Lua Imortal - Sangue de Prata 《2° Livro》

Capítulo 50

Contagem regressiva
02...

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♚ Pov Asher ♚

Ardena tentou se levantar com um olhar desconfiado, mas voltou ao chão apertando a cabeça.

- Como pode haver prata no seu sangue? - ela perguntou com dificuldade.

- Eu injeto uma pequena dose todos os dias. Mas isso nunca aconteceu. - expliquei. - Você deve ter ingerido uma grande quantidade.

- Não sei.

- Você está ouvindo isso? - perguntei. - Esse som?

Batidas sincronizadas soavam por todos os lados. Pareciam ser corações. Eles clamavam baixinho.

- Está dentro da minha cabeça! AHHHH! - ela gritou desesperada.

Meus irmãos saíram de trás de uma árvore.

- O que está acontencendo? - Richard perguntou com os olhos arregalados.

Chace surgiu pela mata junto a toda a alcatéia.

- Essas batidas estão na cabeça dela!

- Que batidas? - perguntou Dakota.

- Escutem!

- Eu não ouço nada! - respondeu William.

Ninguém parecia ouvir. Nenhum dos lobos ali presentes.

Ardena ainda gemia no chão. Seus olhos ficaram vermelhos e ela se transformou em um lobo a minha frente, sentindo seus ossos se quebrarem.

Como se tudo estivesse bem ela balançou o corpo. Não parecia haver mais dor. Ela era imensa, com todo aquele pelo negro. Nunca havia visto um lobo com um mesmo tamanho que o meu.

Mas as batidas persistiam. Eu não sabia de onde vinham.

"Elas ainda estão aqui". - ela disse por pensamento. "Eu consigo suportar". "Mas estão aumentando".

- Asher? - Dakota me chamou com uma voz preocupante.

- O que foi?

- Há bruxas por todos os lados. Estamos cercados.

- Não pode ser. - tentei ouví-las, mas as batidas me impediram.

- Elas estavam nos ameaçando. - um membro da matilha disse. Um homem de pouca altura e pele escura.

- Ameaçando? Nós temos em tratado de paz! - afirmei sério.

Eu mataria cada uma delas por quebrar o acordo.

- Não. Elas tinham com você. Mas você não é mais o alfa! - meu pai disse atrás de mim.

Me virei para ele, que trazia sempre um sorriso maldoso.

- Não queira entrar em uma guerra contra as bruxas Jeffrey! - alertei.

- Não me diga o que fazer. - ele passou por mim e olhou aos demais. - Três batedores nas quatro direções. Se dividam. As bruxas não tem mais o sangue de prata.

- Não há como saber. Com tratado tínhamos o mesmo sangue, mas ele acabou. Como você mesmo disse!

- Vamos lutar! - afirmou para mim com seu olhar frio. Quase como se me desafiasse.

Como um grito eterno as árvores balançam, o vendo carregou para nossos ouvidos a surdez. Era insuportável. A minha cabeça parecia querer explodir.