Capítulo 6

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O despertar:

O vazio...

Aleksander odiava essa sensação, a sensação de não ser capaz de sentir nada.

Nada além do ódio.

Ele odiava estar preso e incapacitado.

Mesmo que agora, bastasse apenas um mínimo vacilo para que se libertasse.

Quando o caldeirão quebrou, Aleksander teve e oportunidade de ser livre.

Infelizmente ele ainda não poderia se libertar sozinho, precisaria de alguém para isso.

Ele estava fraco.

Tantos milênios sentindo seus poderes senso sugados, tanto tempo sentindo-o sendo usado por outros.

Ele estava esgotado e precisaria de tempo para recuperar suas forças.

Ele não tinha noção do tempo.

Por isso não sabia que enquanto recuperava suas forças, anos e mais anos se passavam.

Então, quando finalmente recuperou suas forças ele forçou as amarras que o prendiam, não foi tão difícil quebrar as amarras, mesmo que a maior parte dos seus poderes estivessem presos em artefatos.

Ele precisaria sair dali, por isso forçou sua saída, usando seus poderes para destruir aquela prisão que o prendia.

Ele nunca mais seria preso novamente, não naquele lugar.

Quando abriu os olhos, Aleksander estava dentro do artefato, mas dessa vez quando olhou para cima ele enxergou o teto de uma sala.

Ele sorriu minimamente, se erguendo, estava dentro do caldeirão, mas quando ele se levantou, viu que estava em uma sala escura.

Aleksander saiu de dentro do artefato e flexionou os ombros.

Ele sentiu uma leve brisa fria passar por ele, mesmo que na sala não houvesse sequer uma janela.

Ele olhou para si mesmo.

Estava sem roupa, totalmente despido.

Com um estalar de dedos seu couro de batalha cobriu o corpo dele, protegendo-o do frio.

Ele franziu o cenho, olhando ao redor.

Não sabia onde estava, mas sabia que de alguma forma sairia dali.

Com um movimento de sua mão o caldeirão se partiu em pedaços, sua atenção foi puxada para a porta quando ouviu o barulho de passos.

Ele sentiu todos os feitiços que o trancavam ali e sorriu, quebrando-os com um pouco de dificuldade já que estava mais fraco.

Ele sabia que um feérico guardava a porta, então fechando os olhos ele se conectou aquela mente tão frágil e desprotegida.

Aleksander o induziu, sussurrando em sua mente, o convencendo que algo estava errado e que ele deveria entrar na sala para resolver.

Levou minutos, mas logo a porta se abriu e o feérico entrou.

Ele tinha pele clara, cabelos castanhos e olhos escuros, também tinha uma feição desconfiada.

Quando viu Aleksander ele desembainhou sua espada mas com um movimento da mão do outro a espada foi parar longe e a porta foi selada.

O feérico tinha os olhos arregalados e quando fez menção de correr Aleksander ergueu a mão, paralisando seus movimentos e obrigando-o a caminhar até estar frente a frente com ele.

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