Filipe ret
Ela me olha como se tivesse visto um fantasma e analiso suas roupas e cabelo.
Anna tá encharcada.
- Tu vai pegar um resfriado! Tá todo molhada porque? - pergunto e me aproximo dela.
- Longa história - ela diz e da de ombros.
Tiro o meu casaco e passo pelo corpo dela.
- Não precisa - ela tenta tirar mas pressiono no seu corpo.
- Deixa de ser cabeça dura, só tô tentando retribuir as vezes que tu me ajudou - ela me olha sem entender nada e eu do de ombros. - Bora te levo lá em cima.
Anna não diz nada apenas me segue.
Tiro minha moto do beco e subo na mesma, ajudo ela a subir.
A maluca tá tremendo demais.
Subo na direção da casa dela e a mesma desce da moto.
Desço também e vou atrás dela.
Anna chega na porta da casa e se vira ficando de frente pra mim.
- Já pode ir - ela diz debochada.
- Não. - digo e cruzo os braços - Não tá cansada de fugir de mim? Não é melhor me ouvir de uma vez? - digo tentando não ser ignorante.
Anna revira os olhos e abre a porta, sigo ela.
- Vou tirar essa roupa molhada e tomar um banho, não faça nenhum barulho! A Bella deve está dormindo.
Continuo em silêncio e apenas me sento no sofá.
Começo a mexer no celular e escuto o barulho do chuveiro sendo ligado, estico minha perna no sofá mesmo e mando mensagem pro Cabelinho perguntando do movimento.
Depois de um tempo a Anna aprece com um conjunto de moleton e uma coberta enrolada no corpo.
Puta que pariu tá engraçado pra caralho.
Solto um sorrinhoso de lado e ela me fuzila com os olhos.
Anna faz sinal pra que eu encolha a perna e se senta na outra ponta do sofá.
- A parada e o seguinte, vim aqui na humildade te pedir desculpa - digo e ela solta uma risada debochada.
- Você tá bem? Tipo com febre sei lá - ela diz irônica.
- Ha ha ha, engraçadinha - digo e estico meu braço no encosto do sofá - Cabelinho me deu o papo que seria bom eu te pedir desculpas pela ignorância e essa parada pesou na minha mente - do de ombros - Mas tu é difícil pra porra, tive que vim igual uma cachorrinho te procurar - resmungo.
- Não acredito nem um pouco na sua desculpa, pra mim isso é pra você sair por cima de alguma maneira, por acaso feri seu ego? - ela pergunta e cruza os braços.
- Porra mulher deixa de ser neurótica, vim aqui com a bandeira branca pra ficar na paz contigo! - digo já meio irritado - Bagulho pesou e vim me redimir só, vou ficar explicando a parada não. - digo de maneira ignorante.
Parece que a Anna só entende se for assim, que caralho.
- Você parou? - ela pergunta e olho em seu rosto.
Seu nariz tá um pouco vermelho e seu cabelo está em um coque bagunçado.
A filha da puta consegue ser bonita até assim.
Desvio o meu olhar e fixo em um ponto qualquer naquela sala.
- Tô caminhando pra isso, Cabelinho tá me ajudando pra caralho - digo e volto minha atenção pra ela.
A morena abre um sorriso enorme pra mim.
- Tô feliz por você! Apesar de está com raiva ainda - ela diz e solto uma risada - É sério Ret, quero seu bem estar!
Como pode, a mina com o coração bom desse jeito.
Encaro ela por uns instantes e reparo em cada traço de seu rosto, até parar em seus lábios.
- Ret? - ela me chama.
- Tua boca tá tremendo é febre - disfarço e ela solta uma risada.
- Não tô com febre, eu acho, ou tô?
A mina levanta igual um furacão do sofá e pega um trem no armário.
Ela coloca debaixo do braço e espera.
- Que porra é essa?
- Termômetro - ela diz como se fosse óbvio.
O bagulho apita parecendo uma bomba relógio e ela tira do braço.
- Tô com febre, mas que saco - ela diz revoltado - Culpa do Lucas aquele otário, eu sabia que ia dá merda.
A porra, eu na caça dela é ela com homem.
Se fuder, tô fazendo papel e de otário aqui. Vou e meter meu pé.
E eu ainda ouvi aquele otário do cabelinho dizendo pra deixar ela se aproximar.
Vou deixar e uma ova.
Tô nem com cabeça mais pra terminar meu papo com ela.
Me levanto do sofá resmungando e ela me olha sem entender nada.
- Tô indo nessa, o Cabelinho precisa de mim - invento uma desculpa qualquer - Qualquer parada nós se esbarra por aí. - digo e me viro pra ir embora.
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my nurse
FanfictionAnna depois de se formar finalmente conseguiu um emprego na comunidade, um lugar onde ela quer expressar o seu cuidado e amor pela enfermagem. Ela só não sabia que isso iria fazer que seu caminho se cruzasse com o do Ret.