Como seria se pudéssemos viajar no tempo? Escolheria ver o futuro ou voltar no passado? É isso que Samy irá enfrentar na segunda parte de Cover Me!
Amor, saudade, dor e dinheiro: O que realmente vale a pena?
Duas semanas haviam se passado e Seungmin não conseguia nem mesmo olhar para o rosto de Samy sem sentir vontade de chorar, a decisão afetou não só ele mas o grupo inteiro, já que a garota acabou pedindo para mudar de setor e se ausentou da maquiagem do straykids.
Samy se isolou, não falou com ninguém, não desabafou sobre nada e não quis nem mesmo buscar alguma explicação, estava tão machucada que não tinha forças nem mesmo para se arrumar para trabalhar.
Seungmin observava de longe, onde ela ia, com quem estava, se estava se alimentando e só a perdia de vista quando ela ia embora ou saia mais cedo pra cuidar das pendências do orfanato. As ameaças com as Sasaengs não pararam e devido ao perigo que ela corria o próprio JYP designou um segurança a ela, este que a seguia em silêncio a duas semanas. Samy não havia percebido, pelo menos não até o rapaz segui-la um caminho inteiro até sua casa.
Ela parou de andar quando chegou na avenida e o segurança, a alguns centímetros atrás dela, também parou.
— Quem é você? — Ela se virou de uma maneira cansada e respirou fundo quando o rapaz desviou o olhar fingindo que não era com ele — Fala sério, ei — estalou o dedo e chamou a atenção dele — Por que tá me seguindo?
— Eu...? — se fez de desentendido e Samy cruzou os braços.
— Você quer me matar? É um serial killer?
— Não! Eu só...
— Olha se quiser me matar vai logo, eu não tenho nada a perder mesmo — ela abriu os braços e fechou os olhos, o segurança arqueou as sobrancelhas — Só não acerta meu rosto, não quero ter que ser enterrada com o caixão fechado, minha família tá no Brasil então pode ligar pro meu primo pelo meu celular, ok? A senha é a data do meu antigo namoro, 12/04... pode vir.
O segurança cruzou os braços achando assustador a maneira como ela realmente não estava se importando com o que ele realmente era, ficaram em silêncio por um bom tempo, Samy com os braços abertos esperando uma apunhalada e o segurança a observando com um sorriso de canto engraçado.
Ela abriu os olhos devagar e o fitou melhor, bufou e cruzou os braços.
— O que você quer comigo?
— Sou seu segurança particular, Lee Sangyi — tirou do blazer um crachá da JYP com o nome, cargo e uma foto, Samy olhou de perto — Fui enviado pelo Sr. Park.
— Park Jinyoung? JYP?
— Sim, ele me deixou responsável por sua vida, devido a acontecimentos que não me informaram preciso cuidar de você para que não...
— Me mate?
Ele mentiu e Samy caiu na mentira já que não sabia nada sobre Sasaengs. A garota riu debochada.
— Você está me seguindo a duas semanas por que o JYP tá com medo de que eu me mate?
— Sim senhora...
Respirou fundo de novo e riu baixo, o segurança a fitou curioso.
— Eu não quero me matar, tá bom? Tô bem, cem por cento bem.
— Me desculpa mas não foi isso que pareceu mais cedo... — Se referiu a ela se entregar totalmente a um desconhecido.
— Saco... você vai ficar na minha cola até quando?
— Um mês e meio.
— Um mês e meio?! Esse velho é maluco, fala sério — ela coçou a nuca e observou Sangyi melhor, ele desfez a pose de segurança e respirou fundo também — Tá, tudo bem, é seu trabalho eu não posso te atrapalhar né? Faz o seguinte, pode continuar me seguindo mas não fica andando atrás de mim como um esquisito, eu não mordo, pode andar do meu lado e conversar comigo, não quero passar um mês do lado de um estranho...
— Certo, senhora...
— Sem essa de senhora, por favor — ela estendeu a mão e Sangyi apertou ali — Samy, pode me chamar de Samy.
— Sangyi...
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( Lee Sangyi - O segurança)
[...]
— Ei, vamos... — Bangchan tocou no ombro de Seungmin que estava deitado no sofá do camarim — Precisamos ir pro estúdio.
Seungmin secou os olhos e se levantou saindo em silêncio da sala, desde que terminou com Samy não trocou mais de 3 palavras no dia com qualquer pessoa. Bangchan acordou inúmeras vezes a noite para acalmá-lo de crises de choro e pesadelos e se certificava de ficar perto de Seungmin e nunca deixá-lo sozinho, mesmo que só sentasse ao seu lado e ficasse em silêncio, era importante que ele não se sentisse só.
— Tem notícias da Samy? — Indagou a Yuna que parou ao seu lado, ela negou com a cabeça.
— Ela não falou comigo desde que tudo aconteceu e quando falou não tocou no assunto ou no nome de Seungmin... — Chan abriu a porta para ela e os dois saíram andando atrás de Seungmin — Ela tá péssima, só a vejo de moletom com o cabelo preso e as olheiras fundas. Sabe, a Samy nunca compartilha o que tá sentindo, ela não chora e não gosta de se abrir, Seungmin ainda consegue colocar tudo pra fora e com um tempo isso pode ajudá-lo mas a Samy... ela precisava conversar com alguém.
Bangchan ouviu atentamente e no fundo do coração sentiu que esse alguém deveria ser ele, mas como chegar perto de Samy e fazê-la se abrir sem contar o motivo do namorado ter terminado com ela?
