09.

681 72 223
                                    


Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Kurt assistiu a sugestão do que seria o asfalto da Rota 66 surgir no fim do horizonte enquanto o Mustang terminava de atravessar o deserto, alcançando o fim daquele mundo de poeira de areia e cortinas de fumaça

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Kurt assistiu a sugestão do que seria o asfalto da Rota 66 surgir no fim do horizonte enquanto o Mustang terminava de atravessar o deserto, alcançando o fim daquele mundo de poeira de areia e cortinas de fumaça. O prédio da fábrica foi diminuindo pelo retrovisor, até virar um ponto no espelho que só parecia sujeira, mas sem nunca desaparecer. Sua presença constante era como um farol, guiando para onde voltar até a terra firme. Balançando com o movimento do carro, Kurt já podia sentir falta da estabilidade, sem saber se voltaria.

Ele desejou poder resgatar o mapa do bolso para verificar de novo o endereço anotado, nervoso para recalcular sua rota, repassar o plano e se consolar dizendo a si mesmo que sabia onde estava indo. Mas fazer aquilo na frente de Nash o deixava nervoso. Não pretendia contar sobre nada daquilo para ninguém. Muito menos algo que poderia virar pauta mais tarde, em uma daquelas conversas privadas entre Nash e Mac.

— Ok... — Kurt tossiu para limpar a garganta, quebrando o silêncio dentro do carro. — Pode me levar até o centro da cidade e só me deixar em qualquer lugar. Consigo seguir dali com um ônibus e daí me viro sozinho.

Nash desviou os olhos da estrada na direção dele. A expressão era de quem tinha levado o comentário para o pessoal, como se Kurt o tivesse ofendido de alguma forma.

— Qual o problema? O carro ou eu?

Kurt balançou a cabeça.

— Não, é só que... é longe — Kurt se disfarçou por trás da meia verdade.

— Quanto? — Nash insistiu.

— Nevada — Kurt replicou o que se lembrava de Cole comentar com espanto quando encontrou o endereço.

As sobrancelhas de Nash subiram. Ele se virou de volta para o caminho, segurando com uma mão sobre o arco do volante, enquanto a outra, apoiada na janela, fez um gesto vago de passar pelo cabelo raspado.

— Bem, sorte a nossa que o tanque está cheio — Nash respondeu.

— Na verdade, não é só isso. Esse lugar para onde estou indo... é algo que seria melhor não envolver tanta gente, entende? — Kurt contornou.

Colisão [2ª edição 2023]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora