Capítulo 2 - 💡💡

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     Corpo pesado e pernas moles foram as primeiras sensações de Saulo, e não pararam por aí

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     Corpo pesado e pernas moles foram as primeiras sensações de Saulo, e não pararam por aí. Quanto mais os segundos passavam, mais seu corpo mandava sinais de que estava no limite. Fraqueza, visão opaca e um forte enjoo, conseguiram lhe fazer enfim parar de encarar aquelas fotografias e erguer os olhos de um dourado contornado de vermelho.

     — Acho que vou... — tentou avisar, antes do profundo apagão lhe abraçar.

     Fabrício se pôs de pé tão rapidamente, que por um triz sua cadeira não se desequilibrou e parou no chão. Ele não esperava por um rosto desmaiado sobre as fotos do crime, àquela hora da noite.

     — Era só o que me faltava! — reclamou, afastando-se da mesa. — Vê se essa porra está fingindo!

     Sem questionar, Alan foi direto a Saulo, conferindo os batimentos.

     — O pulso tá bem fraco, e ele gelado — informou.

     — Inferno! — suspirou, esfregando as mãos no rosto e cabelos ao dar as costas à cena. — Tire as algemas e põe ele no chão.

     Seguindo a ordem, Alan guardou a peça metálica de volta em seu cinto e puxou sem dificuldade, Saulo pelo peito, deitando-o no piso de concreto. Em consecutivo, Fabrício retornou e arrastou a cadeira para mais perto, soando o incômodo barulho arranhado no chão. Ergueu as pernas do jovem, cobertas pelo jeans claro, pondo-as sobre o assento de madeira.

     Ver aquele rosto desacordado lhe causou um desconforto estranho, por isso, o delegado depressa caminhou para longe. Ali, sob a entrada fria da delegacia, evitou mirar as flores e brinquedos no canto enquanto recapitulava a situação com olhos parados no escuro da noite.

     Sem demora, Fabrício recebeu a companhia do escrivão segurando o Inquérito Policial.

     — Sei não... tá muito fácil e óbvio — opinou, Alan, em tom baixo, o qual analisou toda a linguagem não verbal de Saulo, à distância.

     — Não interessa o que parece. — Virou-se para o parceiro; também soando baixo. O topete já completamente desfeito, fez seus cabelos grisalhos lhe invadirem a testa. — Não se esqueça do depoimento da filha; o retrato falado está batendo.

     Retrato falado este que, na primeira vez em que viu, Fabrício precisou deixar a sala para tomar um ar; os traços faciais lhe fizeram ficar tonto.

     — Que seja. Estou pouco me lixando se foi ele ou não, só que... Primeiro a ligação anônima sobre um carrão parado na estrada, depois um turista claramente drogado com um multímetro na mochila? E, detalhe: rico! Olha para aquele tênis, o carro...

     — Acha que alguém quer incriminar ele em troca de grana?

     — Não exatamente. Talvez ele não agiu sozinho; pagou muito dinheiro para um possível cúmplice, e a outra pessoa está tentando se livrar das suspeitas. — Folheou o inquérito, puxando a página com o retrato falado. — Ao menos que ele não tenha um irmão gêmeo ou clone... — Guardou-a novamente dentro da pasta amarela. — Se eu tivesse sozinho ia ter deixado isso passar! — Culpou-se pela desatenção.

Órbita do Destino - 2043 [COMPLETO]जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें