Espadas sujas de sangue.

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Eu quero esconder a verdadeEu quero proteger vocêMas com a fera aqui dentroNão há onde nos escondermosNão importa o que fazemosAinda somos feitos de ganânciaEste é o meu reino, venhaQuando você sentir o meu calorOlhe nos meus olhosÉ onde meus demô...

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Eu quero esconder a verdade
Eu quero proteger você
Mas com a fera aqui dentro
Não há onde nos escondermos
Não importa o que fazemos
Ainda somos feitos de ganância
Este é o meu reino, venha
Quando você sentir o meu calor
Olhe nos meus olhos
É onde meus demônios se escondem


O som de uma caneta raspando o papel, é a única coisa a se ouvir na casa dos pretores, mais especificamente no quarto de Reyna. A latina, de aparência exausta,escreve de forma quase furiosa, os dedos ágeis manuseando a caneta de tinta preta sobre a folha branca. Reyna prefere escrever suas cartas com uma pena, com tinta ao lado e uma caligrafia invejável. A letra puxada e levemente borrada, escrita pela caneta, só prova o quão cansada e apressada a pretora está. 

Pousando a caneta na escrivaninha, Reyna termina sua carta colocando a mesma em um envelope. 

A sete dias o acampamento foi atacado, quase ocorreu uma guerra entre gregos e romanos, e tudo quase deu errado. Gaia quase ganhou, e mesmo agora, com a mãe terra derrotada , Reyna sente que eles perderam. Por que lá fora, mesmo mantendo a pose de uma líder impecável, e com os discursos de que ganharam… Ela não pode esconder a verdade de si mesma.

 A filha de Belona queria acreditar que teriam paz, que venceram. Mas os corpos de Legionários e Campistas dizem o contrário, as armas sujas com o sangue de mortais e imortais lhe dizem que não foi uma vitória.

As caçadoras de ártemis que se foram, as amazonas, tudo diz que não foi uma vitória. E esse peso caí em Reyna, mesmo que ela não pudesse fazer nada para mudar a situação. O sentimento de falha a corrói, sentimentos excessivos de fracasso corroendo sua alma. Outro suspiro, e Reyna está massageando o próprio pescoço, os músculos tensos doem. 

Ela não se lembra o que é dormir, ou descansar. Desde que voltará, e todos a aceitarem como pretora de novo, ela tem resolvido tudo. Frank ajuda, é claro, mas ainda é novo e inexperiente em certas áreas. Então, a papelada, a satisfação ao senado, reforma...tudo sobra para ela. 

E o peso de cada morte. 

Novamente, ela pega a carta. Uma mensagem para Hylla, sua irmã. Ela quer desesperadamente uma confirmação de que a mais velha está bem, e os Deuses sabem oque acontecerá com Reyna caso Hylla não esteja bem. Mais uma perda, uma tão grande como a de sua irmã, isso sim quebraria a tão intimidante Pretora. 

No chão ao seu lado, descansam seus galgos. Aurum dormindo em cima de seus pés, enquanto o Argentum se acomodou debaixo da cadeira. Ela não quer enviá-los para longe, mas a necessidade de saber como Hylla esta é sufocante e a forma mais rápida da carta ser entregue é por eles. Seus fiéis companheiros, que não pensariam duas vezes em morrer para salvar ela. Reyna também não recuaria em salvá-los, nem que para isso deva agir de uma forma não romana, ou indigna. 

Sangue de um imortal (Solangelo+Theyna.)Where stories live. Discover now