Depois de um tempo cantando e digitando a letra no celular, suspiro alto e encaro Liam.
— Eu acho que agora esta bom — sorrio.
— Você é muito boa nisso, além de ter uma voz incrível, não gostaria de entrar na nossa banda?
— Acho melhor não, tenho problemas em matérias da escola, e a minha mãe obviamente não aprovaria. Ela quer que eu seja médica, mas com as notas escolar, isso está cada vez mais difícil.
— Com isso você tem a mim, posso lhe ajudar.
— Vou pensar — falo, totalmente boba.
— Por que se ofusca tanto? — questiona, e eu não compreendo o queria dizer.
— Com assim? — mordo o lábio inferior, enquanto as células se aflitam.
— É incrivel, mas não permite que isso transpareça — responde, encarando meu rosto mais a fundo, até mesmo dava de me ver nas suas íris cristalizadas.
— Você acha? — levanto as sombrancelhas.
— Acho. Por que não te conheci antes.
— Esse é o primeiro ano que estudamos juntos — respondo, arrumando o cabelo.
— Pode cantar alguma das suas músicas?
— São infantis, você vai tampar os ouvidos quando começar a cantar — fecho os olhos, na tentativa de recordar da música que havia feito a um tempo atrás. A mesma que mostrei a Dylan.
Canto da mesma forma, respeitando o mesmo timbre, mas a diferença é que quando observo Liam, ele parece se divertir e gostar. Acabo puxando a voz e tento recuperar o fôlego.
— A letra é encantadora, talvez só devemos modificar um pouco a melodia.
— Mas eu não vou usa-la — digo rapidamente.
— Como não? — gargalha fraco.
Ele se aproxima e fixa bem em meus olhos, se não fosse pela chegada da escuridão, eu me veria nos seus olhos. Mas o celular do garoto toca e ele acaba atendendo. Fala algo com a pessoa e depois desliga.
— Preciso ir, nós vemos na escola, então?
— Sim — afirmo.
— Hoje foi legal, talvez possamos ir a alguma hamburgaria depois da aula amanhã.
— Esta certo — sorrio fino, quase querendo pular de alegria.
Ajuda a me erguer e saimos conversando do ambiente, deixo-o na porta e dou tchauzinho quando entra no carro.
Me viro, e cruzo com Dylan no meio da caminhada.
— Você me assusta, Dylan! — ponho a mão entre os seios.
— Esta toda boba por que conversou com um garoto? — franze o cenho apoiando uma mão no corrimão da escada.
— Larga de ser idiota — gargalho, passando ao seu lado e indo ao rumo da cozinha.
— Você deve nem saber beija, Emma. — se vira.
— Como sabe? Por acaso fica me espionando — arqueio as sombrancelhas enquanto tiro uma garrafa da geladeira.
— Não tenho tempo para isso, Emma. — comenta, jogando os braços sobre o balcão, ficando na minha frente.
— Ah, então não fale bobagens se não tem provas — dou de ombros a medida que jorro água no copo de vidro.
— Liam gosta da Margon, todo mundo sabe disso.
Ele cita a ex do Liam, mas creio que isso não seja verdade. Os dois terminaram há um ano e meio atrás.
— Você estava sim me espionando! — sorrio estonteante, não dando bola a sua fala.
— Vi você cantando a mesma música que cantou pra mim no telhado.
— E daí? — fico surpresa dele pelo menos lembrar de alguma parte da música.
— A sua mãe não irá gostar do que tenho a dizer — respira profundamente.
— Ele esta me ajudando em matemática, então minha mãe não irá se opor — sorrio com o escárnio cobrindo o rosto.
— Esta mentido!
— Por que eu mentiria? — Cruzo os braços.
— Sua mãe pediria a mim — sorri fraco.
— Você não é o único bom na matéria — pisco o olho — E nós não nos damos bem. Então, você me ensinar algo nunca dará certo.
— Mesmo se for a beijar? — arqueia as sombrancelhas.
— Não viaja — nego a cabeça, pondo o saco de pipoca no micro-ondas.
— Irá precisar, Liam já beijou várias garotas e se não gostar do seu, você sairá de campo facilmente — mostra os dentes, destacando as covinhas.
— Ah, é? Então me ensinaria a beijar? — jogo as cotovelos na pedra e ficamos frente a frente, inclino a cabeça a medida que umideço os lábios e fixo os olhos na sua boca rosada, aliso a sua bochecha usando as unhas, acabando a distância vagorosamente, até acerta a minha testa a sua fortemente, fazendo-o dizer "ai" — Haha... Dylan você é muito tarado, hein! Cai fora! — me afasto — Olha! As minhas pipocas já estão prontas — digo, apontando para o micro-ondas, enquanto pego num recipiente e ponho a comida dentro.
— Você é maluca, e so não virei o rosto para não lhe contranger — fala, passando a ponta dos dedos na testa.
— Acredito em você, Dylan.
— Eu quero essas pipocas como pedido de desculpas.
— Não vou dar — saio com a bacia prendida do braço.
— Vai mesmo para o seu quarto! Precisa ir tomar um banho! — exclama.
— Depois de comer eu irei, e com a porta bem trancada para tarado não invadir — digo somente na intenção de provoca-lo.
— Se algum dia tiver interesse em você, eu me mato — fala num tom alto, denunciado sua fúria.
— Ah, sim! Você se mataria por um amor não correspondido — gargalho, jogando as pipocas na boca e seguindo em direção as escadas.
♡♡♡
Agora não sei quando irei postar novamente, por que tenho q me dedicar ao outro livro, mas se vcs pedirem muito talvez não demore tanto. Não esqueça de votar!
Bjsss!! Tchauzinho...
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Não Somos Irmãos
Teen FictionEmma, aos 10 anos de idade, nutre sentimentos pelo filho da melhor amiga de sua mãe. Porém, o mesmo a rejeita na época, por considera-la uma irmã. Eles crescem no meio de muitas brigas e confusões, até que Emma começa a sair e conhecer outros garot...