Capítulo 26

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Amélia on:

Eu tentei, pela mãe como eu tentei evitar Aleksander.

Mas é extremamente difícil evitar alguém que vive na mesma casa que você.

E ele certamente não deve ter entendido o quando eu o quero longe, por quê apareceu no meio da noite e me levou para a cama nos braços.

Eu estava dormindo, o que é estranho por quê meu sono não é pesado a esse ponto, mas eu não acordei em momento algum.

Quando acordei nessa manhã, me perguntei diversas vezes se eu de repente não tinha me tornado sonâmbula.

Até eu me tocar da realidade, pensei até se eu não tinha atravessado por engano.

Me irritou o fato dele não respeitar o meu distanciamento.

Mas eu não dirigi uma palavra a ele conforme me dirigi a sala de treino.

Aleksander estava na cozinha, ele estava encostado no balcão da mesma, usava nada mais do que uma calça de pijama cinza, deixando o peitoral exposto, os cabelos estavam soltos e ele tinha uma xícara de café quente nas mãos, enquanto olhava atentamente um papel na outra.

Ele ergueu os olhos quando passei, mas eu não o olhei.

- Amélia - Chamou, mas o ignorei - não vai ao menos tomar café?

Continuei seguindo, torcendo para que ele sequer tentasse novamente.

- Sua família respondeu - Disse e meu corpo travou imediatamente.

Vesti a máscara de frieza e o olhei.

- O que disseram?

Ele franziu o cenho para mim.

- Ainda está irritada, amor?

- O que eles disseram? - Pergunto novamente, cruzando os braços.

- O baile será hoje - fala.

Engulo em seco.

- Certo.

Continuei seguindo para a sala de treino, mas sou pega de surpresa quando ele segura meu antebraço.

Olho para ele, ainda usando toda a frieza que consigo.

- Em primeiro lugar, o baile será na corte dos pesadelos novamente, mas só os grão-senhores e suas comitivas irão - Diz calmamente, perto o bastante para que eu ouça a sua voz baixa - Em segundo lugar, quero outra dança.

Um sorrisinho desenha seus lábios.

- Não vou dançar com você - ralho.

Ele suspira, sua expressão inocente.

- Então não terá baile - ele se vira, pronto para caminhar de volta até o balcão da cozinha.

- Vai me obrigar a dançar com você? - rosno.

Ele para, flexionando o pescoço antes de se virar e me encarar.

- Pense nisso como uma despedida - Diz.

- Vai pro inferno, espero nunca mais ver você de novo - Rosno com firmeza.

- Você verá, infelizmente ainda não desenvolveu poderes para mudar o futuro - sorri sem mostrar os dentes.

Suas covinhas não aparecem.

- Canalha - Digo baixinho, me virando para seguir adiante.

- Me xingar não vai te ajudar em nada Amélia - Ronrona.

Sigo para a sala de treino, onde passarei muitas e muitas horas, até que meu corpo se canse, até que eu desconte em um saco de areia toda a raiva que estou de mim mesma.

O Vilão Where stories live. Discover now