Capítulo 88

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Não foi difícil para Aleksander achar a construção pequena no meio de uma floresta deserta.

Ele estava no continente, nas proximidades de Rask, mas se perguntava o que Cassandra fazia ali.

Se ele tinha sentido ela, significava que a fêmea não estava morta, mas tinha passado horas desacordada e isso não era do seu feitio.

A construção era pequena, parecia uma pequena sala no meio do nada, ele supõe que deve ser exatamente isso.

Era feita de pedras escuras, com nada além de uma porta de aço.

Sem janelas ou entradas de ar.

Ele se aproximou, seu poder sentia Cassandra ali, Aleksander tinha uma vaga ideia do que poderia estar acontecendo.

Mas não acreditou que ela pudesse estar ali.

Até que ouviu um grito, seguido por vocês desconexas.

E ele reconheceu a voz que sibilou com puro ódio.

Era Cassandra.

Ele não precisou de mais para ir ao encontro dela.

                                 {...}

Cassandra ergueu o olhar quando viu um vulto próximo, sua visão estava embaçada e por isso ela não o reconheceu de primeira.

Mas aqueles cabelos brancos eram irreconhecíveis para ela.

Ela suspirou aliviada, seus olhos cheios de lágrimas quando conseguiu focar sua visão o suficiente para encarar Aleksander.

Vestido com um couro negro, como se estivesse pronto para uma batalha.

Ele estava ali...por ela?

Ele parecia confuso, olhando para Guenlock e Cérbero.

Até que seus olhos pousaram nela.

Ele arregalou os olhos, surpreso ao vê-la ali, presa em uma parede e sangrando, os rasgos em suas asas estavam terríveis, ela sabia.

Guenlock e Cérbero pareciam estar vendo um pesadelo, bem em frente a eles.

Mas quando Aleksander se aproximou, ainda encarando ela, os monstros atravessaram, sumindo dali em um piscar de olhos.

O macho foi em sua direção, ele a soltou com um estalar de dedos, sua magia destruindo os arpões que prendiam suas asas.

Quando se viu solta e com os pés no chão,  a tontura voltou a atingir ela com força e Cassandra tombou para a frente, fechando os olhos quando sentiu a dor se alastrar por seu corpo.

Aleksander a amparou, ele tinha a respiração acelerada e parecia preocupado, embora não tivesse dito nada.

Mas ele agiu, um brilho dourado irradiou de sua mão e bastou um mero toque dele em seu braço para que os ferimentos dela se fechassem como se nunca tivessem existido.

Nem mesmo uma cicatriz.

Mas a dor que sentiu a tinha enfraquecido e ser curada de forma tão abrupta fez o cansaço em seu corpo ser dobrado.

Ela caiu na inconsciência um segundo depois.

E Aleksander voltou a si, lembrando que ela estava viva e que ele não a tinha matado.

Ele viu o ferimento no ombro dela, não sangrava, mas estava roxo e ele sabia que tinha feito aquilo.

Porque era isso que ele fazia.

O Vilão Where stories live. Discover now