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Filipe Ret

Me levanto rápido e viro minha cabeça pro lado de fora.

Não dá tempo de pensar em nada, quando vejo já estou vomitando.

- Calma relaxa e só o remédio fazendo efeito - ouço a voz ao meu lado e olho rápido vendo um enfermeiro.

Merda! Ultrapassei a porra do limite.

Só lembro de está zuando com alguns manos meu e quando vi já tava desesperado no chão.

A sensação foi horrível meu corpo ficou em estado de choque, eu estava ouvindo tudo no início ainda.

Vi todo mundo desesperado e do nada minha mente desligou, achei que ia morrer.

Levanto a cabeça quando termino e o cara que tava com o balde me entrega um pano pra limpar a boca.

A vários aparelhos agarrado em mim.

Mas porra, detesto essa merda toda, me agito na cama.

Tento tirar um deles.

- Não precisa fazer isso, está quase no fim - o engomadinho diz.

- Já tô bom ate demais, me libera logo dessa porra - digo sem paciência.

- Não posso te dar alta, só o médico pode e você ainda está tomando medicamento - o cara diz.

- Tu avisa pro teu médico de merda que se ele não me tirar dessa porra eu estouro a cabeça dele - digo irritado e o Homem a minha frente arregala os olhos.

- Deixa que eu resolvo Matheus - Ouço a voz da Anna.

O cara sai da sala todo apressado e Anna me encara de braços cruzados.

- Não deveria ter tratado ele assim! Matheus só estava fazendo o seu trabalho.

- Se não gostou e só se juntar a ele, cadê o médico? - pergunto tentando me levantar.

- Ret, você acabou de ter uma overdose, está meio tonto por conta da medicação e ainda tem droga no seu organismo, da pra você sossegar? Pode agir como um homem? - ela diz irritada.

- Tu tá com muita marra pra cima de mim, tô curtindo não - digo e ela ri.

Anna vai até a porta da sala e a fecha.

- Ret, você teve uma overdose! Tu tem noção do que é isso? Você poderia ter morrido. Eu não sei o porquê de você usar drogas! Mas você tem que parar pelo seu bem, aquela merda vai te matar! Se você tiver mais uma dessa, pode não voltar. - ela diz irritada.

- Tu não pode se meter em uma parada que não te desrespeita! Tu nem me conhece nessa porra - falo alterado.

- Não te conheço mas tem alguém sentado naquele banco ali fora que passou horas preocupado! Deixa de ser um babaca Egoísta, acha como uma pessoa descente - ela diz irritada e se aproxima de mim - E tão difícil de se esforçar?

Essa mina não sabe de nada, ela nem sabe a onde tá metendo esse nariz.

- e tu acha que é fácil?! - aumento meu tom de voz - Eu tentei caralho! Tentei ficar a porra de dias sem usar, mas eu já sou viciado nessa merda - solto de uma vez só.

O olhar da Anna muda, a guarda dela abaixa abaixa.

- E sabe o que aconteceu depois disso? Cheiro como se nunca tivesse cheirado antes e parei na porra desse hospital! Se tu acha que e fácil largar essa porra tá muito enganada - digo e jogo meu corpo na cama de novo.

Minha cabeça começa a latejar.

- Porque não deixa que te ajudem? Você não precisava enfrentar isso sozinho Ret - ela diz e solto uma risada - O cabelinho seria o primeiro a te ajudar, e se você realmente quer isso até eu te ajudo.

- Você? - pergunto em tom de deboche.

- Diferente de você Ret, eu não penso só em mim mesma! E não sou orgulhosa ao ponto de pensar que você precise me pedir isso, ajuda não se pede, ajuda se dá, eu tô disposta a te ajudar se for preciso.

Olho pra cara dela e a mesma sorri pra mim.

Ja falei que detesto gente boazinha demais? No final quem é assim sempre se fode.

Não digo mais nada, apenas viro meu rosto pro outro lado e fecho meus olhos.

Meu corpo tá cansado ainda.

my nurseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora