Capítulo 20

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Passado o desespero, Taylor foi tomado por uma sensação insuportável de culpa. Ele não queria ter feito Angie sofrer, isso era a última coisa que ele queria nesse mundo. Lembrou das palavras dela. Sentiu-se tão estúpido. Como não percebeu antes? Como não assumiu seus sentimentos por ela? Ele a amava tanto. E mesmo assim a fizera sofrer. Tinha falado coisas horríveis apenas porque era egoísta e burro. Tudo fazia sentido agora. E ele se sentiu obrigado a acabar com toda a dor que tinha causado a ela, e também a ele.

Saiu de casa e entrou na casa vizinha. A festa estava acabando. Subiu até o quarto de Angie. A porta estava trancada. Desceu correndo. Pegou a escada da casa da árvore e subiu. Escalou parte da casa e por fim entrou no quarto de Angie pela janela.

Ela dormia de bruços. Ele caminhou lentamente até a cama e sentou. Observou-a por um tempo. Ela a amava, sim. Amava-a, desejava-a. Precisava dela. Precisava beijá-la e tocá-la, tê-la e fazê-la perceber o quanto ele se importava com ela. Perceber que ele nunca iria deixá-la.

Angie tinha as costas cobertas apenas por dois cordões da blusa que usava. Taylor esticou o braço e tocou levemente as costas dela com a mão fria. Ela emitiu algum som, mas não acordou. Ele, então, lembrou de um poema que tinha feito algum tempo atrás. Tinha feito do verso uma música. Cantou um trecho.

Just lay down and let your worries sleep
Don't think now the water's dark and deep
And you know that I love you and never let go
And you know that I'll love you forever
I love you and never let go
Yes, I love you and never let go

Angie foi acordada pela melodia saída do coração de Taylor. Ela abriu os olhos e se virou na cama.

_ Tay...

_ Hey... – ele sorriu.

_ O que você tá fazendo aqui? Eu tô com vergonha...

_ Do quê?

_ Do que eu te falei.

_ Por quê?

_ Porque agora como eu vou te olhar? Eu sei que você não... não me ama... não nada...

_ Como você sabe?

_ Eu acho...

Ele tocou a mão dela.

_ Achou errado. Eu que devia estar envergonhado.

_ Ahn? – ela sentou.

_ Posso só fazer uma coisa?   

_ Pode...? – ela consentiu sem entender muito bem o que ele pretendia.

Taylor se aproximou, pegou delicadamente o rosto de Angie com as duas mãos e a beijou. Bem calmo. Ela nem acreditava que aquilo estava realmente acontecendo. Ele se afastou um pouco dela. Angie abriu um olho, depois o outro e olhou para ele.

_ Eu não acordei?

_ Não...

_ Você tá aqui mesmo? Não é sonho?

_ Não... Eu estou aqui para te pedir desculpas. Eu sei que não adianta, porque só pedir nunca adiantou nada. Mas eu estou disposto a acabar com a sua dor. E com a minha também. Eu estou aqui, Angel, – ele mexeu nos cabelos dela. – pra te falar que eu te amo. Te amo muito. Só que eu não percebia. Desculpa por não ter percebido antes... Desculpa por tudo. Eu fui um idiota.

_ Você está falando sério?

_ Muito. Eu te amo.

Angie abriu o maior sorriso que Taylor já havia visto e o abraçou.

_ Você me desculpa? – ele perguntou.

_ Claro que eu desculpo. Nem que dure só agora. É o dia mais feliz da minha vida!

Ela o soltou e ele segurou suas mãos.

_ Vai durar para sempre. E todo dia vai ser o dia mais feliz da nossa vida. Porque a gente vai estar junto. Sempre.

Angie desfez um pouco o sorriso.

_ E a Tamara? – perguntou.

_ Não se preocupa com ela. Foi só uma tentativa de esconder o que eu sentia de mim mesmo. Mas não deu certo.

_ Taylor... Me beija?

Ele sorriu e a beijou. Mais intensamente dessa vez. Todo o amor e desejo que sentiam eram muito para controlar.

_ Taylor? – ela falou interrompendo um beijo.

_ Hum.

_ Tira sua blusa... – ela pediu enquanto sentia os beijos dele em seu pescoço.

_ O quê? – ele beijou-a no rosto.

_ Tira... Eu quero sentir você...

_ Pode tirar... – ele voltou a beijá-la por um instante.

Angie o interrompeu e tirou a camisa que ele usava sem nem desabotoar todos os botões.

_ Isso não vale. Eu vou ter que tirar a sua também! – ele brincou ao mordiscar-lhe a orelha.

Angie sorriu. Virou o rosto dele com as duas mãos e o beijou. Descolou seus lábios dos dele.

_ Pode tirar. – respondeu por fim.

Ele não esperava essa resposta.

_ Angie, se você não quiser...

_ Você não quer?

_ Querer eu quero, mas é você...

_ Eu quero... Tira... – ela falou baixo, sua voz já quase nem mais saía.

_ Eu...

_ Não fala nada, Tay...

Ela o beijou. Ele desceu seus beijos para o pescoço dela.

_ Eu te quero tanto, Angie... – ele falou bem perto do ouvido dela, enquanto desamarrava o laço da blusa que a cobria.

_ Também te quero, muito.

Ele tirou a blusa de Angie e beijou novamente. Tocou os seios dela e a ouviu gemer baixinho. Ela se deitou na cama e Taylor a seguiu.

_ Você tem certeza que quer isso? – ele perguntou.

_ Tenho certeza que quero você.

_ Eu te amo, Angie. E eu prometo que vou te fazer feliz e nunca vou te deixar. – ele beijou-a delicadamente nos lábios e no rosto.

_ Eu te amo tanto... – ela disse sorrindo antes de se entregar completamente a ele.

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