19. honey murphy

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1 semana depois.

Finalmente livre de Vinnie, eu poderia voltar a minha vida normal de trabalhar, se não perdesse o trabalho e voltar para minha casa. Agora começaria tudo de novo, teria que procurar um emprego que suprisse as minhas necessidades. Era bom estar de volta, era bom não ter que viver sabendo que em momento algum serei espancada, mas ao mesmo tempo me sentia mal por ter entregue Vinnie à esse hospital.

Saio de casa e tranco a porta, hoje seria o dia em que eu procuraria um emprego. Comecei pela primeira lanchonete, infelizmente não precisavam de trabalhadores, segunda uma loja de roupas, também não precisavam e assim foram mais de 6 lojas.

Eu já estava cansada, não de andar, mas sim de receber vários nãos. Fui até ao parque e sentei em um dos bancos pensando o que faria da minha vida.

── Oi ── Diz alguém sentando ao meu lado ── Você está bem?

── Porquê não estaria? ── Pergunto.

── Talvez porque você está com um semblante triste. Vi você aqui e achei que precisasse de alguém para conversar, ignore eu ser um desconhecido e posso não ser um bom conselheiro, mas sou um bom ouvinte.

── Preciso de emprego ── Falo sem hesitar ── Não há ninguém que me aceite.

── Acho que eu posso te ajudar nisso. Eu tenho uma boate e lá precisamos de funcionárias ── Diz ele. Olho para ele estranho.

── Você quer que...

── Não! Você apenas trabalhará como garçonete, não se preocupe, não precisamos de stripper. ── Sorrio aliviada.

── Como é que funciona?

── Estamos abertos todos os dias, das 05:30 PM, até ao último cliente e durante a manhã e parte da tarde reservamos para fazer limpeza ao recinto. De segunda à sexta não há muito fluxo de clientes, mas aos finais de semana temos a sorte de encher a casa.

── Quanto você paga? ── Pergunto.

── 1000 libras mensais ── Arregalo os olhos. ── O que você diz...?

── Honey. Eu aceito, já ajudará bastante ── Rimos ── E qual é o seu nome?

── Jordan Huxhold. Você está livre hoje, não é mesmo? Podemos ir até lá e você conhecerá a casa.

── Pode ser ── Sorrio e levantamos de onde estávamos.

[...]

── Isso é uma boate ou a sua casa? ── Pergunto ao ver uma enorme estrutura que mais parecia uma casa.

── É a boate, eu pensei em fazer algo diferente ── Ele pisca para mim.

Olhava por toda a boate que mais parecia um exagero, mais de 10 seguranças rodavam a mesma, segurança tecnológica era de última qualidade e mais importante ainda, não indicava nada que dissesse que era uma boate, o que me fez olhar para ele desconfiada.

── Quer entrar? ── Ele pergunta.

── S-sim, claro.

Sigo o mesmo até o interior do recinto, todo luxuoso, luzes negras iluminavam o espaço. Várias mulheres andavam de lá para cá e todas elas usando roupas interiores.

── Vocês têm um uniforme, certo? ── Pergunto para Jordan que apenas ri como se ouvisse uma piada.

── Honey, esse é o uniforme que todas as mulheres aqui usam e que você vai usar também.

── Elas praticamente andam despidas, Jordan ── Altero o tom de voz fazendo metade das pessoas olharem para nós.

── É isso que as prostitutas são obrigadas a usar.

── Mas eu não vou trabalhar como uma.

── Cansei, Honey. Quer saber? ── Ele pega em meu braço o apertando ── Eu menti para você apenas para te convencer a vir para aqui. Você trabalhará como uma prostituta sim, satisfazendo à necessidade de todos os clientes.

── Dispenso ── Falo com o maior ódio e dou as costas para ele e vou até a saída, mas dois seguranças fecham a mesma impedindo que eu saísse. ── Eu quero ir embora daqui.

── Nunca mais, doce Honey ── Jordan se aproxima de mim e pega uma mecha de meus cabelos ── Todas elas também queriam sair daqui e olha só? continuam trabalhando para mim e hoje se divertem com isso. Já que o seu silêncio diz tudo e sabendo que você jamais sairá daqui, vem comigo e eu te apresento seu novo quarto. ── Ele sorria sínico enquanto eu chorava.

Porquê as coisas nunca dão certo para mim?

[...]

Não havia mais lágrimas para chorar, eu já estava cansada de tudo isso, até mesmo de minha vida. Parece que nunca mais terei minha liberdade, nem mesmo longe de Vinnie. Por ser meu "primeiro dia", hoje não trabalharia e nem por isso deixava de entrar para a lista dos piores dias da minha vida.

"Honey, eu te amo" Ouvia a voz de Vinnie em meus pensamentos, o que era bastante frequente, do tipo que faziam-me arrepender-se de o ter colocado nesse hospital, mas eu sabia que não era eu, precisava ser forte e lutar contra esses pensamentos.

── Honey ── Ouço Jordan me chamar impaciente ── De qual Vinnie você está falando?

── Vinnie? Você deve estar alucinando, porquê estaria falando dele se não há ninguém aqui no quarto para conversar ── Reviro os olhos.

── Você não parava de chamar "Vinnie". Me diz quem é a porra desse Vinnie...AGORA ── Ele grita me fazendo dar um pulo de susto.

── Hacker ── Respondo. O mesmo dá as costas para mim e vai até a porta, corri até ele e puxei seu braço.

── O que você vai fazer? ── Pergunto receosa ── Você conhece ele?

── Não é da sua conta, Honey ── Ele me empurra. acabo perdendo o equilíbrio e caio ── Mudei de idéia, vá vestir, hoje você irá trabalhar.

✔ 𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢 ✗ vinnie hacker Where stories live. Discover now