Capitulo 10

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Angel Hernandéz
3h15
Sabe o que mais doeu? Não foi as mãos nojentas dele segurando minhas bochechas com força, foram as palavras em si, cheia de ódio e o olhar dele tão frio, dizendo tudo o que sentia apenas com um olhar, com raiva pelo que estamos passando com amargura por ter submetido a esse tipo de compromisso, as palavras doeu mais que um tapa, me atingiu em cheio como um raio, chorando lembrando do quanto fui feliz antes dele chegar, não fui muito feliz, mas me continha com o pouco, da minha amizade e das pessoas que gostava de estar por perto..

Com as pernas juntas abaixo minha cabeça fungando, tentando não gritar tudo oque sinto, tudo oque venho sentindo á muito tempo, o cheiro dele de bebida e de mulher ainda está impregnado nesse quarto, é um cheiro horrível, sabia que ele ia sair para fazer o famoso "lanche da madrugada", ele já deixou claro que ele ia se divertir mesmo casado, isso me dá mais raiva de ter que aceitar aquilo, nascer de um lugar já com um destino traçado, é ruim, eu fui uma garota normal, mas às escondidas, baladas, beijos, abraços, pessoas novas, entre outros, ser normal custa caro, fazer as coisas escondido, sabendo que depois terás consequências, mas que não se arrepende do que fez, e sim do que não fez, isso é bom.. Vejo a porta se movendo começo a ficar desesperada e ansiosa, e quem aparece..

Totty

Sorrio, pois Abner é a última pessoa a quem quero ver, Totty vem caminhando e sobe na minha cama, deita de barriga para cima como se pedisse carinho, esse é meu garoto, deito ao lado dele fazendo carinho, ainda minhas lágrimas deslizam, mas conforme vou suspirando, e acabo dormindo..

10h39
Levanto, não tive uma ótima noite, assim que me olho no espelho me assusto com a cara inchada, Deus como estou horrível, vou ao banheiro tomo um banho faço aquela higiene matinal, visto uma roupa, e pronto já com a mão na maçaneta, respiro fundo, e assim abro e vou em direção à cozinha, me deparo com uma mulher, cozinhando e sorrindo ao som de uma música russa, assim que ela se vira, e fica de olhos arregalados.

- Oh senhorita me desculpe- ela vai até a caixa de som e desliga a musica- Você deve ser a senhorita Hernandéz, eu sou Rosalinda, sou a moça que vem trabalhar duas vezes por semana, me desculpe estava empolgada. - diz ela dando sorriso amarelo, achei ela um amor de pessoa.

- Sem formalidade Rosalinda, me chame de Angel, eu acordei tarde hoje, desculpe não ter recebido a senhora. - digo sorrindo e indo a bancada, e vejo meu toddy pronto, pão na chapa com presunto e queijo, e um mingau de semolina, como esta frio, os russos têm costume de tomar isso.

- Não é sua obrigação me receber, fique tranquila, é sua casa. - diz rosalinda está colocando croissant e o restos do café da manhã.

- Chegou alguma coisa de móveis? - pergunto enquanto vou comendo, enquanto ela termina de secar as louças.

- Oh sim, chegou, algo como móveis da sala, e também sala de jantar. - diz ela, olhando para mim, e sorrindo, parece uma vozinha, ela me parece ter em torno de cinquenta e cinco anos.

- Ufa que bom, pelo menos vou ter oque fazer- digo sorrindo, vou montar os móveis, quem disse que mulher não pode? Pode sim!

- Ãh? Como assim? A senhorita vai montar tudo sozinha? - pergunta Rosalinda de olhos arregalados, sorrio.

- Claro que sim, minha amiga não pude vir por que voltou para o Espanha, pois tem que resolver as burocracias para vir fazer faculdade e morar aqui, então eu mesma me encarregarei disso. - digo com convicção e sorrindo da uma de mulher super poderosa, rio com esse pensamento.

-Se quiser eu posso ajudá-lo- diz Rosalinda sorrindo.

- Uma mãozinha é sempre bem vinda, vou terminar de comer, e logo vamos nos divertir - digo aquele sorrisinho.

Uma segunda chance- MÁFIASWhere stories live. Discover now