Capítulo 12

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– Primeiro mês? – Catarina pergunta.

– 6 Vale Fortaleza e 3 Horizonte. – Responde Anabel.

– De sobrevivência, por que não estou surpresa? – Aurora ironiza.

– Segundo? – Pergunta Catarina, ignorando Aurora.

– Vale Esperança, Lobo e Salvador ganharam 3, cada, e Vale Horizonte ganhou um.

– Seu Vale está ganhando disparado, Catarina. – Diz Sophia que parece feliz com isso.

– Tanto faz. – Diz Catarina.

Elas chegam ao ginásio, e Otávio está esperando na porta. Catarina sente o impulso de abraça-lo, estava com saudades dele, mas se controlou e ficou parada.

– Eu não falei para você me procurar? – Otávio pergunta para ela.

– Você está hospedado na casa de Lutero. – Diz Catarina, e ele revira os olhos.

– É melhor não estar se metendo em problemas.

– Ta bom, pai. – Diz Catarina, e o humor de Otávio desaparece.

– Me procure, é sério. – Ele diz, e Catarina sabe que, seja lá qual for o assunto, tem a ver com o pai dela.

– E então, vai ter essa prova ou não? – Catarina pergunta, tentando mudar de assunto.

– Sim, sim. – Diz Otávio. – Heitor já está lá dentro, venham que eu explico a vocês como vai ser. E, quanto as outras que não estão participando: Lamento meninas, a prova não será assistida hoje.

– Mas... – Aurora começa.

– Vamos, vamos. – Otávio a ignora.

– Finalmente. – General Lutero diz. – Bem, como devem saber, graças aquele baitola do Luke, a prova teve que ser adiada e modificada.

– Como assim? – Heitor pergunta.

– Me deixe terminar. – Ele diz, rudemente. – Dessa forma, hoje a prova será simples: Vocês terão que atirar no alvo.

– Mas essa não foi nossa primeira tarefa? – Heitor pergunta.

– Foi e isso não interessa. Eu só quero finalizar essa modalidade.

– Mas...

– Heitor... – Começa General Lutero, impaciente. – Só mantemos essa prova porque você fez questão. Então, se não quiser que eu a cancele agora, é melhor ficar de bico fechado. E, se servir de consolo, a distância vai ser maior. – Ele olha para o relógio. – Tudo bem, vamos com isso. Eu vou sortear o nome e vocês vem a frente, peguem o arco e atirem. – Acrescenta, impaciente.

Ele se senta em uma poltrona ao lado de Joaquim, Otávio e mais três pessoas. Tira o nome de um pote de vidro:

– Anabel Carolina Assis, venha à frente. – Ela o faz. – Quando eu contar até dez, você atira, sem mais, nem menos. – Ele começa a contagem, e Anabel começa a mirar. – Um, dois, três, quatro... – Tenta se concentrar. – ...sete, oito, nove, dez. Atire! – Ela solta a flecha, acertando na cor azul, quase chegando na amarela, mas bem longe da vermelha que era o alvo principalmente. Suspira, desanimada. – Muito bem, Anabel. – General Lutero pega outro nome no pote de vidro e tira o segundo nome.

"Heitor Mathias Lutero, venha à frente. – O garoto obedece, mas ainda parece um pouco irritado. – Um, dois, três... – Heitor mira e parece estar preparado para atirar antes mesmo de terminarem de contagem. – ...Nove, dez... Atire! – Ele solta a fecha e aceitar bem na linha que dividia amarelo e vermelho. – Belo tiro, meu filho. – Só resta Catarina, mas ele coloca a mão no pote de vidro e tira o último nome. – Catarina Emília Dorkein, venha à frente."

1 - Sobre Meninas e LobosWhere stories live. Discover now