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FILIPE RET

Acordo com uma puta dor de cabeça e flashes da noite passada passam em minha mente.

Desço a escada com a mão no rosto e me deparo com a Anna dormindo no meu sofá.

Essa mulher consegue ser insuportável de tão boazinha que é.

A encaro dormindo ela dormindo e fico sem reação.

Porra a filha da puta e gostosa.

Termino de descer a escada devagar pra não acordar ela e vou até a cozinha.

Eu me segurei pra caralho pra não ser um grosso com ela ontem, a mina me socorreu em um momento que eu não tava legal.

Mas essa língua solta dela me incomoda pra caralho, a mina não sabe fechar a boca.

Pego a garrafa d'água na geladeira e um copo, bebo mais que a metade.

Maldita ressaca.

Abro o meu armário e pego um comprimido pra dor de cabeça.

Ainda tô meio enjoado também.

Porra, tô começando a achar que a Anna e o Cabelinho tão na razão.

Essa porra de droga tá me fudendo, ontem fiquei mal pra caralho.

Só que eu já virei viciado, dependente da droga.

Se eu não uso pelo menos dois pinos no dia a minha cabeça endoida.

Escuto passos atrás de mim e olho para Anna.

Ela está de cabelo amarrado e com a cara amarrotada.

Dá ate vontade de ir dessa cena.

Anna passa por mim e não diz nada, deve está puta com o que eu falei ontem.

Não julgo ela, eu também estaria.

Mas foda se, não ligo se ela não gostou.

Coloco o copo na pia e passo por ela sem dizer nada, só vejo quando ela me olha de relance mas depois faz questão de desviar.

Subo a escada pro meu quarto e tomo uma ducha, coloco uma roupa limpa e escovo os dentes.

Quando desço de novo a Anna não está, e agradeço.

Pelo menos não tive que expulsa lá.

Pego a chave da minha moto e saio de casa, subo na mesma e vou pra boca.

Quando chego a primeira coisa que vejo e o Cabelinho largado no sofá.

- tem o que fazer não filho da puta - bato na perna dele e o mesmo levanta.

Ele tá com um óculos escuro na cara.

- Pô tu sumiu ontem - ele comenta.

- Virou meu pai pra me vigiar? Tô bem e vivo - digo curto e grosso.

- Tomar no cu, eu preocupado aqui, tu tava era comendo alguma mulher por aí - ele diz indignado.

Não debato, melhor ele acreditar nessa versão.

Não tô afim de ouvir sermão a essa hora.

Começo a perguntar sobre o movimento das novas do morro e cabelinho me entrega os dinheiro que recolheu.

Como eu pensei o baile de ontem deu bastante lucro.

- Vai tirar essa porra aí do braço ? - ele aponta prós meus pontos.

Tinha até esquecido dessa porra, mas já tá seco.

Faz mais de uma semana que tô com isso, não é possível que não estava bom.

- Depois apareço pelo postinho pra tirar - digo sem dá muito importância.

- Não vai lá na Anna? - ele pergunta curioso.

Não sou nenhum burro, sei que ela deve tá puta comigo e qualquer mole ela vai arrancar meu braço fora.

E também não tô afim de ver aquela cara de bunda dela.

- Vou no posto - digo sem dá muita explicação.

my nurseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora