Capítulo 12 | Põe Um Sorriso Na Minha Cara

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Oie, como ces tão?

Muito obrigada a todo mundo que le, vota e principalmente comenta nos capítulos, vcs me deixam explodindo de felicidade a cada interação❤️

Boa leitura!

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Natália passou a manhã vigiando o relógio enquanto participava da reunião entre os sócios da Hèlane Eventos, ou seja, ela, Helena e Pedro sobre o gerenciamento de equipes e outras coisas que realmente não interessavam a fotógrafa.

Perto do horário do almoço pegou as chaves do carro gritando para os quatro cantos da empresa que não voltaria naquele dia, que iria encontrar Carolina, sua namorada. Pensar nisso ainda parecia um pouco inacreditável para ela. A realização de um sonho muito bom que nem sabia ter.

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– Oi, Carol. – Natália se jogou nos braços da professora assim que ela entrou no laboratório.

– Oi, meu amor. – Se entregou ao abraço que precisava mais do que havia percebido. – O que está fazendo aqui?

– Mais cedo você me contou que de tarde estava livre e eu queria muito matar a saudade que estava sentindo da senhorita. – Natália beijou suavemente os lábios rosados. – Vim te convidar para viver uma pequena aventura comigo, topa?

– Com você eu vou para qualquer lugar, mas almoçar está incluso nos seus planos? Meio que não me lembrei de tomar café essa manhã.

– Vou ter que aparecer na sua porta toda manhã com pão fresco para te lembrar que precisa comer?

– Não precisa, mas se quiser vou adorar.

– Que mulher sonsa essa que eu arranjei. – A fotógrafa disse em tom brincalhão sorrindo de lado. – Já podemos ir? Estou com medo de nosso almoço perder a graça.

– O que vamos comer? – Perguntou indo até sua mesa pegar seus pertences.

– A melhor coxinha de frango com catupiry do Rio de Janeiro e coca-cola zero bem geladinha se a bolsa térmica que achei lá em casa ainda fizer bem o trabalho dela.

– Ainda bem que estou amando a mulher certa.

– Espero que você tenha isso em mente quando eu começar a tirar fotos suas mais tarde, dessa vez não pode fugir. – Deixaram a sala de mãos dadas.

– Não prometo nada, nesse lugar misterioso em que vai me levar não tem nada melhor para fotografar não?

– Melhor que a minha mulher? – Se perguntou em voz alta fingindo pensar. – Acho que só consigo pensar em uma única coisa.

– E o que seria? – Fingiu não sentir seu rosto quente por ouvir a fotógrafa se referir a ela de maneira possessiva. Ainda não havia se acostumado com alguém demonstrar gostar tanto de estar com ela.

– Você completamente nua e entregue para mim, meu amor.

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– Que lugar lindo, Natália. – Exclamou assim que desceram do carro, vislumbrando o Orquidário Binot.

– Vinha bastante aqui com a minha família quando era mais nova, principalmente com meu pai. – Revisitou saudosamente as lembranças. – Sempre que eu ou meus irmãos estávamos chateados ele nos colocava no carro e trazia aqui para passear e escolher uma orquídea nova para a estufa lá de casa. Era o jeitinho dele demonstrar afeto, Sr. Inácio não era de muitas palavras.

– Muitas vezes os gestos são maneiras mais genuínas de demonstrar amor, pelo menos foi assim que aprendi. Ester sempre teve um jeitinho meio maluquinho, sabe? Mas desde que me entendo por gente quando ela percebia que eu estava meio tristinha fazia bolo de chocolate com brigadeiro. – Carolina sorriu nostálgica, mas não foi difícil para a fotógrafa perceber a tristeza contrastante no fundo dos olhos verdes.

– Meu amor, desculpe se eu estiver entrando em um assunto que você não está pronta para falar, mas se esse sempre foi o jeito dela, porque ainda te afeta tanto? Desde aquele dia que ela apareceu no seu apartamento tenho te notado um pouco diferente.

– Tenho pensado bastante sobre isso. – Se sentaram em um banco de frente ao lago artificial repleto de carpas. – Fico buscando entender minhas emoções, mas nunca consigo compreender a lógica delas e acabo sentindo que vou perder a cabeça. – Passou as mãos no rosto externalizando sua frustração.

– Nem tudo na vida precisa seguir um raciocínio lógico.

– Concordo, mas é a forma que conheço para resolver as coisas na minha cabeça. – Suspirou. – Acho que se não tentar encontrar uma maneira racional vou ficar eternamente presa na sensação de ser criança ferida e nunca vou conseguir me relacionar com ela sendo a pessoa que eu sou hoje. – Carol sentiu Natália secar as lágrimas quentes que desciam por suas bochechas. – Desculpa estragar nosso passeio com meus problemas maternos, amor.

– Não estragou nada, te trouxe aqui para sair um pouco porque tem trabalhado demais naquele laboratório e achei que seria o melhor momento de abordar a questão da relação entre você e minha sogrinha. – A fotógrafa envolveu o corpo alvo em um abraço carinhoso.

– Ela vai adorar ser chamada assim, sabia?

– Ainda bem, nunca tive uma sogra antes e se depender de mim ela vai ser a única. – Plantou um beijo no topo dos fios escuros e acariciar as costas da professora. – Quer dar uma andada e ver as plantas? Aqui tem para todos os gostos: flor, folhagem, cacto, árvore.

– Quero sim, mas antes posso aproveitar mais um tempinho nesse abraço gostoso?

– Pelo tempo que quiser, meu amor. – Se abraçaram mais forte. – Mas me fala, você está achando o abraço bom por ser eu ou porque tem uma queda pelos meus belos braços musculosos? – Sentiu Carolina gargalhar contra seu ombro.

– Essa resposta não vou poder te dar, amor.

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Enquanto andavam pelas estufas admirando as plantas, Natália não sabia o que brilhava mais, o sorriso ou os olhos de Carolina. Contudo, sabia muito bem que a inquietação descompassada em seu peito ao eternizar aquela imagem em mais uma das tantas fotos que tirou naquele dia era a concretização do que sentia desde de que a viu pela primeira vez.

– Obrigada pelo passeio misterioso, amor – Carol disse assim que acomodaram os vasos com as plantas recém adquiridas no porta malas do carro da fotógrafa. – Não tinha percebido o quanto eu estava precisando sair de perto da universidade ou falar sobre a minha mãe. – Trocaram um beijo casto. – Obrigada por ter entrado na minha vida e cuidar de mim.


Tudo de bom que você me fizer

Faz minha rima ficar mais rara

O que você faz me ajuda a cantar

Põe um sorriso na minha cara


Meu amor, você me dá sorte

Meu amor, você me dá sorte

Meu amor, você me dá sorte na vida

Sorte | Versão Silva & Liniker

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O que acharam?

Até o próximo capítulo ❤️

Deixa Eu Ficar Na Tua Vida | NarolWhere stories live. Discover now