Capítulo 94

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Amélia franziu o cenho ao olhar a casa em sua frente, ela não sabia onde estava, não conseguia reconhecer a floresta ao redor.
 
Mas a casa rústica a sua frente era estranhamente familiar.
 
O jardim que decorava a frente da casa era composto por flores roxas e brancas, além de rosas vermelhas que davam vida ao lugar, a cerca que rodeava a casa era baixa.
 
A fêmea fez menção de se aproximar, mas risadas ecoaram de dentro da casa e de lá saiu uma fêmea, que gargalhava enquanto tentava escapar de alguém.
 
Amélia congelou, encarando a fêmea, se encarando.
 
Aquela era ela e de dentro da casa...os cabelos brancos inconfundíveis surgiram.
 
Aleksander ria conforme perseguia a fêmea, ele estava rindo, algo que Amélia nunca imaginou e nem conseguiria imaginar.
 
Ele a alcançou, arrancando risadas da fêmea conforme a abraçava por trás, tomando cuidado com...
 
Com a barriga saliente dela, por que Amélia estava grávida...
 
A barriga não estava muito grande, sendo quase imperceptível no vestido florido que ela usava, mas de alguma forma ela sentiu que aquela gravidez era real.
 
A mão dela voou para a própria barriga, como se pudesse imaginar o que via, mas ela não sabia o motivo de estar sonhando com Aleksander.
 
As coisas estavam confusas para ela, primeiro a pergunta de seu pai, depois a atenção exagerada que Cassandra havia dado ao “encontro” deles e agora esse sonho.
 
Ele parecia familiar para ela, mas Amélia não o conhecia.
 
-  Está gostando do que vê? – a voz que soou ao seu lado a assustou e Amélia se sobressaltou ao ver Stella parada, também encarando o casal com um leve sorriso no rosto.
 
-  Aquela sou eu e aquele é o Aleksander, por que? – foi o que perguntou.
 
Stella a encarou.
 
-  Gosta do que vê? – ela repete, embora saiba a resposta para essa pergunta.
 
-  Gosto – as palavras saem de sua boca de forma instantânea e Amélia se surpreende com sua voz soando tão...certa.
 
-  Sei que não está entendendo nada, é por isso que estou aqui – começa, novamente encarando o casal que ainda ria e brincava – Não posso te dizer muito, não seria certo, mas não posso deixar que essa história termine assim.
 
-  Que história? O que está acontecendo? – a voz da fêmea começava a soar impaciente.
 
O que estavam escondendo dela?  
 
-  Procure as respostas, Amélia – Stella pede, mas ao ver a feição confusa da outra, ela decide continuar – por que Aleksander lhe parece familiar? Por que sonha com ele? Por que essa atração que sente mesmo o conhecendo há apenas um dia? Se pergunte o motivo disso – ela fala.
 
-  Com quem eu devo procurar respostas? – ela questiona.
 
-  Procure-o, talvez consiga convence-lo de que a ideia dele foi idiota e que ele não é ruim como pensa – ela diz.
 
Amélia soube na mesma hora de quem ela estava falando.
 
-  Eu...o conheci antes?  
 
Sua voz soou insegura.
 
Stella riu.
-  Você foi a única pessoa que o conheceu de verdade, embora não se lembre disso agora.
 
-  E por que não me lembro?  
 
A deusa suspirou.
-  Por que Aleksander não consegue pensar na própria felicidade, ele acredita que está ajudando você – foi o que ela respondeu.
 
-  Eu...não sei o que dizer – foi a resposta da feérica.
 
Stella assentiu.
-  Tire alguns dias para pensar, em breve falarei com você de novo e ai resolveremos esse mal entendido.
 
Amélia iria falar, mas a escuridão a reivindicou antes disso.
                                                                           
                                  {...}
 
Aleksander revirou os olhos de onde estava na bancada da cozinha quando sentiu o cheiro de Stella, ele sabia que ela estava atrás dele e ela sabia o que o macho havia acabado de fazer.
 
-  Olha, revirar os olhos é melhor do que me atacar, acho que estamos evoluindo.
 
-  O que faz aqui? – a voz dele soou desinteressada, conforme o macho se concentrava no copo de café em sua mão, ele não tinha acordado de bom humor naquela manhã.
 
Na verdade, ele não se lembra de ter acordado de bom humor nessas últimas semanas.
 
-  Amélia poderá vim lhe procurar em breve – ela comenta, se aproximando dele.
 
Aleksander franziu o cenho.
-  Por que? Esqueci de apagar alguma memória? – sua voz soou amarga.
 
-  Não achou que eu deixaria você terminar sozinho, não é?  
 
O macho travou, se virando para encara-la como se esperasse o pior para a pergunta que iria fazer.
 
-  O que você fez? – perguntou baixo.
 
Ela franziu o cenho.
-  Filho...
 
Ele se ergueu, se aproximando dela, pura raiva em seus olhos.
 
-  O que você fez? – ele rosna.
 
Stella ergue o olhar para encarar ele, o desafiando a dizer que ela estava errada.
-  Dei a ela as respostas que ela procurava – disse por fim.
 
Pura surpresa brilhou nos olhos dele.
-  Por que? – foi a única coisa que saiu da boca de Aleksander, ele parecia confuso.
 
-  Você é meu filho e eu amo você, sei que não acredita, mas eu não quis machucar você daquela forma, Aleksander – ela ergueu a mão, tocando o rosto dele – quando percebi o quanto eu o havia ferido era tarde demais, achei que o ódio tivesse consumido o seu coração.
 
-  Por que se importa agora? Você me ignorou por milênios, por que se meter na minha vida agora? – ele questiona, a expressão com um misto de confusão e raiva.
 
-  Acha que merece ficar sozinho? – ela pergunta.
 
Ele se afasta, a expressão insatisfeita.
 
-  Você não entende...
 
-  O que eu não entendo!? – ela se exalta.
 
Aleksander explode.

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⏰ Last updated: May 01 ⏰

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