CAPÍTULO V

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Karin Moore

Nova, domingo
(12 de Janeiro de 2060)

O calor torna esse cenário parecido com o inferno, não passa das sete horas da manhã e o sol está de matar, queria estar em casa, no entanto fomos ordenados a comparecer no que eles chamaram de o coração de Nova, uma praça no meio da cidade com um palco improvisado no centro dela.

— O que estamos fazendo aqui? — indagou um homem para o colega.

— Não sei, será que eles vão nos matar? — pergunta o colega para o homem.

Às dúvidas eram muitas, no entanto, assim que um dos muitos homens ali presente subiu ao palco vestido com uma roupa diferente dos demais, exceto, é claro, pelo slogan que denunciava a sua atuação nos Sentinelas, todos se calaram.

— Atenção! — a voz grossa soa ríspida - Todos os moradores desta cidade foram julgados e condenados a permanecerem nela sem qualquer possibilidade de retorno para a capital, estejam ciente de que aqui nós somos a Lei e sendo assim, qualquer desobediência resultará em graves punições. - ele diz enquanto que passa seu olhar pela multidão diante de si - Meu subordinado, o tenente Michael passará as novas leis, Duran fez questão de escrever a mão cada uma delas, viva ao líder.

— Viva! — todos os soldados gritaram em uníssono.

O tal Michael subiu ao palco, olhou para nós com nojo e então começou a ler cada uma das novas regras.

— Lei número um: qualquer tipo de contato com o mundo externo está proibido até segunda ordem. Lei número dois: Não será tolerado roubos ou furtos dentro da cidade e aqueles que forem pegos roubando terá a mão decepada. Lei número três: todos terão empregos remunerados para que consigam arcar com os gastos como água, comida, luz e gás. Lei número quatro: pessoas que receberem visitas em casa serão considerados traidores e também incitadores de motins, levando a prisão. Lei número cinco: qualquer tipo de manifestação contra Duran Cobain e as forças de segurança será considerado traição a pátria. Lei número seis: todos deverão acatar o toque de recolher e/ou obedecer às ordens diretas que serão anunciadas no alto falante da esquina de cada um dos bairros.

Eram tantas leis que se não fosse pelo papel que eles nos entregaram com certeza teria me esquecido da maior parte delas.

E no final, eles passaram alguns detalhes adicionais antes de nos mandarem formar filas seguindo conforme o bairro aonde cada um morava atualmente.

Neste momento é possível ver todas às crianças, idosos e adolescentes que compõe a cidade.

E ao passar meus olhos por umas das filas meu olhar se encontrou com o dele, um Sentinela assustador.

O homem me avaliou de cima a baixo e abriu um sorriso maldoso ao perceber que mesmo contra a minha vontade lhe encarava.

Ele era forte, muito forte, a aparência era jovial mais diria que ele passava dos trintas, ele também possuía mais do que um metro e oitenta, fora que julgando pelo tamanho do músculo diria que ele tinha o triplo do meu peso.

Esse homem me causa medo, um pavor fora do comum e embora sua aparência seja curiosamente angelical, diria que ele é a terceira personificação do mal em forma de gente.

E pela forma que ele me observa e sorrir feito um psicopata deduzo que suas intenções para comigo não é das melhores.

Desvio o olhar por alguns segundos me recordando daquele rosto em algum lugar e quando volto a olhar na direção que o homem se encontra, ele já havia sumido feito fumaça, não faço a menor idéia de quem seja ele, más ainda sim, eu sinto que lhe conheço de algum lugar.

Desvio o olhar por alguns segundos me recordando daquele rosto em algum lugar e quando volto a olhar na direção que o homem se encontra, ele já havia sumido feito fumaça, não faço a menor idéia de quem seja ele, más ainda sim, eu sinto que lhe con...

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607 palavras.

Histórico de revisões

- 26.01.2023

NOVA: A CIDADE DOS IMPERFEITOS.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora