► Capítulo doze

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Eu pisco, meus olhos se abrem lentamente, e eu olho para os lados

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Eu pisco, meus olhos se abrem lentamente, e eu olho para os lados. Estou tonta, mesmo estando deitada. Olho para o lugar em que estou deitada e vejo que é uma cama, a cama da casa onde estamos hospedados.

Eu me sento e olho para a janela, está escuro lá fora. Me lembro exatamente do que aconteceu e minha cabeça dói.

Eu me deito novamente na cama quando sinto que minha cabeça vai explodir.

Me acomodo mais no cobertor felpudo e ouço passos vindos da escada. A figura de Draco logo aparece, ele está segurando uma bandeja e se aproxima da cama.

— Como está? — Ele deixa a bandeja na mesinha de cabeceira e checa minha temperatura colocando sua mão em minha testa. Um arrepio percorre meu corpo. Deve ser por causa do embate entre as temperaturas, sua mão está gelada, e eu estou quente.

Eu não respondo a sua pergunta, aquela discussão ainda está na minha cabeça e ele nem pense que porque desmaiei me esqueci de tudo.

— O médico disse que você pegou um resfriado. — Ele se senta na cama e me olha. — Vai tomar alguns remédios e estará bem novamente. E a nossa ida terá que ser adiantada para que você não piore. — Eu arregalo os olhos. E meus últimos dias com Cristal? — Eu deveria ter te avisado antes para onde vínhamos para que você trouxesse roupas adequadas. — Draco parece falar mais com ele mesmo que comigo.

— Trouxe sopa para você. — Ele aponta para a bandeja e eu dirijo meu olhar a ela. — Toma e depois você pode tomar seus remédios. — Eu olho para Draco piscando. Não tenho vontade de falar nada. Ele apenas se levanta e saí do quarto.

Eu me sento na cama, pego o bowl da bandeja e começo a tomar a sopa.
Não imaginava que teria um resfriado logo agora, tudo bem que não sou a pessoa mais cuidadosa. Mas não imaginava. E isso estraga tudo. Vou ter que ficar de cama por vários dias, sendo que vamos embora sei lá, daqui à uns dois ou três dias. Meu planos com Cristal serão cancelados e reduzidos a pó.

Eu suspiro olhando para a janela.

Quero que tudo isso passe, quero voltar para a Suécia e voltar ao máximo que consiga de uma vida normal.

• • •

Dias depois...

Fecho minha última mala e suspiro. O homem pega ela e saí da casa indo em direção ao carro.
Hoje vamos voltar para Suécia. Me despedi de Cristal mais cedo. Foi doloroso, confesso. Mas teve que ser. Juro que vi ela triste, talvez seja coisa da minha cabeça. Não sei.

— Senhora Morton, podemos ir. — Eu assinto e sigo o chofer.

— O senhor Draco pediu para à avisar que o encontrará na Suécia. — Ele diz assim que entra no lugar de motorista depois de fechar a porta para mim.

Eu apenas assinto. Draco desapareceu no dia que me disse que eu estava doente. Uma vez a outra um funcionário vinha checar como eu estava e garantia que eu tomasse meus remédios.

• • •

— Bem vinda, senhora Morton. — A mulher morena e alta diz assim que me recebe, ela está sorrindo como se sua vida dependesse disso, mas apesar disso, é um sorriso bonito. Outras duas mulheres desaparecem com minhas malas para não sei aonde.

A casa de Draco é grande, na verdade, enorme. Conceito aberto. Pé direito alto. Portas francesas. Vista para uma espécie de lago com um enorme gramado à perder de vista! Tudo nessa casa grita à luxo. Eu já estava de boca aberta antes mesmo de entrar. Os jardins frontais são lindos! Tem flores de todos os tipos e todas elas são do meu agrado.

Cresci em uma família abastada isso devo dizer, papai é médico e mamãe advogada. Ambos bem sucedidos e conhecidos, mas nada se compara a isso! Essa casa é outro nível.

— Sou a governanta da casa e estarei ao seu dispor para me dizer tudo o que é do seu agrado. — A mulher sorri para mim. Eu apenas assinto. Agora está é minha casa, e a mulher a minha frente quer que eu lhe de ordens sobre as coisas que gosto.

— Pode me dizer seu nome?

— Nathalie. Nathalie Spencer. — Eu assinto tentando decorar o nome.

— Bom, Nathalie, onde está o senhor Draco?

— Não tenho essa informação infelizmente senhora. Mas ele disse para a recebermos da melhor forma possível, fazer tudo que a senhora mandar e deixar a casa como a senhora quiser.

— Obrigada, Nathalie. Ah e por favor, me chame só de Naomi. — Nathalie arregala os olhos.

— Infelizmente não poderei fazer isso senhora Morton. — Ela diz educada. Tudo bem, mudaremos isso com o tempo.

— Entendo. — Assinto. — Pode me mostrar meu quarto? — Ela assente e me dá passagem para que eu vá na frente. Subimos ao terceiro andar – de ELEVADOR!! – e Nathalie me mostra meu quarto. Que na verdade é meu e de Draco.

Os lençóis pretos destacam a cama no centro do quarto. O quarto é enorme. Tem um banheiro e dois walk-in closets ali. Um dos closets está sendo preenchido com as roupas que estavam em minha mala, mas me espanto quando vejo que a maioria de minhas roupas e acessórios já estão aqui.

— Bom, senhora, se não tiver mais nenhum pedido, irei me retirar, tenho coisas à fazer. — Eu assinto.

Nathalie saí do quarto me deixando com as duas outras mulheres que trabalham no closet.

Eu decido tomar um banho, estou super cansada, o voo foi longo.

Tomo um banho demorado ainda admirando cada parte daquele banheiro. Quando saí-o, as mulheres já não estão mais no quarto.

Eu estou enrolada em uma toalha e meus cabelos também.
Fecho a porta do banheiro e quando estou prestes a ir em direção ao meu closet, tomo um susto com Draco sentado na cama como se nada fosse.

Meu coração tem um sobressalto e consequentemente, minha toalha caí.
Eu fico congelada e com os olhos esbugalhados. Mas imediatamente volto a mim, recolho a toalha e a amarro ao redor do corpo novamente.

Estou morrendo de vergonha. Draco acabou de me ver nua. Como vim ao mundo. Eu me viro sem dizer nada e vou em direção ao closet.

Respiro fundo quando estou longe da vista de Draco. Essa é a coisa mais constrangedora que já me aconteceu, e olha que eu já caí de cara no chão em frente de algumas pessoas.

Eu procuro qualquer roupa e visto não me importando muito. Minha cabeça ainda está no acontecimento de minutos atrás.

Depois de respirar muitas vezes bem fundo, saí-o do closet e para minha infelicidade, Draco continua sentado na cama, mas agora em uma posição diferente e com um meio sorriso brincalhão serpenteando em seus lábios.

Já sei o que vêm por aí!

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O Vampiro que não me amaWhere stories live. Discover now