Em Qualquer Lugar

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A carta.

Jennie.

Dei-lhe três meses. Permiti que se afastasse de mim, porque sabia que precisava de tempo para processar o que eu tinha revelado a você.

Mas devo lembrá-la, meu amor, que você é minha. Sou sua dona. Sempre serei a sua dona. E você me possui. Esse é o segredo mais profundo que possuo. Não posso saber do seu coração, mas estou para mostrar-lhe o meu:

Eu te amo.

Não sei como isso aconteceu. Foi inesperado, para dizer o mínimo. Eu esperava passar alguns dias saboreando a doçura do seu corpo perfeito, mas nunca imaginava encontrar-me envolvida na beleza da sua alma.

Disse-lhe quando descobriu minha culpa, que você merecia mais de mim do que algum encontro sem sentido. No entanto, quando mandei Rosé trazê-la para mim, isso era tudo o que eu pretendia.

Lutei contra o meu desejo por você durante sete anos. Nunca permiti que Rosé tirasse fotografias reveladoras ou indecentes de você, porque sabía que se eu tivesse um único vislumbre de seu corpo nu, seria incapaz de resistir a fazê-la minha.

Então, mantive a distância. Durante sete anos, eu lutei esta batalha. Meus sentimentos foram baseados em uma única visão sua.

Aquele instante em que entrou no escritório de seu pai foi o momento que você me fisgou. Lembro-me vividamente.

Você usava um vestido azul. Ele era acima dos joelhos, abraçava os seus quadris. E foi cortado abaixo entre seus seios perfeitos, que balançavam a cada passo que você dava. Eles me hipnotizaram.

Eu me senti de novo como uma colegial excitada, incapaz de parar de olhar para sua imagem, ficando dura como uma pedra na minha calça apenas com isso.

Você me fitou e dispensou-me, com foco em seu pai, mas eu não fui capaz de seguir em frente. Logo em seguida, queria jogá-la por cima do meu ombro e arrastá-la para o meu quarto de hotel.

Eu fantasiava sobre rasgar o vestido de seu corpo e lamber toda sua pele alva perfeita, faze-la gozar e fazer você minha.

Mas isso era mera luxúria. Eu possuía mais auto-controle do que isso. Não iria sucumbir ao desejo, não quando sabia que você merecia mais do que o desejo de uma mulher como eu.

Jamais pude tira-la fora da minha mente. Usei a desculpa de cuidar de você para mantê-la na periferia da minha vida. Você me atormentou, Jennie. Todos os dias, durante sete anos, você me atormentou.

Cada um desses 2.555 dias (o dia em que chegou ao hall de entrada da minha casa em Manhattan, fazia exatamente sete anos de quando coloquei meus olhos em você pela primeira vez, naquele escritório) também foi cheio com a lembrança da minha culpa.

O que aconteceu com o seu pai foi um acidente, mas eu ainda estou em falta. Não sou uma mulher para absolver-me com desculpas de "eu não quis fazer isso".

Não espero que você me perdoe. No entanto, espero que possa.

Se você, minha doce e perfeita Jennie, encontrar-se capaz de uma coisa dessas. Você tem, apenas que, sair pela sua porta.

Lalisa Manoban.

[...]

Minhas mãos tremiam, vibrando a carta como uma folha ao vento. Diretamente na minha frente estava a porta de entrada. Verde desbotada, metal golpeado.

Em ambos os lados da porta havia uma estreita janela de vidro reforçado, de segurança. Tão suja a ponto de ser quase opaca.

Mal podia ver através dela e não tinha certeza se era capaz de acreditar no que eu via do outro lado. Uma longa e baixa forma.

Taken - Jenlisa G!PHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin