Capítulo 4

420 45 9
                                    

21/jul/2017


Que droga!

Ontem eu sai com o pessoal para inagurar o carro que a vovó me deu e para comemorar meu aniversário de dezesseis.

Acontece que quase todo mundo se embebedou e eu tive que trazer todos para minha casa, na hora da bagunça meu celular deve ter caído do meu bolso pois eu já procurei por todo lugar e não encontrei.

Prometi que falaria com Mason e Holly assim que acordasse mas sem telefone não tem como, minha mãe não tem o número de nenhum deles e muito menos minha vó.

Se eu perder o contato vou me odiar para sempre.

- Tenho que achar aquele celular - resmunguei para mim mesmo olhando em volta, meu quarto está uma completa bagunça.

- Você o que? - Mia sentou-se na minha cama, seus cachos estão bagunçados e seus olhos inchados.

- Não é nada, pode voltar a dormir - disse baixinho.

- Eu não vou conseguir - prendeu o cabelo - Tô com uma dor de cabeça desgraçada.

- Disse para não beber muito - Dean abriu os olhos e observou a garota ao seu lado, Ben e Niel estão no colchão de ar ao lado da minha cama.

Poderia ter deixado eles dormirem no quarto de visitas mas o meu era o mais próximos e controlar três bêbados cinco horas da manhã não é nada fácil, eu e Dean éramos os únicos sóbrios.

- A partir de hoje vou te escutar, toda vez que você me falar que vou me arrepender não vou duvidar - Dean riu da desgraça da garota.

- Nunca mais na minha vida eu coloco uma gota de álcool na minha boca - Niel disse baixinho.

- Nunca diga nunca amigo - a voz rouca de Ben dominou o quarto, ele lavantou com a mão na frente do seu shorts e eu ri quando entendi, é sempre complicado na hora que acordamos - Não ria de mim Cris.

- Se você sujar meu banheiro a tia vai te matar.

- Graças a Deus que você tem um mictório se não estaríamos todos ferrados.

Mia gargalhou alto quando finalmente entendeu o assunto mas se arrependeu quando resmungou que a cabeça doeu mais ainda.

Levantei da cadeira e saí do quarto, caminhei olhando para o chão em direção a cozinha mas nada do meu celular.

- O que você tanto procura garoto? - vovó lia o jornal enquanto tomava seu café.

- Perdi meu celular - cocei minha cabeça olhando em baixo da mesa.

- Sem problemas, vá no shopping e compre outro - ela deu de ombros, observei a coroa burguesa que tinha um sorriso sonso no rosto.

- Vó se a mamãe te ouvir falando isso ela vai me dar outra bronca achando que eu tô querendo dinheiro fácil - levei minhas mãos até minha cintura, vovó gargalhou de mim - Se o problema fosse só esse eu não estaria tão preocupado.

- Então qual é o problema?

- O problema é que eu não lembro o número de nenhum dos meus amigos do Reino Unido e aquele celular era meu único meio de comunicação com eles.

- É só pedir o número deles pra sua mãe.

- A mamãe também perdeu o número deles e falou que se precisasse pegaria comigo - suspirei.

- Ligue para o seu pai e peça para ele te passar.

- Posso tentar, quem sabe daqui dois anos ele me atenda e me passe - ela revirou os olhos.

Sem VocêWhere stories live. Discover now