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ANNA

Me escondo no corredor de casa pela terceira vez essa semana.

O Ret tá a minha caça, e eu tô ignorando a presença dele.

Não reclamou que eu era boazinha demais? Agora ele que lute.

Seja lá o que ele quer, vai ficar querendo.

Não tô afim das suas ignorâncias, isso ele pode usar em outra pessoa.

- Já disse ela não tá em casa - escuto a voz da Bella.

- Porra que mina birrenta, eu sei que ela tá aí, tá fazendo cu doce essa porra. - ele diz e parece está irritado.

- Foda se se ela tá ou não, ela não quer falar com você e ponto final! Vai arrumar outra pra atentar o juízo - a Bella diz e logo em seguida bate a porta.

Adoro o fato dela ri na cara do perigo e nem ligar.

Saio do corredor e me sento no sofá.

- Sério amiga, vê logo o que esse cara quer! Eu não aguento mais. - Bella resmunga.

- Eu não! Ela vai e falar um monte de merda e se desculpar do jeito ignorante dele, tô fora! Conheci a pouco tempo e já tô querendo desconhecer. - digo e do de ombros.

- Ok bonita! Vou tomar um banho pra ir trabalhar, você deveria fazer o mesmo.

Jogo minha cabeça pra trás e resmungo.

Eu tô uma chata essa semana! Tô de tpm com a cara cheia de espinha e me entupindo de doce.

A Bella toda hora diz que vai me mandar de volta pra casa dos meus pais.

Só espero ela terminar o banho dela e entro no banheiro pra tomar o meu.

Quando termino, apenas amarro meu cabelo em um coque e visto o meu jaleco.

Não vou passar nada no rosto dessa vez por falta de paciência, nem pro meu cabelo eu tive.

Saio do banheiro e pego a minha mochila, Bella pega a dela também e começamos a descer em direção ao postinho.

No caminho vejo o Cabelinho e do um tchauzinho pra ele que ri todo abestalhado.

Quando chego no postinho guardo a minha mochila e começo os trabalhos.

Eu amo trabalhar na enfermagem, mas tem certas coisas, pessoas, que dão nos nervos.

Sabe aquele tipo de gente que acha que sabe de tudo? Então, é esse tipo.

Fiz 4 anos de faculdade, mas sempre tem alguém que acha que por experiência da vida sabe de tudo.

Eu fico louca com isso.

- Não é assim menina, isso tá errado - o senhor reclama do curativo que eu fiz.

Respiro fundo.

- Já terminei e só vigiar e prestar atenção na hora de trocar - digo ignorando o que ele disse.

- Mas já? Não fez isso direito, cadê o médico?

Aí meu Deus eu mereço.

- Está liberado! - digo rindo e saio da sala.

Ando até o lado de fora pra respirar um pouco e o meu celular toca.

Vejo o nome da minha mãe aparecer na tela e atendo.

- Oiii mãe!!! Como a senhora esta? - pergunto.

- Tô bem, mas acho que minha filha esqueceu de mim. - ela diz fazendo drama, reviro os olhos.

- Não esqueci, e que ando um pouco ocupada aqui no postinho!

- Vem jantar conosco hoje? Vamos naquele restaurante que você ama aqui na barra - sorrio animada, talvez eu precise de um pouco de distração.

- Tá bom! Vou está de plantão até às 17:00, quando acabar aqui me arrumo e encontro vocês lá.

- tá bom filha! Bom trabalho, beijos te vejo mais tarde.

Me despeço da minha mãe e desligo o celular.

Estava com saudades mesmo da minha família, do meu pai, do meu irmão! 

my nurseWhere stories live. Discover now