Quando a existência dos vampiros foi ameaçada 500 mil anos atrás, os vampiros não viram outra opção a não ser se casarem com humanos e em uma cerimônia especial transformá-los em vampiros e assim continuar a linhagem.
E Naomi não escapará à esse des...
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Hoje é segunda-feira – uma semana depois da conversa que tive com Draco nos jardins – estou me preparando para sair com Draco, sim, sair com Draco. Ele me disse que tinha uma surpresa. Talvez seja uma de suas formas de se desculpar, ele está se esforçando, pelo menos é o que está parecendo.
Calço minhas All Stars e desço as escadas correndo. É a primeira vez que uso All Stars desde os doze anos. Comentei com Draco aleatoriamente sobre e no dia seguinte ele mandou Nathalie me entregar uma caixa de All Stars vermelhas. Obviamente as amei. Mas não lhe disse nada. Não quero que ele pense que se pisar na bola e me dar presentes estará desculpado.
Quando cheguei a sala de estar, Draco estava sentado no sofá com a maior cara aborrecida como se eu o tivesse feito esperar por cinco anos.
— Vamos! — Digo.
— Vamos. — Ele se levanta e limpa uma poeira invisível em sua calça, pelo menos eu não vejo nada ali. Ou foi uma forma de me dizer que ficou empoeirado de tanto me esperar? Arqueio uma sobrancelha o olhando de cima à baixo, que audácia.
— Algum problema? — Nego com a cabeça seguindo o caminho até a frente de casa aonde ficam a maioria dos carros.
— Não, não. — Não iria lhe contar uma teoria da conspiração minha.
Draco apenas assente e dá de ombros.
Quando chegamos ao carro, Draco abre a porta do passageiro para mim e depois entra no lugar do motorista. É estranho ver Draco fazer as coisas, por mais mínimas que sejam.
— Para onde vamos? — Pergunto assim que o carro começa a se mover nos levando para longe de casa.
— Não seria uma surpresa se eu te dissesse. — Ele diz rouco. Eu apenas ânuo.
Encosto minha cabeça no vidro e observo a paisagem. A dado momento meus olhos caiem em Draco. A maneira como ele dirige... aí meu Deus, tenho que afastar esses pensamentos nada decentes de mim.
— Já chegamos? — Pergunto sorrindo.
— Não, ainda. — Draco responde.
Cinco minutos depois, volto a perguntar:
— Chegamos? — Eu pisco excessivamente esperando sua resposta.
— Não. — Ele olha de relance para mim e depois volta a prestar atenção na estrada.
Já deve ter percebido que era só para o irritar. Pelos próximos minutos até o nosso destino, eu fico perguntando se já chegamos de cinco em cinco minutos. O que leva Draco a muitas vezes me lançar um olhar de quem queria me abandonar ali mesmo no meio da estrada.
