Capítulo 14 - Separados

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Pov Ardena

Meus pés correram para bem longe de tudo aquilo. Como a tempo não fazia, não pareci esquecer como correr.

Senti meu corpo fraquejar, mas não parei, continuei no mesmo ritmo, ele não poderia me ver fraquejar, sabia que estava forçando demais, porém não tinha como evitar.

Dessa vez tudo foi por água baixo. Eu o perdi, eu me perdi.

Caminhei até meu quarto e deitei na cama a espera da enfermeira louca da vida.

Ele cumpriu com sua promessa, não veio naquele dia, nem ele, nem ninguém.

Fui a janela ver o jardim algumas vezes, mas ele também não estava lá.

Reparei que o diário de Chryslla estava em cima da mesa, alguém havia me trago.

O peguei e comecei a lê-lo.


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Inglaterra, Lancan.

23 de Fevereiro de 1609
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Como poderia eu ser mais feliz. Estava andando a cavalo com o Príncipe roubando maçãs da fazenda vizinha.

Apostamos corrida, e ele me deixou vencer por sete vezes.

Brincamos de pega-pega, esconde-enconde, rouba-bandeira - esse ultimo jogo foi com alguns empregados do palácio - todas as brincadeiras que o Príncipe nunca havia brincado em sua infância.

Fomos até sua "Casa da Árvore" que na verdade ocupava cinco árvores e continha dois andares.

Era maior que a minha casa para ser sincera.

Lá continham camas em quartos separados, banheiro e cozinha. Havia também um sofá na varanda que ficava ao lado do telefone e que agora continha um Telescópio em homenagem a mim.

Nos encontrávamos no sofá um pouco depois do almoço.

Almoçar com a Família Real era completamente estranho e desconfortável.

O Rei era de uma gentileza sem igual, já a Rainha continha uma expressão de poucos amigos. Os Príncipes permaneciam em suas conversas chatas, pareciam nem notar minha presença. E a Princesa tentava puxar assunto com Damien por ciúmes de mim com o irmão.

Foi o pior almoço que já tinha participado em toda a minha vida, me senti um peixe fora d'água.

- O que achou do almoço? - me perguntou.

- Adorável. Sua família é acolhedora - menti e ele fez uma careta.

- Você menti muito mal! - zombou. - Quando não gostar de algo pode falar, tem a minha permissão.

- Permissão?! - perguntei incrédula revirando os olhos.

Ele agarrou meu queixo com rapidez.

- Não revire os olhos para mim! - ele disse tentando ser sério.

- Tudo bem! - disse e fiz outra vez.

Ele apertou-o e se aproximou.

- Estou lhe avisando Senhorita Chryslla, não me provoque - ele olhou em olhos enquanto dizia.

Lua Imortal - Sangue de Prata 《2° Livro》Where stories live. Discover now