► Capítulo vinte e um

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Assim que saí de casa quis me socar, me socar por ser tão idiota

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Assim que saí de casa quis me socar, me socar por ser tão idiota. Ontem abandonei Naomi em meio a algo que seria importante para nós. Seria sua primeira vez, e eu a decepcionei.

Passo por todos com cara de poucos amigos, ainda bem que ninguém vem com gracinha para cima de mim já que não sou conhecido como o mais simpático dos herdeiros Morton. Sabrina fica facilmente com esse título.

Assim que chego a minha sala, Sebastian está sentado em minha cadeira como se nada fosse.

— Tira esses pés imundos daí. — Me sirvo de uísque e me sento no sofá.

— Trocando o sangue pelo uísque. Acho que alguém está de mau humor. — Ele zoa ainda com os pés sobre minha mesa. Se fosse qualquer outra pessoa, eu já teria perdido a cabeça, mas Torres é mais que um amigo.

— Acho que estraguei as coisas com Naomi. — Ele percebe meu tom sério e se levanta vindo até mim.

— O que você fez dessa vez? — Ele questiona. Eu arqueio uma sobrancelha, como se tudo que desse de errado fosse culpa minha. Ele parece perceber sua gafe e refaz a perguntar.

— O que aconteceu? — Eu assinto satisfeito pela troca de abordagem.

— Sei que não é nada ético compartilhar coisas do casal entre quatro paredes. — Começo e Torres arqueia uma sobrancelha. — Mas eu e Naomi estávamos prestes a fazer amor, mas eu travei. A deixei lá.

— Porra cara. — É a primeira coisa que ele diz. — Como você..? Sabe o que ela vai pensar?

— Sebastian, eu sei o que vai acontecer se eu fizer amor com ela agora, vou a morder e ela vai morrer. — Aquelas palavras saiem da minha boca com tanto pesar e amargor que parece que minha língua virou chumbo.

— Estão tentando fazer as coisas diferentes dessa vez não é?

— Sim estamos, até optamos por um casamento arranjando. Tentei ser cruel com ela para que me odiasse e nunca em hipótese alguma chegasse a me amar, mas não consigo. É mais forte que eu. — Eu suspiro frustrado.

— Draco, sabe que tudo isso já está premeditado, desde a primeira vez. — Seu tom muda para um baixo e aconselhador.

— Não. Tenho que salvar ela. — Reluto.

Sebastian me olha com pena e eu odeio esse olhar, mas nessa situação, até eu sentiria pena de mim, alguém que não consegue salvar sua amada de um destino cruel traçado anos atrás por uma maldição.

— Sei que se sente culpado... — Eu desvio o olhar. Não quero tocar nesse assunto. — ...e que sente que tem que salvar ela por quê começou com tudo isso, mas você pode sei lá, mudar, se divorcie, saía com outras mulheres.

O Vampiro que não me amaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora