Pânico

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Jennie Kim

- Não, não, não. - Estendi a mão para pegar a faca e o papel, mas não cheguei a tocar.

ELA PERTENCE A MIM.

A tinta vermelha imitava cor de sangue fresco. Era sangue? O sangue de Manoban? Não, não podia ser. Era muito puro e limpo, cada traço das letras preciso. Sangue mancharia, certo?

Oh Deus. Quem faria isso? Fomos para a cama bêbadas na noite passada... eu lembrava. Mas não tanto.

Não estávamos tão bêbadas ao ponto de eu não perceber um sequestro, principalmente de uma mulher como Lisa, bem na cama enquanto dormia ao meu lado. Mas ela se foi.

Me arrastei para fora da cama, os pisos de carvalho de seiscentos anos eram frios sob meus pés descalços. A cama de dossel era ainda mais antiga do que isso, Manoban tinha me contado.

Este castelo era um dos dois que possuía na França. Este, na região de Languedoc-Roussillon, estava localizado entre uma antiga catedral e um extenso vinhedo.

Não havia muito terreno anexo a este castelo, apenas o suficiente para a casa e um pequeno quintal, mas era pitoresco, antigo e bonito. Pacífico.

Seu outro castelo era parte de uma vinícola na região de Alsácia-Lorena, e era para ser a nossa próxima parada. Talvez Manoban estivesse na cozinha?

Talvez isso fosse algo novo. Algum jogo ridículo. Corri pelas escadas até chegar a cozinha, que estava escura e silenciosa, três garrafas vazias de merlot agrupadas em cima do balcão, um saca-rolhas ao lado delas com uma rolha de cortiça ainda nele.

O gabinete estava vazio também, a lareira escura agora, exceto por algumas brasas laranja opacas. Um cobertor de cashmere estava jogado e amarrotado no chão em frente à lareira.

Me lembrei de estar deitada de costas ali na noite passada, o cobertor sobre os ombros de Manoban, enquanto ela se movia em cima de mim, com os braços esticados ao lado do meu rosto, a luz do fogo refletindo na sua pele, brilhando em seus olhos castanho cativantes.

Ela tinha me deixando trêmula e sem fôlego com a força do meu orgasmo e então me levantou em seus braços, ainda tremendo para a nossa cama.

Manoban se aconchegou atrás de mim, sua mão quente na minha barriga e sua reconfortante presença me envolvendo, seus lábios beijando meu ombro enquanto murmurava.

"Eu te amo, eu te amo, eu te amo." No meu ouvido. Adormeci assim, embalada, com seu calor e sua força me protegendo.

Estava preocupada e assustada, sufoquei um soluço e tentei a adega, fria e seca e com temperatura controlada para preservar as centenas de garrafas de vinho, cada um no valor de centenas de milhares de dólares.

Tudo inútil se Manoban tivesse ido embora. Ela não estava lá. É claro que não estava. Eu sabia que não estaria, mas tinha que procurar de qualquer jeito.

Ainda nua, abri a porta da garagem e acendi a luz. O Range Rover, preto, brilhante e silencioso. O Aston Martin, vermelho e elegante, também vazio. As chaves de cada um em ganchos dentro da casa.

Tropecei de volta para o quarto, totalmente abalada, com as mãos tremendo, ofegante, em suma, hiper-ventilando.

O que eu faço? O que eu faço? A resposta veio imediatamente: Park Roseanne. Chame Roseanne.

Meu celular estava na mesinha de cabeceira, carregando. Havia apenas quatro contatos na agenda: Lisa, Jisoo, Rosé e Ella. O telefone de Lisa ainda estava em sua mesa de cabeceira, conectado ao carregador.

Suas roupas estavam no chão, onde tínhamos jogado na noite anterior, antes de tomar um banho. Nossa, o chuveiro. Era pequeno, um típico chuveiro europeu.

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⏰ Last updated: Feb 24 ⏰

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Taken - Jenlisa G!PWhere stories live. Discover now