Bysa Dakotta, parte de uma família milionária e tradicional, decide escapar de seu destino de garota mimada e controlada. Determinada a buscar uma vida mais autêntica e simples, ela parte para longe da família, focando seus estudos em Literatura.
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CAPÍTULO 10
Ethan estava repentinamente calmo, e essa calma me causava arrepios.
Ele tinha o controle de tudo e de todos na palma de suas mãos. Todas aquelas pessoas eram seus escravos, eu podia sentir só pela forma como pareciam orbitá-lo enquanto ele passava por eles, vestido com seu terno azul escuro, impecável.
Eu queria gritar, correr, fugir, mas o máximo que fiz foi me perder nas cenas que se apresentavam diante dos meus olhos. Eu estava imersa naquela atmosfera inebriante.
Senti sua mão pegando a minha e deixei que ele nos conduzisse para o desconhecido. As pessoas me olhavam. Eu era o único ponto branco com cabelos flamejantes e sem máscara, em um mundo preto, prata e vermelho.
Seguimos por um corredor infinito, cheio de quartos enfileirados. Tentei não pensar muito enquanto os gemidos abafados chegavam até nós, vindo do interior deles. Minhas mãos suavam, e eu não conseguia manter o ritmo normal da minha respiração.
Ele parou de frente para a última porta, onde ficava o fim do corredor.
Aquele era o maior quarto.
A atmosfera de lá não era diferente do que eu havia presenciado pelo caminho. Havia dois tubos de ferro para a prática de pole dance e três sofás de couro preto, sem encosto, de forma a facilitar o que quer que acontecesse em cima deles, decorando o espaço. Do teto pendiam correntes que se arrastavam pelo chão, cheias de cadeados. Havia chicotes de todos os tamanhos presos a um suporte de ferro anexado à parede e um armário trancado, com porta de vidro, de onde era possível ver uma coleção de dildos de vários tamanhos e cores, além de uma mesa de escritório.
Eu não sabia o que fazer, dizer, ou como me comportar.
Eu jamais teria imaginado pisar em um lugar como aquele. Se eu contasse para alguém, com certeza não acreditariam em mim.
Minhas pernas estavam bambas, e eu precisava me sentar, mas a ideia de encostar no couro daquele sofá me causou arrepios. Fiquei parada como uma idiota no meio do cômodo.
Ethan tirou o paletó e o jogou sobre a mesa de ferro.
Eu acompanhei o movimento, me perguntando por que ele me havia levado lá.
— Bem-vinda à minha festa. — Ele disse.
— O que estamos fazendo aqui, Ethan?
— Você está se esforçando para concluir seu estágio.
— Por que mandou aquele convite? Qual é o intuito de me trazer aqui?
— Você faz muitas perguntas. A resposta é simples: sua vida é um tédio, e eu gentilmente resolvi dar uma agitada nela.
