Lua Imortal - Sangue de Prata 《2° Livro》

Capítulo 08 - Sei lá!

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♚ Pov Asher ♚

Como não perder o controle?!

Deixei que Ardena se machucasse enquanto poderia ter evitado.

E agora aqui me encontrava eu, no hospital outra vez.

Ardena estava desacordada já fazia dezoito dias.

A culpa era minha! Somente minha!

Ela havia entrado em coma por tempo indeterminado.

Mesmo o fato de ser Kalaryah não mudava em nada a situação.

O que dizer quando o amor da sua vida está deitada em uma cama de hospital sem qualquer chance de acordar certamente.

Estava encostado a porta do quarto sem qualquer resquício de força e coragem para avançar.
Em todos os dias eu vinha a visitar, mas jamais consegui passar da porta.

Eu a olhada pela curta distância entre mim e a cama.

Se eu tivesse prestado atenção nada disso havia acontecido.

Eu passava o dia e a noite naquele mesmo lugar. Voltava ao palácio apenas para resolver alguns acordos.

Dezoito noites sem dormir e estava disposto a ficar o tanto que precisasse.

O quarto de Ardena estava sempre cheio, Ian, Christopher, Chace, Jane e a lista só aumentava.

Dhyego invadia o quarto de Ardena pela noite, mas em dias certos e em horas certas. Apenas as quartas, sextas e sábados todos por volta das 2:00h da manhã.

Ele nunca me via, pois adentrava o local pela janela, pois estávamos no primeiro andar.

- Alteza?! - saudou-me o médico.

- Olá doutor. E como ela está?!

- Sem qualquer melhora - disse descontente. - Mas tenha fé, nada é impossível.

Suas palavras me fizeram sentir pior.

A tarde do décimo oitavo dia havia se partido para dar lugar a noite.

Meu celular começou a vibrar.

Chamada on

- Alô?

- Asher! Quando vai voltar para casa? Para sua família?!

- Eu já estou com a minha família!

- Digo a sua outra família!

- Não posso deixa-la!

- Pode sim. Ela irá entender!

- Seja como for, daqui a pouco vou para casa tomar um banho.

- E dormir também!

- Não tenho tempo para dormir!

- Asher cara, está na hora de começar a seguir em frente. Pode ser que ela não acorde.

Chamada off

Não estava com menor paciência para ninguém.

Sentei-me no chão encostado ao batente da porta e olhei para ela tão serena e imóvel.

- Alteza, deverá ir para casa o horário de visita acabou.

- Só mais um pouco - o médico me deu um olhar de piedade.

- O senhor me disse isso a duas horas atrás! - me levantei nervoso e me pus a caminhar.

O Dr. Venis segurou meu braço.