Five.

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Meu Deus, chegamos a 1K, eu não tenho palavras pra agradecer a vocês? Obrigada amores, isso é muito importante pra mim, de coração. Eu espero que vocês estejam gostando de TIMH, pois eu estou amando escrever pra vocês!
Mais umas mil vezes obrigada por tudo. <3

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— Obrigada por concordar em começar logo hoje, Louis. — A mulher o guiava até o salão onde ocorreria a reunião do Centro de Apoio. — Eu jamais te colocaria nessa situação sem treinamento, mas estamos realmente de mãos atadas.

— Pode contar comigo. — Sorriu.

— Ótimo. — Retribuiu o sorriso. — Então basta pôr o seu uniforme naquele banheiro à esquerda, e me encontre aqui no salão novamente.

— Uniforme? — Hã? Ninguém falou sobre uniformes.

— É, o seu uniforme. Está no locker no banheiro que te indiquei. — Reafirmou, entregando a chave do locker a um Louis totalmente confuso. — Tente não demorar, a aula de defesa pessoal começa em dez minutos.

O de olhos azuis apenas assentiu, sem entender muito bem o que estava acontecendo, se direcionou até o banheiro, encontrando uma parede onde havia diversos lockers, abrindo o 28, que era o indicado em sua chave, assim, se deparando com seu uniforme.

'Mas que porra?'

Se a mãe de Louis achava humilhante o fato dele trabalhar em um Café, mesmo tendo um diploma de Sociólogo, é porque certamente ela não viu aquela coisa ridícula que ele teria de usar. Desde quando usar seu diploma empoeirado, — palavras de Mark — incluía usar uma roupa cheia de enchimentos, a qual o fazia parecer a porra de um lutador de sumô? Isso sim, era humilhante.

— É para ajudar as pessoas, Tomlinson. Seu único intuito em ser Sociólogo sempre foi ajudar as pessoas, não dê para trás agora. — Repetia para si mesmo, enquanto vestia aquela coisa horrorosa que viria a ser seu uniforme.

-x-

Quando Harry chegou ao Centro de Apoio com as crianças, a reunião já havia começado. Lá estava um amontoado de pessoas, em maioria mulheres, ouvindo o que uma senhora dizia num tatame. Ele sabia que hoje seria a aula de defesa pessoal, então não se assustou com isso.

Como de costume, ajoelhou-se até ficar à altura de seus filhos, tirando do bolso um frasco de álcool gel, espalhando nas mãozinhas dos pequenos, que sempre reviravam os olhos com essa atitude do pai. Em seguida repetiu o processo em suas próprias mãos, e se aproximou do tatame silenciosamente, a fim de não atrapalhar a aula que já estava acontecendo.

Uma senhora de aproximadamente cinquenta anos, vestida com um quimono — o que era pitoresco, diga-se de passagem — circulava toda extensão do tatame, inquerindo as pessoas ali presentes com algumas situações.

— Ei garoto, você quer algum desse dinheiro que tenho aqui? — Perguntou para um garotinho que provavelmente tinha a idade de Dorothy, engrossando a voz. De certo seu intuito era imitar alguém, não precisamente específico.

— Claro! — O menino respondeu com entusiasmo.

— Errado! Obviamente você não quer esse dinheiro, meu doce. — Levou a mão bagunçando o cabelo do garoto. — Não se pode aceitar nada de estranhos.

— Viu só? — Harry sussurrou para seus filhos.

A mulher tomou distância, se posicionando no centro do tatame, para poder ter uma visão ampla de todos ali presentes, até que retomou a palavra.

— E sabe o porquê disso? Autopreservação. Estamos na cidade grande, lotada de predadores, apesar de disfarçados de seres humanos comuns. Um dos animais mais perigosos que existem, ao contrário do que muitos pensam, não são leões, tubarões, tigres, ou seja lá qual predador topo de cadeia alimentar, esses agem por puro instinto. — Olhou atentamente para cada um ali presente. — O animal mais perigoso é justamente o ser humano. Ele pode ser ardiloso e tramar as piores facetas apenas por pura satisfação, se divertindo com os males alheios. E o pior de tudo é que o pior cafajeste pode estar escondido atrás do mais genuíno sorriso.

Tear In My HeartWhere stories live. Discover now