Capítulo 27

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Ontem foi a pior noite que eu poderia passar, a minha cama parecia feita pregos, e torturou o meu corpo por horas. Nem mesmo a voz doce da música conseguiu me acalmar, como de costume. Bati nas paredes violentamente, fazendo minha mãe ir várias ao meu quarto perguntar o que estava havendo, pois nunca me viu daquela maneira. A única coisa que pude fazer foi expulsa-la e por a culpa nela.

Talvez seja por que nunca achei que Emma me deixaria na mão logo no meu aniversário. Aliás, com quem diabos ela passou a noite?

Acordei com a buzina angustiante do carro de Luiz fazendo barulho lá fora. Me levantei so de cueca, e abri a janela ainda meio sonolento, coçando a cabeça.

- Acorda gostosão! Não temos a manhã toda! - ele grita, abusinando ainda mais quando me ver.

- Para de abusinar essa porra - respondo, fechando a janela e seguindo ao banheiro, onde faço tudo o mais rápido possível.

Luiz estava correto, a manhã já esta preste a finalizar e eu tenho um jogo para ir, o qual estou bem atrasado. Ontem eu fui dormir muito tarde por passar a maior parte do tempo afundado nos pensamentos.

Desço as escadas vestindo roupas casual, com as chaves da moto na mão. Ainda ouvindo a buzina.

- Será que o Luiz não tem noção que está nos incomodando e também a vizinhança? - ouço minha mãe reclamar alto. Ela nunca foi muito com a cara dele.

- Eu vou falar com ele - respondo quando chego na sala e guardo as chaves no bolso.

Noto a presença da senhorita Liz, mas não de Emma. Ela realmente não veio.
A mulher me olha meio desconfiada, como se estivesse com vergonha da ausência de sua filha.

Quem deveria ter vergonha era Emma, por quebrar o nosso contrato.

- Parabéns, meu filho - minha mãe para de andar de lá para cá e me dar um abraço enquanto observo a senhorita Liz, com cara de quem está sentindo a falta de alguém ali.

Saio dos braços da mulher enquanto a mãe da Emma reúne suas forças e vem de encontro comigo.

- Parabéns, Dylan - diz, me abraçando - Emma não pode vim, mas mandou um presente - ela sorri fracamente. Liz não sabe mentir muito bem. Quero perguntar o por que, e com quem ela dormiu ontem, mas mantenho a boca fechada, abrindo o presente.

- Obrigado, agradeça a Emma por mim - comento quando vejo o que realmente estava escondido, e a minha relação é um meio sorriso acompanhado de agradecimento. Uma camisa branca. Emma nunca foi tão improdutiva ou desinteressada.

Onde esta a Emma que eu conheço? Cadê o presente que eu realmente iria amar, que ira me impressinar, como sempre aconteceu?

Deixo o presente no sofá quando Luiz começa novamente a sua série buzinadas.

- Tchau, eu já estou indo - dou um beijo na bochecha da minha mãe.

- Boa sorte! - fala empolgada.

- Iremos estar preparando os sagados da sua festa - acrescenta Liz, com a sua risada gentil.

Dou meia volta e sorrio para elas, mesmo sendo queimado vivo por dentro.

[...]

Quando finalmente cheguei no campo, as arquibancadas já estavam cheias, e nenhuma delas destacavam os cabelos ruivos de Emma. Não reluzia a sua pele clara e seus olhos da cor do céu. Não tinha uma garotinha vestindo uma blusa escrita "Você é o melhor" e o número da minha camisa.

Me sento no banco dos jogadores enquanto lanço um olhar raivoso na direção de Liam. Pensei que não vinhesse.

- Cara, não vai matar o filho da diretora no campo! - avisa Luiz, se senta ao lado.

- Do que você esta falando? - finjo de desentendido.

- Você não entende que no campo em que vocês realmente são adversários não é esse? E nesse campo que estou lhe falando, você é o pior jogador.

- Vai se fuder, Luiz - saio de perto, pondo o meu capacete e acompanhando os outros jogadores para o centro do campo.

Eu estou a mil, e quero muito descontar em alguém. Vou vencer essa porra no puro ódio. O meu sangue ta quente e o suor não para de descer. Vou me vingar jogando, por que é o que eu faço de melhor.

O juiz ainda enrola para começar. Me mantenho na posição, e quando estou prestes a afatas os pensamentos, vejo Emma sentar na arquibancada juntamente a Louise. Ela me olha sem deixar expressar muita coisa, mas isso não importa. Ela está presente.

[...]

Quando o jogo terminou, ou melhor quando o meu time ganhou, as pessoas gritaram e alguns amigos vinheram me parabenizar tanto pelo meu aniversário como tanto pelo meu desenvolvimento no jogo.

Fico cerca de vinte minutos só observando Emma e querendo fugir da multidão ao redor para falar com ela. E agarro a primeira oportunidade para isso. Os meus passos são rapidos e quando um dos meus colegas meio me cumprimentar, tive que deixa-lo falando sozinho.

- Emma... - à chamo - disse que não iria vim.

- Não quebro acordos, Dylan - responde não muito animada. E não me parabeniza.

- Então, vai a minha festa?

- Talvez. Quem sabe? - inclina os ombros.

- Vocês dois andam muito estranhos ultimamente. - Louise comenta.

- Vamos conversar? - direciono o questionamento a ruiva.

- Esta me expulsando? - Louise cruza os braços, e lhe respondo em apenas um olhar. - Ok... - a mesma dar um passo para trás e se distância.

- O que você quer? - franze o cenho.

- Uma camisa branca. Sério? - queria ver o que o seu olhar falaria, mas a sua face não transparece expressão, ou pelo menos a garota não permite isso.

- Ué, é o melhor presente que uma pessoa pode dar a outra, quem não gosta de uma camisa branca?

- Aceito como presente você na minha festa, comigo - sorrio de canto, avançando um passo.

- Não gosto da festa do seu amigo - revira os olhos, unindo as mãos a cintura.

- Ok! Então, podemos ir a um outro lugar - falo sem pensar duas vezes, dando de ombros.

- Você pirou? Por que não iria para a própria festa?

- Por que você é mais importante para mim, e essa sua mudança está me matando.

☆☆☆

Eu ia ajuntar mais para postar, so q tinha umas leitoras querendo, ai eu postei essa partizinha.

Bjssss

Não Somos Irmãos Where stories live. Discover now