Virando a Mesa

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Jennie Kim

No momento em que Manoban voltou para o quarto, cerca de quinze minutos depois, eu já estava calma. Sabia que tinha que segurar o que eu sentia.

Não acho que ela estava preparada para esse tipo de coisa ainda, porque embora fosse ela que tinha procurado por mim, me parecia que eu era a única no controle.

E meus instintos me disseram que as emoções verdadeiras e profundas, eram insondáveis para ela.

Lisa me queria. Ela queria me possuir, me ter, desfrutar. Me apreciava. Sim, ela usava palavras como 'querida' e 'amor', mas aqueles eram termos casuais de carinho, não declarações de amor ou qualquer coisa do tipo.

Afastei esses pensamentos e me sentei enquanto ela colocava uma bandeja em cima da cama.

Manoban ainda estava nua e eu não conseguia parar de admirar seu corpo, não conseguia desviar o olhar de seu pênis mesmo flácido.

Eu queria deixá-la dura apenas pelo prazer de ver e senti-la crescer em minhas mãos, mas meu estômago roncou quando o cheiro da sobra do nosso jantar bateu no meu nariz e anulou meu desejo voraz pelo corpo de Manoban.

- Eu não me lembro de você trazer isto para casa. - Falei, pegando um garfo.

Ela estava sentada de pernas cruzadas do outro lado da bandeja, segurando um garfo e um enorme pedaço de frango parmesão.

- Eu não trouxe. - Disse depois de ter mastigado algumas vezes. - Estava tão concentrada em chegarmos em casa e deixá-la nua, que esqueci a mensagem que enviei anteriormente era para Minnie. Pedi- lhe que as nossas sobras fossem trazidas para cá. - Ela deu outra mordida e derramou o vinho em um copo. Havia apenas um, porém ela encheu quase até a borda.

- Minnie iria me matar por maltratar um vinho como este, mas não me importo. A etiqueta do vinho é para quando você estiver em público. - Depois de um gole generoso ela passou o copo para mim. Estávamos compartilhando vinho. Algo sobre isso me fez tonta.

- Bem, você já sabe que não dou a mínima sobre etiqueta do vinho. - Falei. - Quero dizer, se estou com você, vou tentar seguir a sua liderança para não envergonhá-la, mas eu claramente não fui criada com o tipo de maneiras que você foi. - Ela deu de ombros.

- Basta ser você mesma, Jennie. Eu não me importo se sabe apreciar bons vinhos. Isso pode ser aprendido. A beleza da sua alma, no entanto, não pode ser ensinada, e é o que eu mais aprecio em você.

-  Lisa, isso é tão doce. Obrigada. - Olhei para ela, deixando um pouco do que eu sentia fluir através de mim e derreter em minha expressão. - Eu sinto o mesmo sobre você. Quero dizer, sim, você é a mulher mais bonita, mais sexy que já vi na minha vida, mas quanto mais eu aprendo sobre quem você é, mais eu aprecio.

Manoban colocou o garfo para baixo com muito cuidado, inclinando a cabeça para um lado. Sua expressão era insondável.

- Você... me aprecia? - Ela parecia atordoada. - Você não... se ressente por eu apossar-me de você da maneira que fiz? - Neguei com a cabeça.

- Não. - Me esforcei para parecer casual, então fiz uma pausa para pegar uma garfada de lasanha, mastigar e engolir antes de continuar. - Olha, estou muito em sintonia com minhas emoções, ok? Quando descubro o que sinto, eu não falo sobre o assunto. Uma vez que sei que gosto de alguma coisa, eu estou dentro. E não luto para não sentir, só porque isso deve ser impossível ou qualquer outra coisa. Eu sei que deveria estar insultada pelo jeito que você me trouxe aqui e disse que te pertenço, antes eu estava. Mas quando comecei a jogar o jogo, do seu jeito percebi que gostava. Ceder, obedecer aos seus comandos, é... libertador. Isso é quente. Eu nunca vou ser uma submissa ou qualquer coisa do tipo. A obediência não vem naturalmente para mim. Nunca veio e provavelmente nunca virá. Eu sou forte e independente. Mas quando você assumiu o comando e eu me deixei ceder, me diverti.

Taken - Jenlisa G!PWhere stories live. Discover now