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Se tem uma coisa que toda mulher tem, é a bendita intuição. E eu tinha de sobra, por isso nada passa despercebido, principalmente pelos meus olhos que desde que entrou nesse carro, tenho reparado na troca de olhares e risinhos de Jude e Jobe.
Isso era muito estranho e eles não falavam nem uma palavra, sabia que estavam conversando pelo olhar, mas agora eu queria saber o que eles tanto falavam um com o outro olharmente.
_ O que vocês estão matutando nessas cabecinhas? - Perguntei ficando no meio do banco e Jude olhou com cara de mongo para trás, mas não colou.
_ Por que estaríamos matutando alguma coisa? - Esse Jude não sabe disfarçar, tinha que ser homem.
_ Porque sempre que você faz alguma coisa, você me pergunta o por que retóricamente.
_ Eu não faço isso, eu faço isso Jobe? - Perguntou se virando para o irmão que mantinha o rosto para a pista. Agora ele não olhava para Jude não é mesmo.
_ É claro que você não faz. - E o Jobe é pior ainda em esconder.
_ Vocês sabem que eu vou descobrir uma hora ou outra, não sabem? - Perguntei só para botar pressão para ver se eles falavam algo, mas eles simplesmente assentiram e viraram para frente me ignorando.
Emburrada, me encostei novamente no banco de trás e cruzei meus braços brava por eles estarem me escondendo alguma coisa.
_ Não fica fazendo beicinho. Não adianta ficar brava conosco. - Jude disse colocando o braço para trás e quando ele foi passar a mão na minha perna, eu segurei a mão dele para morder, mas ele puxou a mão rápido para frente novamente, antes que eu fizesse isso. _ Está com fome é?
_ Se não vai me contar, também não fica me atazanando, peste.
_ Que tóxicos vocês dois. - Jobe indagou rindo e cerrei os olhos para Jude que estava me olhando segurando a risada no banco da frente.
Era só o que me faltava, a essas alturas do campeonato eles ficarem me escondendo as coisas. Chateada, me virei para a rodovia e ignorei eles. Quando Jobe entrou no estacionamento da casa, eu abri a porta e desci indo em direção a entrada principal da casa.
_ Isa, me espera. - Jude disse vindo atrás de mim.
_ Diga. - Falei parando antes de abrir a porta e ele olhou por um breve segundo para seu irmão e depois voltou a olhar para mim.
_ É que você sempre fica linda brava desse jeito. - Fala sério, virei os olhos, abri a porta, ouvi vozes no fundo da casa, mas não segui o som, só virei subindo as escadas.
Mas quando cheguei no corredor Jude entrou na minha frente novamente.
_ Espera, espera.. tenho um pedido para você. - Pedido do Jude? Lá vem.
_ Fala.
_ Eu quero um beijão! - Disse abrindo os braços e neguei balançando a cabeça e cruzando meus braços. _ Vai Isa, eu quero um beijo com você brava.
_ Vai ficar querendo.
_ Tem certeza? Vou lembrar disso e quando você quiser também não vou querer. - Disse rindo enquanto cruzava os braços.
_ Tabom.
_ Depois não diz que eu não avisei. - Respondeu e não sabia o que ele estava achando de tanta graça para ficar rindo, então me virei e fui em direção ao meu quarto, mas quando abri a porta.
O quarto estava com as luzes apagadas, mas haviam velas que deixavam tudo claro.
A cama estava com lençóis brancos, as janelas estavam fechadas, na cama tinha vários ursinhos inclusive o que Jude ganhou para mim ontem no tiro ao alvo. Havia uma cesta de presente em cima do traviseiro e o chão de todo o quarto estava repleto de pétalas de rosa vermelhas.
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Country on fire - Jude Bellingham
RomanceISADORA BENNETT uma brasileira que desde criança amava assistir aos jogos do Barcelona com seu pai e que cresceu ouvindo que quando fosse maior de idade, entraria na Universidade de Barcelona para cursar Comércio Exterior. Ao completar 19 anos, a ga...