Quarto do pânico.

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inferno se erguendo , arrepiando os cabelos
Estou pronto para o pior
Tão assustador, rosto pálido
Medo de que você não volte
Meu telefone não tem sinal
Está fazendo minha pele arrepiar
O silêncio é tão alto
As luzes acendem e apagam
Com monstros maiores
Do que eu posso controlar agora



O barulho das moscas é uma agonia. O som enche o ouvido da latina, como uma sinfonia infernal. Vindo diretamente dos abismos do tártaro, a vibração rasteja em baixo da sua pele. Tantas moscas à volta, zumbindo como pragas.

Estava escuro, e o ar estava abafado dentro da base das Amazonas. Reyna entrou mais fundo, e sentiu seu pé se afundando em um líquido. Ela não precisava enxergar, para saber oque era.

O cheiro estava impregnado em cada partícula de ar. Ferroso, enjoativo, sangue em abundância. E tinha essas malditas moscas rodeando algo que ela ainda não tinha visto, e se recusava a pensar o'que poderia ser.

Nico estava pálido, os olhos escuros com uma nuvem de preocupação o nublado. A morte estava espessa, cobrindo todo o lugar como uma névoa. Ele estava acostumado com a morte, podia sentir sua presença. E normalmente, era uma presença fria mas calma.

Apenas uma sombra seguindo as pessoas, que passava despercebido. Afinal, era a única certeza que poderiam ter em vida. A morte.

Mas agora ele sentia arrepios pelo corpo todo, a presença esmagadora o empurrando para baixo.

—Reyna. - Sua voz foi um sussurro, cortando o zumbido das moscas.

A Latina estava bem a frente, os outros semideuses permaneceram na porta, receosos sobre entrar.

Pareceu um divisor de águas.

Do lado de fora, o clima estava leve. O sol brilhava no céu, e não havia nada no ar. Dentro da porta, estava escuro, o cheiro de sangue vazava do lugar e algumas moscas voavam para fora. Era como entrar em um quarto do pânico, onde todos os monstros se tornaram reais.

Will estava pálido, sentia o estômago embrulhar e a bile subir pela garganta. Por Zeus, o'que havia acontecido?

Thalia quebrou o impasse, mergulhando na escuridão atrás da ex -pretora. Os garotos se entreolharam, mas por fim, dando as mãos, ambos seguiram as meninas.

A pele de Will começou a brilhar, como se ele fosse uma vaga lume. Nico assistiu encantado, enquanto o garoto brilhava e iluminava a escuridão do lugar. Seus cabelos eram como ouro derretido e brilhante, a pele cheia de sardas ganhando vida em um brilho mágico.

A beleza do momento, foi arruinado pela cena que encontraram.

Muito sangue espalhado, marcas de mãos, como se tivesse se arrastado, e esguichando pela parede.

Estava tudo destruído, mas felizmente, não havia corpos.
Nico sabia que alguém havia levado eles, pois muitas Amazonas com certeza tinham morrido ali.

Thalia não demorou para encontrar os receptores de luz, ligando os mesmos. As lâmpadas piscaram algumas vezes, antes de voltarem a funcionar, iluminando totalmente o lugar.

—Está coagulado. Não totalmente seco, mas não é fresco. - Will falou, observando o sangue.

—Aconteceu a alguns dias. - Thalia concordou.

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⏰ Last updated: Apr 17 ⏰

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Sangue de um imortal (Solangelo+Theyna.)Where stories live. Discover now