Capítulo 8 | A Gente Pode Demorar

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Oie! Mil desculpas por qualquer erro nesse capitulo não revisei ele direito, mas estava ansiosa para postar logo.

Boa leitura! ❤️

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Acordar outra vez nos lençois macios e cheirosos sentindo o corpo quente de Carol agarrado ao seu fez Natália ostentar um belo sorriso antes mesmo de abrir os olhos naquela manhã.

– Você sempre acorda feliz assim ou é resultado da noite passada? – Carolina perguntou com a voz deliciosamente manhosa e arrastada assim que os olhos castanhos se abriram encontrando os verdes que observavam atentamente a fotógrafa.

– Sem dúvida alguma foi a noite passada e a companhia gostosa. – Natália deu um selinho rápido e carinhoso na outra mulher. – Bom dia, linda. Está me observando a muito tempo?

– Bom dia, faz um tempinho sim. – Carol acariciou suavemente a bochecha da fotógrafa. – Queria garantir que dessa vez eu não acordaria sem você na minha cama.

– Tenho muitos defeitos que você ainda vai conhecer, muitos que possivelmente nem eu mesma tenha percebido ainda, mas com toda certeza cometer o mesmo erro duas vezes seguidas não é do meu feitio.

– Muito bom saber, nas próximas vezes que você estiver comigo toda bonitinha dormindo que nem uma pedra vou conseguir me entregar ao sono por mais tempo.

– Se quiser dormir mais um pouquinho vou adorar retribuir a canseira que você me deu noite passada. – Apertou gentilmente a cintura de Carolina, unindo ainda mais seus corpos enquanto aproximava suas bocas. – O que acha? – Perguntou a milímetros de distância de colar seus lábios aos lábios rosados da professora que a beijou cheia de desejo em resposta.

– Porque acha que ainda estou nua? – Carol disse entre gemidos tímidos enquanto Natália explorava o pescoço alvo entre beijos e mordias suaves.

– Se esse era seu plano deveria ter me acordado assim que despertou.

– Você estava linda demais dormindo toda relaxada, fiquei com um pouco de dó e preferi te deixar carregar sua energia mais um pouco, afinal a gente pode demorar, temos o dia inteiro para aproveitar. – A professora arfou ao dizer as últimas palavras da frase por sentir o contato da língua ágil da fotógrafa em seu mamilo rígido.

– Acho que alguém aqui é bem sensível. – Natália sorriu provocativamente antes de abocanhar o seio que estava negligenciado descendo sua mão suavemente pelo corpo curvilíneo até o centro encharcado de Carol, que gemeu alto com o toque. – Definitivamente você é bem sensível.

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Algumas horas e orgasmos mais tarde resolveram tomar banho juntas, o que rendeu mais carícias lascivas e momentos de ápice do prazer, e comer alguma coisa.

– Eu não me lembrava qual era a última vez que tinha transado, sabia? – Carolina comentou rindo entre uma mordida de seu sanduíche e um gole na Coca-Cola gelada.

– Como assim, Carol? Até uns dias atrás você estava em um relacionamento de meses. – Natália disse sem entender.

– Sim, com um homem gay que se recusava a aceitar sua sexualidade, mas não se forçava a fingir tanto que se sentia atraído por mim. O que agora considero algo bom – Deu de ombros.

– Então vocês nunca chegaram aos finalmentes? – Perguntou ainda meio em choque.

– Nem perto disso. – Respondeu tranquilamente. – Sexo nunca foi super importante para mim em um relacionamento. Gosto? Bastante, mas não acho que seja o ponto principal, sabe? O Ulisses nunca fez questão de esconder o desinteresse dele e também não senti tanta falta assim, pelo menos não até agora.

– Pelo jeito que você me deixou um tanto quanto dolorida eu jamais adivinharia isso. – Disse brincalhona fazendo as bochechas de Carolina corarem.

– Desculpa se fui muito bruta, acho que meses de tesão adormecido sendo despertado repentinamente fizeram com que eu me empolgasse demais.

– Não tenho nada a desculpar, adorei cada segundo. – A fotógrafa se esforçou para dar o sorriso mais charmosamente malicioso que pode. – E sinceramente, um cara tem que ser muito gay mesmo para ter ver e não querer passar o dia todo na cama com você.

– Natália. – Carol a repreendeu rindo.

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Após comerem e limparem a pequena bagunça da cozinha, as mulheres se abraçaram no pequeno sofá compartilhando um silêncio confortável enquanto assistiam o filme que deixaram de lado na noite anterior e trocavam carícias afetuosas.

– O que somos agora? – Carolina perguntou. – Não quero você longe de mim, mas também não sei se consigo emendar um relacionamento no outro. Já fiz isso muitas vezes e sempre acabei machucando a outra pessoa porque não me entregava o suficiente. Não quero repetir isso, não quero te magoar, Natália. – O coração da professora parecia encolher no peito só de pensar nessa possibilidade.

– Carol, o que acha de não pensarmos nisso por agora? – Sugeriu sorrindo docemente vendo a preocupação genuína refletida nos íris de tom verde quase cristalino. – Por enquanto só deixa eu ficar na sua vida e fica na minha, aos poucos vamos nos acertando melhor, que tal?

– Acho que é a proposta mais generosa que já me fizeram. – Carolina sorriu tentando conter as lágrimas que insistiam em querer se acumular em seus olhos. – Não foram muitas pessoas que escolheram ficar na minha vida.

– Não sei dizer se é sorte sua, mas não estou nem um pouco a fim de desgrudar de você, Carol.


Talvez eu goste ainda mais de nós

Num dia inteiro colados, a sós

Com tempo pra se discorrer a dois

Sentir sua pele sem tua roupa

Não ligo se faz frio ou faz calor

Hoje, quem me ligar, digo que tô

Nas nuvens de um poeta ou algo assim

Torcendo pra não ser mentira

Enquanto você dorme, eu cheiro você

Pra guardar na memória o tom

Do meu veludo cor marrom, ai

Eu não tô a fim de desgrudar

Mas quero fazer, dos dias, a paz

Para fazer um escarcéu com teu sorriso

Nem ligo, a gente pode demorar

Veludo Marrom | Liniker

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Deixa Eu Ficar Na Tua Vida | NarolWhere stories live. Discover now