3. honey murphy

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── VINNIE, PARA O CARRO. ── Grito pela segunda vez, mas foi em vão novamente.

── Só quando você estiver na nossa casa, amor. ── Diz ele.

── Nossa casa? Eu nem sequer te conheço e você quer viver comigo? Eu sabia que algo me dizia para não aceitar seu convite, porque acabaria nas mãos de um PSICOPATA.

Ele freia bruscamente o carro, fazendo com que eu quase bata com a cara no vidro de frente. Olho para ele com o maior ódio que eu estava sentindo, mas mudando rapidamente para medo ao ver ele segurar uma arma e direcionada para mim.

── Você vai ficar caladinha o resto da viagem ou não vai querer saber o que vem depois. Entendeu? ── Ele pergunta. Assinto com a cabeça e volto a olhar para frente. ── E mais uma coisa...

Vinnie coloca algo em meu rosto cobrindo meu nariz e boca, um líquido que continha fazia com que meus olhos pesassem e meu corpo ficar fraco, não conseguindo mais lutar contra.

[...]

Abro meus olhos lentamente, estava em um quarto pintado em branco, mobiliários aparentemente caros, a cama era enorme assim como o quarto, minhas roupas foram trocadas. Levanto lentamente ainda sentindo a minha cabeça rodar, coloquei os pés no chão sentindo a umidade.

Saio do quarto tentando não chamar atenção, talvez seria a minha oportunidade de fugir daqui. Paro em frente à única porta aberta, aparentemente um escritório. Por cima da grande mesa de vidro estava o meu celular. Entrei no escritório e peguei meu celular, marcando o número da primeira pessoa que eu pensei, Madison.

Minhas mãos tremiam, dificultando eu marcar o número. Levei meu celular ao ouvido torcendo para que ela atendesse e por uma graça, ao terceiro toque ela atende, e antes que eu pudesse falar alguma coisa, ouço algo destravar atrás de mim.

── Não me obrigue a fazer o pior com você. ── Sussurra Vinnie em meu ouvido. ── Me dê o celular agora.

Vinnie recebe o celular de minhas mãos e o joga na parede, o quebrando. Virei para ele sentindo as lágrimas descer descontroladamente.

── Não chora, amor. ── Diz Vinnie mudando repentinamente de humor. ── Vou cuidar bem de você, claro, se não fizer algo que me irrite.

── Me deixa ir embora, Vinnie. Eu prometo que você nunca mais vai me ver. ── Falo. Ele gargalha por alguns segundos e volta a me encarar seriamente, aproximando de mim.

── Não, eu não quero que você vá embora! Você é minha, aliás, você sempre foi minha, só estava esperando a oportunidade para te tornar oficialmente minha.

── Você é louco! ── Falo balançando a cabeça.

── Por ti, Honey. ── Ele acaricia minha bochecha, mas eu desvio do toque. Vinnie se irrita e aperta fortemente o local que antes acariciava. ── Nunca desvie de meus toques!

── O que você quer comigo?

── Tudo! Eu te amo Honey, quero tornar você minha mulher.

── NUNCA! ── Grito. ── Você não pode me prender aqui para sempre, minhas amigas vão sentir à minha falta e vão vir atrás de você com a polícia.

── Quero ver elas tentarem. Eu mando em tudo, elas contam para a polícia e em fração de segundos faço eles esquecerem e tudo voltar ao normal. Mas caso pense em fugir, não vai gostar das consequências.

Permaneci calada pensando no que eu tinha feito para merecer isso. Vinnie dá um passo para frente tentando aproximar de mim e eu recuava, mas óbvio que eu tinha medo.

── Você deve estar com fome... ── Diz ele. ── mandei Elizabeth fazer algo para você.

── Não tenho fome. ── Falo olhando para o lado.

── Honey, não me obrigue a fazer o pior com você, embora já esteja cooperando para isso.

Reviro os olhos e passo por ele, desci as escadas mas sinto sua presença atrás de mim. Eu estava com fome sim, mas jamais falaria isso para ele. Ao chegar na sala de jantar, encontro uma mesa recheada de comida, e ouço meu estômago roncar de fome. Sentei à mesa e comecei a me servir, Vinnie estava sentado ao meu lado, acompanhando cada movimento meu.

Terminei de comer e Vinnie continuava ao meu lado. Eu precisava achar uma forma de sair daqui ou até mesmo conseguir um celular para pedir ajuda.

── No que está pensando? ── Ele pergunta e espera pacientemente pela minha resposta.

── Óbvio que estou pensando em sair daqui e ansiosa por ver você atrás das grades.

Vinnie se levanta irritado e pega em meus cabelos me arrastando para fora da sala de jantar. Ao chegar na sala, Vinnie me joga no chão e vem para cima de mim, apertando meu pescoço.

── V-vinnie, me s-solta ── Falo com dificuldade por ele estar apertando demais.

── Você não imagina a vontade que eu tenho de matar você agora, lentamente.

── Sai de cima de mim. ── Falo. Vinnie olha para mim seriamente e finalmente me solta. Puxo o ar com dificuldade, pegando meu pescoço que doía.

── Vou sair, agora, espero que você não faça nenhuma gracinha amor. ── Diz ele jogando algumas mechas de meu cabelo para trás.

Espero que ele saia de casa e só assim desabar em lágrimas. Levanto do chão e sigo até ao quarto onde tinha acordado, mas quando passo pelo seu escritório, entrei e procurei algo que me ajudasse a sair daqui, como um celular, abria e fechava gavetas sem conta, mas não achava nenhum celular. Algo que eu consigo achar é um canivete. Encarava o objeto em minhas mãos, eu odiava ter que pensar nisso, mas se é uma forma de sair daqui, serei obrigada a fazê-lo.

── Precisa de ajuda? ── Uma voz feminina fez com que eu me assustasse. Escondi o objeto atrás de mim e levantei.

── Sim, me ajuda a sair daqui. ── Falo me aproximando da mulher que aparentava ter 29 anos.

── Não posso. Se eu ajudar você, é capaz de o Sr. Vinnie acabar comigo, assim como fez com as outras.

── Outras? ── Pergunto curiosa e com medo ao mesmo tempo.

── Sinto muito, mas eu tenho que ir para casa. Se tiver fome, deixei comida feita na cozinha. ── Ela dá as costas para mim e vai embora. Ela é estranha.

Saio do escritório de Vinnie e vou até ao quarto onde eu estava. Sentei na cama e voltei a encarar o objeto. Novamente a porta é aberta, joguei o objeto em um canto da cama. Vinnie entra no quarto e olha para mim como se soubesse que eu estava escondendo algo.

── Onde você foi? ── Pergunto tentando disfarçar.

── Não é da sua conta ── Diz ele ── Você precisa descansar, Nailea.

── Onde é o meu quarto? ── Pergunto e Vinnie sorri.

── Aqui é o seu quarto, amor. Em breve nós seremos casados e você deve dormir comigo.

── NEM EM SONHO! ── Falo gritando. Vinnie levanta e vem até mim, dando um soco em meu estômago, fazendo eu gemer alto de dor.

── Não ouse gritar comigo. Não sabe como é divertido para mim ver você assim, gemendo de dor. Sabe o que eu quero mesmo ver? seu sangue sair de seu corpo, assim como a sua vida.

✔ 𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢 ✗ vinnie hacker Where stories live. Discover now