota!

—Eu sei. – Yoongi sentou na minha cadeira e eu fui obrigado a o empurrar, mas ele mal se mexeu. – Não vou sair daqui. – não insisti porque sei que não adianta de nada e passei a encarar todas aquelas pessoas tomando café da manhã. – fiz certo meu trabalho? – resmunguei em afirmação.

  Pude sentir que ele estava logo atrás de mim. Yoongi deixou um beijo em minhas costas e eu me arrepiei com seu toque.

—Se acalme, docinho. – o olhei por cima do meu ombro, e revirei os olhos. Nunca conheci um cara tão abusado quanto Yoongi. Digo, ele parece tão seguro de si e tão confiante e fica fazendo essas coisas, me deixando totalmente constrangido. 

Estou prevendo que meu dia vai ser um verdadeiro inferno.

Cigarettes - taegi ver.Where stories live. Discover now