— Já pode parar de olhar assim, vai abrir um buraco na testa dele — Chan ditou baixinho ao lado de Seungmin, este que fitava Nicolas de longe com um olhar semicerrado — O que foi?
— Não gosto dele, tem algo nele que me desperta uma irritação inexplicável — Tomou mais um gole de guaraná.
— Talvez seja ciúme.
— Tá maluco? Eu não sou ciumento.
Chan riu, Seungmin o encarou.
— É muito ciumento, lembra do Jiung?
— Era diferente...
— Não era não — Chan rodou a latinha de Skol na mão e tomou um gole longo — Mas enfim, toma cuidado pra ele não prender a Samy aqui de novo.
Pela segunda vez Bangchan conseguiu deixar ele inseguro, Samy conversava com a mãe e Nicolas ao lado da churrasqueira e parecia mais calma, sorria sempre que o rapaz abria a boca e por mais que não quisesse Seungmin sentia raiva toda vez que o homem a tocava pois sentia que ela estava desconfortável.
Já estava bem tarde, Bangchan e Felix conversavam com o primo da morena na porta da casa e Seungmin estava ao lado do portão esperando pela namorada que se despedia de todos os parentes até que Nicolas se aproximou deles, se despediu de cada um e parou em Seungmin.
— Então é o namorado dela, né?
— É o que parece — forçou um sorriso e o rapaz também.
— A Samy é uma graça não mudou nada, sempre com esse sorriso no rosto, simpatia e carisma, não é mulher de se jogar fora.
— Sei...
— Bom, fiquei sabendo que vocês vão voltar pra Coreia em uma semana, né?
— Sim, ela só veio pra ler o testamento da vó e como namorado não podia deixar ela sozinha.
Nicolas riu e Seungmin o encarou um tanto quanto irritado pelo deboche dele.
— Porque, estava com medo de perder ela? Afinal, sou o primeiro amor da Samy.
Seungmin riu de canto e se ajeitou ficando mais alto que o rapaz.
— E eu sou o último — Ele levantou a mão mostrando a aliança e sentiu o peito inflar quando o moreno a sua frente mudou a feição para irritado — Acho que eu venci, não é?
— Pelo amor de Deus, vamos embora — Samy se aproximou segurando no braço de Seungmin e ele desviou o olhar tentando disfarçar com o ex — Eu não aguento mais um minuto aqui abraçando todo mundo, quero um banho e uma cama quentinha, tô cansada... — Samy olhou bem para os dois e arqueou as sobrancelhas — Tudo bem?
— Tudo ótimo, amor — Seungmin roubou um beijo rápido e pegou a bolsa dela como de costume — Vamos? Já pedi o taxi.
— Okay... — estava desconfiada mas extremamente cansada então apenas se despediu de Nicolas e seu primo e partiu para o hotel.
(...)Eram duas da manhã, Samy dormia pesado na cama pelo cansaço do dia e a preocupação da manhã seguinte mas ao seu lado uma mente impaciente trocava de canal de cinco em cinco minutos enquanto sofria pelo Jetlag.
Seungmin respirou fundo e se esticou na cama, não conseguia dormir por absolutamente nada. Ele olhou em volta e só conseguiu prestar atenção na namorada deitada ao seu lado, ela vestia uma camisola fina de alças e cetim, seu rostos estava descansado e agora parecia extremamente adorável com ele apoiado em suas mãos, Seungmin desceu o olhar minimamente parando nos seios bem desenhados e voluptuosos pelo cetim marcado, mordeu os lábios e apoiou a cabeça na parede.
Estava querendo ela a muito tempo mas sabia que não podia acordá-la, não queria atrapalhar o sono gostoso dela.
"Merda, merda, merda... não tenho nada pra fazer e não entendo nada do que estão falando na televisão."
Samy abriu os olhos devagar quando ouviu a televisão um pouco mais alta, esfregou o rosto e se esticou minimamente logo fitando Seungmin que parecia mais do que acordado trocando os canais da televisão.
— Não consegue dormir?
Os olhos grandes e escuros pararam nela, sorriu e se sentou ao lado dele começando a acariciar sua orelha.
— Jet lag — Não mentiu, mas outra coisa o incomodava — Te acordei?
— Só tirei um cochilo... — Desceu o carinho para sua nuca — Certeza que é só o Jetlag?
Seungmin pensou em mentir de novo mas sabia que seria descoberto.
— Você... pensa em ficar aqui?
Samy sorriu sonolenta e parou o carinho, Seungmin a fitou preocupado.
— Por que está me perguntando isso, Min?
— Você parecia tão feliz, sorridente, livre, confortável... pensei por um momento que talvez sentisse falta de tudo isso.
— Não sinto, eu senti falta sim dos meus primos, minha cultura, a comida, a música, o cachorro caramelo... — ambos riram e agora Seungmin parecia mais calmo — Mas lutei a minha vida inteira pra sair daqui e viver por mim, não ficaria aqui...
Ele concordou com a cabeça e bocejou devagar.
Samy afastou o edredom que usava e se levantou no colchão apenas para sentar no colo de Seungmin, estavam próximos o bastante para sentir o calor um do outro, ela o fitou com cuidado e carinho e penteou os fios escuros para trás enquanto deixava um beijo calmo em sua testa.
Seungmin respirou fundo e repousou as mãos nas coxas alheias acariciando ali com os polegares, sorriu quando sentiu ela descer os beijos e deixar um no canto de sua sobrancelha, olhos e ponta do nariz. Abriu os olhos devagar quando sentiu Samy encostar a testa na dele e acariciar sua nuca.
— Quer ajuda pra dormir...?
— Não tem muito o que pode fazer, amor...
— Quer um cházinho? — seu tom era sugestivo o que tirou uma risada fraca de Seungmin — Um chá quentinho e gostoso pode te ajudar a dormir melhor essa noite, o que acha? — começou a rebolar devagar sob o colo dele e finalmente juntou os lábios em um beijo lento, Seungmin sentiu o corpo inteiro escapar e estava Vidrado no movimento devagar de suas línguas apenas apreciando um ao outro com desejo.
— É o que eu tô querendo o dia todo... — Subiu as mãos por dentro da camisola e repousou na bunda da namorada apertando ali devagar enquanto sugava sua língua com calma e tesão. Samy sorriu separando o beijo por um breve momento e se manteve rebolando sob o colo dele.
— Vou te colocar pra dormir, meu príncipe...
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Autora!
Olaaaa meus amores!
Estão gostando?
Só um breve aviso, vão preparando o coração pros próximos capítulos ehm!
Bjs, se cuidem ♡
ESTÁ A LER
Cover Me 2: Memories
FanfictionComo seria se pudéssemos viajar no tempo? Escolheria ver o futuro ou voltar no passado? É isso que Samy irá enfrentar na segunda parte de Cover Me! Amor, saudade, dor e dinheiro: O que realmente vale a pena?